Durante esta semana uma equipa do
MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente) desenvolveu trabalhos de
monitorização no Tejo na Barragem de Belver, no âmbito de um projeto de
investigação em curso, e presenciou a seguinte situação: no dia 8 de Fevereiro,
esta 4ª feira, abordaram um técnico da APA (julga-se que da Divisão do Tejo
Interior) que estava a recolher uma amostra de água na praia fluvial de Ortiga.
Abordaram-no para o alertar para
a situação vergonhosa em termos de poluição no troço principal do Tejo, e não
no braço da albufeira que conflui com a Ribeira de Eiras, o local onde se
encontravam, e perguntaram-lhe se a rede de monitorização da qualidade da água
incluía uma estação junto ao paredão da Barragem de Belver. A resposta foi
negativa e a justificação apresentava relacionava-se com a alegada falta de
acessibilidades. Pelo que depreenderam, a amostra obtida na praia fluvial de
Ortiga pretende ser representativa da qualidade da água na Barragem de Belver.
A ser assim esta é uma situação que causa muita estranheza.
O braço da Ribeira de Eiras tem
sempre um aporte de água proveniente deste tributário que dilui os problemas
que se verificam no troço principal do Tejo pelo que se torna necessários perguntar
qual é o critério utilizado para a seleção da localização das estações da rede
de amostragem? O critério da acessibilidade, sendo importante para a pessoa que
executa o trabalho, não parece ser o mais adequado num delineamento desta
natureza.
Estes investigadores enviaram
hoje um email à APA a pedir para enviarem a localização das estações de
amostragem que fazem parte da rede de monitorização do Tejo.
O proTEJO considera lamentável
este procedimento de amostragem para efeitos de deteção da poluição no rio Tejo
e comunicará este incidente à Agência Portuguesa do Ambiente, à sua tutela
governativa e aos restantes interessados nesta matéria.
O rio Tejo merece ser tratado com
maior dignidade!
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