Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE RECOLHE AMOSTRAS DE ÁGUA COM CRITÉRIOS DUVIDOSOS E QUE NÃO SERÃO REPRESENTATIVAS DA VERDADEIRA POLUIÇÃO DO RIO TEJO

Durante esta semana uma equipa do MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente) desenvolveu trabalhos de monitorização no Tejo na Barragem de Belver, no âmbito de um projeto de investigação em curso, e presenciou a seguinte situação: no dia 8 de Fevereiro, esta 4ª feira, abordaram um técnico da APA (julga-se que da Divisão do Tejo Interior) que estava a recolher uma amostra de água na praia fluvial de Ortiga.
Abordaram-no para o alertar para a situação vergonhosa em termos de poluição no troço principal do Tejo, e não no braço da albufeira que conflui com a Ribeira de Eiras, o local onde se encontravam, e perguntaram-lhe se a rede de monitorização da qualidade da água incluía uma estação junto ao paredão da Barragem de Belver. A resposta foi negativa e a justificação apresentava relacionava-se com a alegada falta de acessibilidades. Pelo que depreenderam, a amostra obtida na praia fluvial de Ortiga pretende ser representativa da qualidade da água na Barragem de Belver. A ser assim esta é uma situação que causa muita estranheza.
O braço da Ribeira de Eiras tem sempre um aporte de água proveniente deste tributário que dilui os problemas que se verificam no troço principal do Tejo pelo que se torna necessários perguntar qual é o critério utilizado para a seleção da localização das estações da rede de amostragem? O critério da acessibilidade, sendo importante para a pessoa que executa o trabalho, não parece ser o mais adequado num delineamento desta natureza.
Estes investigadores enviaram hoje um email à APA a pedir para enviarem a localização das estações de amostragem que fazem parte da rede de monitorização do Tejo.
O proTEJO considera lamentável este procedimento de amostragem para efeitos de deteção da poluição no rio Tejo e comunicará este incidente à Agência Portuguesa do Ambiente, à sua tutela governativa e aos restantes interessados nesta matéria.
O rio Tejo merece ser tratado com maior dignidade!

Sem comentários:

Enviar um comentário