Realizou-se uma audição do Ministro do Ambiente na Comissão Parlamentar do Ambiente, no dia 20 de dezembro de 2016, para apresentação do Relatório Final da Comissão de Acompanhamento sobre Poluição no Rio Tejo, que podem ver aqui.
Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A POLUIÇÃO NO RIO TEJO
APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A
POLUIÇÃO NO RIO TEJO
O proTEJO considera que o Relatório da Comissão de
Acompanhamento Sobre Poluição no Rio Tejo (de agora em diante denominado
“relatório”) representa um marco importante na preservação do rio Tejo e seus
afluentes pelos seguintes motivos:
a)
Reflete uma análise conjunta das autoridades
competentes no planeamento, gestão e fiscalização do domínio hidrográfico
(Agência Portuguesa do Ambiente, Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do
Ambiente e do Ordenamento do Território e Serviço de Proteção da Natureza e do
Ambiente – GNR), no ordenamento do território (Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo) e na
administração local (Comunidades Intermunicipais da Lezíria do Tejo, Médio Tejo
e Beira Baixa);
b)
Evidencia a necessidade de uma gestão da água em
termos de qualidade e quantidade de água com vista a garantir o Bom Estado
ecológico das massas de água da bacia hidrográfica do Tejo conforme
estabelecido na Diretiva Quadro da Água.
O relatório apresenta um diagnóstico completo sobre
o estado ecológico do rio Tejo e seus afluentes visto que:
a)
Evidencia de forma integrada os principais
problemas do rio Tejo e seus afluentes ao relevar:
- os problemas históricos de qualidade da água
devido ao tratamento ainda insuficiente de águas residuais urbanas e/ou
industriais;
- os problemas de poluição difusa com origem na
agricultura e/ou pecuária;
- a perda de conectividade decorrente de poucas
barragens terem passagens para peixes;
- os regimes de caudais ecológicos não terem ainda
sido implementados;
- uma monitorização insuficiente das massas de
água e das ações de acompanhamento.”;
Contudo,
falta referir que os aterros de resíduos apresentam risco de escorrências e
infiltrações para as águas superficiais e subterrâneas devendo realizar-se o
seu controlo no âmbito do Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e
Inspeção para a bacia do rio Tejo (ex: Eco parque do Relvão, na freguesia da
Carregueira do concelho da Chamusca).
b)
Assume que a zona de Vila Velha de Ródão é
aquela onde os problemas de poluição têm maior impacte indicando como
principais focos de poluição a Zona Industrial de Vila Velha de Ródão, a
Celtejo ‐ Empresa de Celulose do Tejo, S. A. e a Centroliva – Indústria e
Energia S.A. Celtejo e Zona, e referindo que deverão ser implementadas até 2017
as medidas consideradas prioritárias para a eliminação destes problemas
conforme previstas no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste;
c)
Identifica os principais problemas
transfronteiriços para a gestão hidrográfica do Tejo, sendo estes:
- a elevada taxa de utilização da água na bacia
espanhola do Tejo, nomeadamente pela intensificação dos regadios;
- os transvases (Tejo‐Segura);
- a eutrofização das albufeiras (Espanha);
- os problemas de contaminação pontual (urbana e
industrial) e difusa (agricultura);
- a falta de implementação de caudais ecológicos;
- a necessidade de controlar a eventual
radioatividade nas massas de água potencialmente oriunda da central nuclear
localizada perto da fronteira;
- a redução das afluências naturais, devido ao
elevado grau de regularização existente em toda a bacia internacional, uma vez
que as afluências de Espanha assumem crucial importância na disponibilidade de
água no troço principal do rio Tejo, repercutindo‐se para jusante até ao
estuário, e estão dependentes da variação dos volumes de água para usos
consumptivos em Espanha, dos transvases existentes na parte espanhola da bacia,
e das descargas realizadas pelas barragens espanholas.
Com
efeito o relatório afirma que “Relativamente à quantidade, tem‐se verificado,
ao longo do tempo, uma diminuição das afluências, por efeito do aumento dos
usos da água associado ao aumento da capacidade de armazenamento nas albufeiras
da região hidrográfica do Tejo em Espanha, traduzindo um decréscimo dos valores
de escoamento anual em regime modificado da ordem de 33 e 51%, respetivamente,
em ano húmido e em ano seco, em relação aos valores de escoamentos anual em
regime natural.”
Além disso, consideramos positiva a Ação Integrada
de Fiscalização na bacia do Tejo, em que participaram diretamente a IGAMAOT, a
APA e as CCDR, com a colaboração da GNR/SEPNA, realizada no ano de 2016, e que
urge implementar a recomendação da Comissão no sentido de “criação de condições
para dotar as entidades que a integram dos meios logísticos e humanos que
permitam assegurar a realização de um Plano Anual de Ação Integrado de
Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo, no qual deverão participar as
mesmas entidades e, sempre que a área de intervenção e a natureza da ação assim
o justifiquem, as Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e a
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).”.
No que respeita às recomendações da Comissão
estamos de acordo na generalidade mas consideramos que deverão ser tidos em
conta os seguintes aspetos:
1º. Sugerimos
que o Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do
rio Tejo seja concretizado com urgência face aos graves, contínuos e reiterados
episódios de poluição que atualmente ocorrem no rio Tejo, em especial em Vila
Velha de Ródão, e nas sub-bacias da sua região hidrográfica, nomeadamente, do
rio Almonda, do rio Alviela, do rio Maior e do rio Nabão, entre outras. Este Plano
Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo
deverá passar a ser a regra e a ser executado anualmente;
2º. Defendemos
a revisão da Convenção de Albufeira tendo em vista a substituição dos caudais
mínimos atualmente previstos por um regime de caudal ecológico (diário,
semanal, trimestral e anual) que garanta o Bom Estado ecológico das massas de
água do rio Tejo e a instauração de sanções por incumprimento da Convenção de
Albufeira de carácter financeiro e ambiental, em termos de restauração fluvial.
O regime de caudais ecológicos deverá
ser assente no conceito de caudal ecológico enquanto volume de água mínimo
capaz de satisfazer as necessidades dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos,
assegurando a conservação e manutenção destes ecossistemas aquáticos naturais e
seus benefícios para a sociedade, bem como aspetos estéticos da paisagem e
outros de interesse científico e cultural.
3º. Propomos
que seja implementada uma rede integrada ibérica de monitorização e modelação das
massas de água da bacia do Tejo, em Portugal e Espanha, em termos de quantidade
e qualidade das massas de água, com informação disponibilizada em tempo real
aos cidadãos com vista a uma completa transparência da gestão partilhada da
bacia do Tejo;
4º. Apoiamos
as propostas legislativas que visam aumentar a eficácia dos processos de
fiscalização, nomeadamente, a eliminação da suspensão dos processos de
contraordenação na pendência dos pedidos extraordinários de regularização e a
utilização de resultados analíticos obtidos com amostras pontuais quando estes,
de forma reiterada, ultrapassam os valores limite de emissão estabelecidos;
Adicionalmente,
sugerimos duas propostas legislativas, designadamente, que sejam atribuídos
maiores poderes de fiscalização ao SEPNA / GNR de modo a poderem obter
certificação para a recolha de amostras visto que muitas vezes as amostras
recolhidas por este serviço não serem consideradas certificadas e portanto não
poderem ser utilizadas para efeitos legais, e que seja instituído que a
realização de medições de autocontrolo por parte das instalações deverão ser
comunicadas às autoridades competentes com um mínimo de sete dias de
antecedência, permitindo que estas possam agendar o acompanhamento desse
autocontrolo, caso entendam necessário, e garantindo uma efetiva moralização
nas operações de autocontrolo, que a legislação atual não permite, dado que o
prazo atual de comunicação é de apenas 24 horas de antecedência.
Consideramos ainda que deveriam ter sido expressas
algumas recomendações que enunciamos de seguida:
1º. A promoção de uma reflexão sobre a ineficácia
da atual legislação que atribui os títulos de recursos hídricos, em particular
sobre os motivos que levam a que a mesma fique inoperacional para os suspender
cautelarmente ou mesmo para retirá-los quando se verifique uma alteração dos
pressupostos da sua emissão;
2º. A publicação de uma lista dos agentes
poluidores que reiteradamente continuam a infringir a lei;
3º. A integração de um representante do Ministério
da Saúde na Comissão de Acompanhamento tendo em vista equacionar o efeito da
poluição na saúde das populações ribeirinhas, nomeadamente, através do efeito
da poluição na utilização das águas para atividades de lazer (banho, canoagem,
etc.) e na qualidade das espécies piscícolas do rio Tejo;
4º. A integração de representantes das
organizações não governamentais de ambiente e de cidadania na Comissão de
Acompanhamento tendo em vista uma maior participação pública neste processo de
acompanhamento.
domingo, 27 de novembro de 2016
RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A POLUIÇÃO NO RIO TEJO
O Relatório da Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição no Rio Tejo foi apresentado no passado dia 26 de Novembro e disponibiliza-mo-lo aqui no sentido de recolher os vossos contributos até ao próximo dia 9 de Dezembro com vista à
emissão de uma posição do proTEJO sobre este documento.
A vossa participação é fundamental para uma apreciação mais completa e
diversa sobre o problema da poluição no rio Tejo e seus afluentes.
O Tejo merece!
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
CARTA ABERTA AO SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE “POR UM TEJO VIVO SEM POLUIÇÃO”
Exmo.
Senhor Ministro do Ambiente
João
Pedro Matos Fernandes
O proTEJO é um movimento de
cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo"
(abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia
do Tejo em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem
e amplifiquem as distintas atuações de organização e mobilização social.
Neste âmbito, realizámos
em 26 de setembro de 2015 uma “Manifestação contra a poluição no rio Tejo” face
ao significativo número de episódios de poluição que o rio Tejo vinha sofrendo,
visíveis a olho nu e registados por diversos cidadãos que integram a rede de
vigilância do rio Tejo deste movimento.
Em consequência dos
protestos realizados constatou-se que o Ministério do Ambiente aumentou a sua
ação no terreno através da intervenção da IGAMAOT e em resultado disso registou-se
de fato uma diminuição nas ocorrências de poluição ainda durante o ano de 2016.
No entanto, nos últimos
dias de outubro e início de novembro do ano corrente a poluição visível no rio
Tejo tem vindo novamente a aumentar constatando-se um aumento do número das
ocorrências e um significativo nível de poluição.
Neste sentido vimos
juntos de vossa Ex.ª requerer que sejam tomadas medidas que permitam obviar e
impedir a continuação da poluição do rio Tejo, designadamente:
1º A brevidade da
finalização e publicidade do “Plano de combate à poluição do rio Tejo” que se
encontra a ser elaborado pela Comissão nomeada pelo Senhor Ministro do Ambiente.
Com efeito o prazo limite
estabelecido pelo Senhor Ministro do Ambiente para final de setembro de 2016,
após prorrogação do prazo inicial de final de junho de 2016, já se encontra
largamente ultrapassado em mais de um mês sem que seja dado a conhecer o
conteúdo do referido plano;
2º O incremento da
intervenção da IGAMAOT e da Agência Portuguesa do Ambiente tendo em vista a deteção
das origens e dos focos de poluição que estão a agravar-se neste momento, bem
como a tomada das ações coercivas que impeçam a continuidade da ação poluidora.
Bacia do Tejo, 4 de
Novembro de 2016
Pelo proTEJO,
Paulo Constantino
José Moura
(porta-vozes do proTEJO)
terça-feira, 4 de outubro de 2016
O proTEJO PARTICIPOU NO “TIETÊ VIVO - SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO DOS RIOS METROPOLITANOS”
O proTEJO participou como orador no
“TIETÊ VIVO - SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO DOS RIOS METROPOLITANOS” promovido para comemorar os 30 anos da Fundação SOS Mata Atlântica, que teve lugar no Teatro Eva Herz de São Paulo no dia 29 de Setembro de 2016, e que fez um balanço sobre a questão do saneamento ambiental no Estado e discutiu alternativas para acelerar a despoluição do maior rio paulista, abordando os principais desafios para o Projeto Tietê e experiências de outros países.
“TIETÊ VIVO - SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO DOS RIOS METROPOLITANOS” promovido para comemorar os 30 anos da Fundação SOS Mata Atlântica, que teve lugar no Teatro Eva Herz de São Paulo no dia 29 de Setembro de 2016, e que fez um balanço sobre a questão do saneamento ambiental no Estado e discutiu alternativas para acelerar a despoluição do maior rio paulista, abordando os principais desafios para o Projeto Tietê e experiências de outros países.
No encontro foi divulgado um relatório completo “25Anos de Mobilização: O retrato da qualidade da água e a evolução dosindicadores de impacto do Projeto Tietê” sobre o histórico e a atual situação
da Bacia do Tietê. As informações foram entregues ao Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) e encaminhadas ao Governo do Estado de São Paulo.
A participação no seminário foi gratificante
permitindo partilhar experiências e conhecer a realidade da ação da Fundação
SOS Mata Atlântica na despoluição do rio Tietê, bem como as ações de outras
organizações representantes de outros países com experiências semelhantes.
O proTEJO apresentou a experiência portuguesa de
aplicação da Diretiva Quadro da Água e da Diretiva das Águas Residuais Urbanas
tendo em vista dar a conhecer o contributo de ambas para melhorar o estado
ecológico dos rios portugueses e tendo ainda transmitido qual o atual problema
de poluição no Tejo e as ações desenvolvidas pelos movimentos de cidadania para
sensibilizar as populações e os decisores políticos para este problema.
Além disso, foi realizada uma visita pedagógica que
integrou:
- o Parque Ecológico do rio Tietê, que é um parque
florestal que constitui um refúgio para animais selvagens e um parque de lazer
para as famílias com uma vertente cultural visto ser o local onde se insere o
Museu do Tietê;
- o Clube
Esperia que foi fundado nas margens do rio Tietê em 1899, por sete jovens
italianos, praticantes de remo e tem um histórico e grandioso património no
domínio do remo e das regatas que no passado se realizavam no rio Tietê. O
nível de poluição do rio Tietê impede atualmente a prática de desportos
náuticos tendo-se realizado em 16 de Abril de 1972 a regata de Despedida do rio
Tietê;
- o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata
Atlântica – Brasil Kirin que nasceu em 2007, numa antiga fazenda de café cedida
pela Brasil Kirin, na região de Itu, para se tornar uma referência na área da
restauração florestal. As atividades do Centro mostram que conservar os
recursos naturais e restaurar os ecossistemas da Mata Atlântica é algo
possível, e contam com a participação de um amplo corpo de funcionários, como
engenheiros florestais, biólogos, educadores e viveiristas.
Neste centro
funciona um viveiro com capacidade de produzir 750 mil mudas de 110 espécies
nativas da Mata Atlântica por ano, que são implantadas em projetos na região e
dentro da própria fazenda.
Em resumo, uma excelente iniciativa da Fundação SOS
Mata Atlântica e mais um passo para a despoluição dos rios do mundo.
Os verdadeiros rios Tejo e Tietê merecem!
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO
- 14h às 14h15 – Credenciamento
- 14h15 às 14h30 – Abertura
14h15 às 14h20 – 25 anos de mobilização – A
qualidade da água na bacia do Rio Tietê: Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das
Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.
14h20 às 14h25 – Mario Mantovani, diretor de
Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
14h25 às 14h30 – Hugo Florez Timoran, representante
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, financiador do
Projeto de Despoluição do Rio Tietê.
- 14h30 às 15h50 – Expositores Confirmados
14h30 às 14h35 – O índice de saneamento básico nos
municípios da Bacia do Tietê: Édison Carlos, presidente-executivo do Instituto
Trata Brasil.
14h35 às 14h50 – O Projeto de Despoluição do Rio Tietê
– resultados, metas e desafios: Jerson Kelman, presidente da Sabesp.
14h50 às 15h05 – A requalificação e recuperação da
bacia do Rio Tejo, em Portugal: Paulo Constantino, porta-voz do Movimento
proTEJO.
15h05 às 15h20 – A despoluição da Baía de Montevidéu,
no Uruguai: Jorge R. Alsina, engenheiro e coordenador Técnico do Departamento
de Desarrollo Ambiental – Intendência de Montevidéu.
15h20 às 15h35 – Novas tecnologias para despoluição
de rios metropolitanos: Ilka von Borries-Harwardt, presidente da Confederação
Alemã para Empresas de Pequeno e Médio Porte.
15h35 às 15h50 – Tecnologias e ações para acelerar
a recuperação da bacia do Rio Pinheiros: Stela Goldenstein, diretora-executiva
da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros.
- 15h50 às 16h50 – Debate
- 16h50 às 17h – Considerações finais e encerramento.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
AUDIÇÃO DO MINISTRO DO AMBIENTE NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE
Realizou-se uma audição do Ministro do Ambiente na Comissão Parlamentar do Ambiente, no dia 27 de setembro de 2016, onde foi focada a situação da central nuclear de Almaraz, que podem ver aqui.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DE 6 DE AGOSTO DE 2016
ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DE
6 DE AGOSTO DE 2016
A Assembleia Geral do proTEJO – Movimento pelo
Tejo, realizada no dia 6 de Agosto de 2016, elegeu José Moura como porta-voz e
Arlindo Marques como 2º Secretário da mesa do Conselho Deliberativo do
movimento, cargos que serão ocupados até Dezembro de
2017.
2017.
José Moura e Arlindo Marques
Em termos de programação de actividades foram
definidas as seguintes actividades a realizar:
a) a participação na manifestação pelo encerramento da
central nuclear de Almaraz a realizar-se em Almaraz a 8 e 9 de Setembro de 2016;
b) a dinamização da petição pública contra a poluição
no rio e seus afluentes, a apresentar à Assembleia da República;
c) a realização de um fórum em Santarém subordinado ao
tema do rio Tejo;
d) a promoção de um encontro lúdico e com debate com a
participação dos membros do movimento;
e) a preparação da sexta edição do “Vogar Contra a
Indiferença” a realizar em 2017.
No ponto diversos foi decidido prestar todo o apoio
a Arlindo Marques no âmbito do incidente que teve no exercício da atividade de
denúncia de situações de poluição no rio Tejo e seus afluentes.
Foram ainda comunicadas as atividades e
participações do proTEJO em diversos eventos, designadamente:
a) Conferência promovida por alunos do Instituto
Politécnico de Santarém;
b) Exposição sobre o rio Tejo na Assembleia Municipal
de Santarém;
c) Manifestação ibérica pelo encerramento da central
nuclear de Almaraz;
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
DIA DA ESTREMADURA - FECHAR A CENTRAL NUCLEAR DE ALMARAZ
Dia da Extremadura
Fechar Central Nuclear de Almaraz no Rio Tejo
À semelhança dos anos
anteriores, por volta do dia da Estremadura (8 de Setembro, dia muito
importante para “nuestros hermanos”) realizar-se-ão acções, agora com mais
urgência, para que se feche a Central Nuclear de Almaraz refrigerada com águas
do rio Tejo a 100km de Portugal. Lembramos que foi a primeira central a
funcionar em Espanha que já ultrapassa o tempo para que foi concebida, havendo
vontade de prolongar o licenciamento apesar dos incidentes de que temos tido
conhecimento. A haver um acidente mais grave, do género de Fukuschima, até Lisboa
seria afectada com água contaminada e as populações dos distritos de Portalegre
e Castelo Branco teriam que ser de imediato evacuadas.
O movimento proTEJO desde
há anos que acompanha a situação e vem desta forma solidarizar-se com as
organizações estremenhas no combate a esta afronta menos visível do nosso rio
Tejo/Tajo.
sábado, 13 de agosto de 2016
A RIBEIRA DE NISA VAI SECAR
Os afluentes dos rios funcionam como viveiros, os
peixes sobem as linhas de água quando o inverno termina e se aproxima a
primavera e aí depositam as ovas. Chegando o verão os peixinhos crescem e
mantém-se até que a nova estação das chuvas ocorra e os leve para o rio.
Assim devia ser, mas no caso da ribeira de Nisa o
problema não é a poluição industrial mas sim a mudança de uso sem se pensar na
hidrografia como uma rede complexa.
A barragem da Póvoa e Meadas passou a ser a mais
importante fonte abastecimento de água para consumo humano de todo o distrito
de Portalegre, contudo é preciso libertar um pouco de água, especialmente no
verão, para a permanência de vida em equilíbrio, para que em alguns pontos se
mantenham os peixes recém-nascidos e para diluir os efluentes dos esgotos
domésticos recebidos das ETARs, senão a ribeira de Nisa não será mais do que um
esgoto onde proliferam as infestantes mimosas.
Os pescadores do Arneiro no concelho de Nisa pescam
agora lagostins do Lousiana não somente por causa da poluição vinda da produção
da pasta de eucalipto em Rodão, mas também porque as carpas, bogas, barbos,
achigãs e outros peixes não se podem reproduzir, esta é a mensagem de um
habitante desta região, o senhor Silveiro.
Assim, a poluição no Rio Tejo não se deve somente
às afrontas mais visíveis, aos efluentes das indústrias, aos transvases para a
agricultura intensiva no sul Espanha, à Central Nuclear de Almaraz e aos
esgotos de Madrid.
Isso não quer dizer que este seja um problema sem
solução, que a nossa agricultura passe a ser o eucaliptal, até porque temos um
problema bem grave, de que nos lembramos somente nesta altura, os fogos.
Há que olhar o Tejo como um sistema complexo e não
somente um vector.
José Maria Moura
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
A REDE DO TEJO/RED DEL TAJO CONDENA A AGRESSÃO SOFRIDA PELO ATIVISTA PORTUGUÊS DO TEJO ARLINDO MARQUES
NOTA DE IMPRENSA
A REDE DO TEJO/RED DEL TAJO CONDENA A AGRESSÃO SOFRIDA NO DIA 25 DE
JULHO PELO ATIVISTA PORTUGUÊS DO TEJO ARLINDO MARQUES EM TORRES NOVAS
A Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água no Tejo / Tajo e seus
afluentes, que reúne organizações portuguesas e espanholas, denuncia a agressão
sofrida recentemente por um ativista português e seu filho menor em Torres
Novas durante as filmagens de uma descarga poluente na Ribeira da Boa Água que
flui para o rio Almonda, um afluente do rio Tejo português. Desta Rede de
cidadania do Tejo / Tajo repudiamos os fatos e pedimos justiça às autoridades
portuguesas.
De Portugal chegou-nos na semana passada a notícia lamentável de que um
companheiro do SOS Tejo, conhecido ativista ambiental da zona norte do Ribatejo
e seu filho menor tinham sofrido, no dia 25 de julho, uma investida de um carro
com três homens no seu interior e que circulava em marcha atrás em alta
velocidade, o qual colidiu com o seu veículo estacionado na berma da estrada
estando no seu interior o seu filho de 10 anos de idade.
Conforme relatado pela vítima, pouco antes da colisão ele mesmo tinha
acabado de receber ameaças verbais e sido atingido no peito por um quarto
homem, que o repreendeu dizendo que ele não tinha nada que fazer filmagens no
local onde se encontrava, na Estrada da Sapeira, sendo que nessa altura Arlindo
Consolado Marques filmava uma descarga poluente sobre a Ribeira da Boa Água.
O Sr. Marques disse ter reconhecido os responsáveis pela empresa
Fabrióleo - Fabrica de Óleos Vegetais S.A, pai e filho, dentro do grupo
agressor e que estes fatos terão sido manifestados numa queixa-crime
apresentada perante o Ministério Público (MP) português. Seria de esperar que o
Procurador-Geral da República fizesse eco da gravidade destes fatos e
instaurasse uma investigação que determinasse a responsabilidade e punição
destes atos criminosos.
Se aqueles que não suportam, porque irritam os seus interesses
económicos, que a partir da cidadania ribeirinha do Tejo defendamos com os
instrumentos à nossa disposição e dentro da lei, a saúde dos nossos rios, e
para dissuadir recorram a táticas mafiosas e violentas, como a sofrida por
Arlindo e seu filho, o que vão encontrar é toda essa cidadania levantada desde
o nascimento do Tejo até Lisboa, pedindo justiça. Em seu nome e indignados pela
agressão em Torres Novas, os membros da Rede de Cidadania por uma Nova Cultura
da Água no Tejo / Tajo e seus afluentes exigem que as autoridades:
• Procedam à investigação oficial profunda dos atos criminosos que
ocorreram em Torres Novas no dia 25 de julho.
• Identifiquem os agressores.
• Peçam uma compensação moral e económica que proceda para as vítimas
desta agressão.
• Imponham as multas e penalidades que se aplicam aos agressores, e a
todos aqueles com responsabilidade subsidiária na ocorrência.
• Investiguem o crime ambiental das descargas poluentes objeto de
filmagem neste local por parte do Sr. Marques.
• Reconheçam a importância da participação dos cidadãos na defesa dos
interesses ambientais.
Esta Rede de Cidadania conhecida como Rede do Tejo / Red del Tajo tem
vindo a organizar na defesa do nosso rio ibérico toda a cidadania ribeirinha do
Tejo / Tajo durante 9 anos. E não são apenas os cidadãos portugueses, mas
também espanhóis que assistimos atónitos à permissividade das descargas
poluentes no rio Tejo e seus afluentes em Portugal e Espanha.
Pedimos assim o compromisso de ambos os governos para tornarem
realidade os princípios da Diretiva Quadro da Água e garantirem que os planos
de gestão da região hidrográfica de ambos os países apontem para a prossecução
do bom estado ecológico dos nossos rios e apliquem o princípio do
poluidor-pagador.
Em relação ao Tejo, apesar de sabermos que as empresas que produzem
descargas poluentes no rio empregam muitas pessoas, o que pedimos é o controlo
eficaz do governo, neste caso português, exigindo a realização do investimento
necessário para atenuar estes efeitos, que multem severamente as empresas que
poluem e prossigam até às suas últimas consequências as infrações criminais
como descrito nesta nota de repulsa.
Para mais informações: Soledad de la Llama + 34 617 352 354, Alejandro
Cano +34 699 497 212 e Paulo Constantino + 351 919 061 330
Participação conjunta dos membros da Rede do Tejo/Red del Tajo na 5ª
Edição da descida de canoa “Vogar contra a Indiferença” promovida pelo proTEJO
e que se celebrou em Abrantes em 02.07.2016. Na foto Arlindo Consolado Marques
com membros da Rede.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
proTEJO SOLIDÁRIO COM O AMBIENTALISTA ARLINDO MARQUES VÍTIMA DE INTIMIDAÇÃO E DE ATENTADO À PRÓPRIA VIDA E DO SEU FILHO
COMUNICADO
27 de Julho de 2016
proTEJO SOLIDÁRIO COM O AMBIENTALISTA ARLINDO MARQUES VÍTIMA DE INTIMIDAÇÃO E DE ATENTADO À PRÓPRIA VIDA E DO SEU FILHO
O
Movimento proTEJO teve conhecimento pelo ambientalista Arlindo Marques e pela
comunicação social que este foi vítima de intimidação e de atentado à própria
vida e à do seu filho, menor de 10 anos de idade.
O
proTEJO vem mostrar-se solidário com Arlindo Marques que muito tem contribuído para
a denúncia de episódios de poluição no rio Tejo e seus afluentes através da
publicação de fotografias e vídeos.
O
proTEJO repudia este e outros atos de intimidação que têm vindo a ocorrer sobre
ambientalistas que prestam um serviço público de elevada valia e
respeitabilidade ao denunciarem as acções de uns poucos que muito têm vindo a
contribuir para a degradação o rio Tejo e seus afluentes.
Assim,
daremos todo o apoio a Arlindo Marques, quer moral, para que tenha força e
coragem para continuar o seu válido contributo para as comunidades ribeirinhas,
quer de cidadania, contribuindo para que este triste incidente sirva de exemplo
para quem pense enveredar pela via da intimidação e da violência para resolver
os seus diferendos.
Este
é um caso de justiça e iremos empenhar todas as nossas forças para que dele
sejam retiradas as devidas consequências como é devido num Estado de direito.
Apelamos
ainda a que todas as comunidades ribeirinhas do rio Tejo e seus afluentes, em
Portugal e Espanha, se solidarizem agora para defender aqueles que com o risco
da própria vida protegem os nossos rios.
O
TEJO MERECE!
Mediotejo.net
Mediotejo.net
terça-feira, 19 de julho de 2016
ASSEMBLEIA GERAL DO proTEJO - 6 DE AGOSTO DE 2016
Convite
Assembleia Geral
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
Exmos. Senhores
O proTEJO – Movimento Pelo Tejo vem convidá-lo a estar presente na sua
ASSEMBLEIA GERAL que se realizará no dia 6 de Agosto de 2016 (sábado) pelas 14
horas e 30 minutos, na sede da Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha
(ex-Junta de Freguesia da Moita do Norte), com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Eleição de um porta-voz do proTEJO;
2º Programação de Atividades.
3º Diversos
Esta iniciativa encontra-se aberta às organizações e aos cidadãos que
referenciem como partilhando este objectivo, pelo que agradecemos que as
convidem a estarem presentes.
PARTICIPEM!
SÓ COM A VOSSA PRESENÇA PODEMOS SEGUIR EM FRENTE NA DEFESA DO TEJO!
A PARTICIPAÇÃO DOS ADERENTES E O ENVOLVIMENTO DOS CONVIDADOS É UM
IMPORTANTE INCENTIVO MORAL!
CONTAMOS CONVOSCO!
Como chegar?
Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha
(ex - Junta de Freguesia de Moita do Norte)
39°27'58.7"N 8°26'43.4"W
Ver mapaterça-feira, 12 de julho de 2016
AUDIÇÃO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO AMBIENTE E DA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE
Realizou-se uma audição do de Secretário de Estado do Ambiente e da Agência Portuguesa do Ambiente na Comissão Parlamentar do Ambiente, no dia 12 de julho de 2016, sobre o Relatório do Estado do Ambiente onde foram também focados os problemas do rio Tejo e seus afluentes, que podem ver aqui.
sábado, 2 de julho de 2016
CARTA CONTRA A INDIFERENÇA - COLINAS DO TEJO - MOURISCAS – ABRANTES
CARTA CONTRA A INDIFERENÇA
COLINAS DO TEJO- MOURISCAS – ABRANTES
2 DE JULHO DE 2016
É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos
os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia
ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de ação,
constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.
Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!
O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une
todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o
vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.
Vogar pelo rio Tejo desde as Colinas do Tejo nas Mouriscas até Abrantes
para promover a navegabilidade do rio Tejo é mostrar que não somos indiferentes
à herança passada das populações ribeirinhas que viviam o rio pela atividade
piscatória, da qual tiravam o seu sustento, nem à lembrança de que o rio
funcionava como estrada fluvial para o transporte de pessoas e mercadorias, e
que temos esperança num futuro onde exista um aproveitamento fluvial para
atividades de pesca, transporte e lazer.
O rio Tejo que ao longo do seu curso sustentou as atividades agrícolas
e comerciais das suas gentes, na área de influência deste percurso
constituiu-se como o principal eixo de desenvolvimento da comunidade:
agricultores, moleiros, construtores de barcos, artes de pesca, barqueiros,
pescadores. Destes teimam uns poucos em tirar do rio o sustento, cada dia mais
magro em resultado das alterações na biodiversidade, causada pelos desmandos do
Homem.
Apesar disso, as populações do Médio Tejo conseguiram sobreviver e
prosperar em harmonia com o rio que lhes foi generoso no passado e que será
essencial no futuro.
Um futuro onde este laço de natureza e cultura perdure e se reforce com
o regresso de modos de vida ligados à água e ao rio que as actividades de
educação e turismo de natureza, cultural e ambiental permitirão sustentar.
A preservação do rio Tejo é um tributo que os cidadãos devem oferecer a
este património, sendo urgente assegurar que o caudal do Tejo seja o que era
antigamente, acabar com a poluição que mata os peixes e envenena o ambiente e
as pessoas, criar canais de passagem para os peixes e pequenas embarcações nas
barragens, açudes e travessões, e acabar definitivamente com a pesca ilegal.
Neste futuro não têm lugar nem o Urânio nem o Nuclear, enquanto
recursos energéticos insustentáveis do ponto de vista do desenvolvimento
ambiental, social e económico, que colocam em risco a segurança dos cidadãos.
A extração de urânio tem no consumo e na poluição da água os principais
impactos ambientais, conjuntamente com a alteração do território, a afetação da
paisagem e a difusão de poeira que pode afetar as povoações mais próximas e a
saúde dos seus habitantes.
A contaminação das águas do Tejo por substâncias radioativas
relacionadas com a Central Nuclear de Almaraz é uma realidade, onde as fugas
ocorrem e se misturam com a água, fugas essas cuja ocorrência é escamoteada às
populações afetadas.
Conhecemos os males de que o Tejo padece com a retenção de água nas
barragens e com os transvases, realizados e projetados em território espanhol,
num ambiente de total ausência de escrutínio democrático, com o assoreamento,
com a poluição, ou seja, com o maltrato que a mão do homem tem vindo a infligir
à sua água e aos seus ecossistemas.
Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para
que o proteja, e essa mão somos nós!
Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma
corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem
decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.
Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e
aceitámos a generosidade das suas águas.
Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo vivo, como nós
o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo e da especulação dos
humanos.
Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios
vivos, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos
foi oferecido com generosidade.
Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a unidade e integridade do
Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se
esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens
impõem à natureza.
Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar,
mostrando a união dos cidadãos portugueses e espanhóis na defesa do Tejo,
enquanto bacia ibérica e internacional, e afirmar a nossa determinação para
combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.
Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do
rio Tejo, em Portugal e em Espanha, unimo-nos para reivindicar a todas as
autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:
1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do
Tejo;
2º. O cumprimento da Diretiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um
bom estado das águas do Tejo;
3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais
ambientais, diários, semanais e mensais, refletidos nos Planos da Bacia
Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal, que permitam o bom funcionamento
dos ecossistemas ligados ao rio;
4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais
ambientais;
5º. A informação pública do cumprimento do convénio luso-espanhol
relativamente aos rios ibéricos;
6º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de
alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;
7º. Garantir caudais no rio Tejo e seus afluentes em qualidade e
quantidade suficiente para garantir o seu bom estado ecológico e a viabilidade
dos diversos usos lúdicos e recreativos;
8º. A abertura de um debate, que tarda, relativamente aos níveis de
produção das celuloses instaladas em Vila Velha de Ródão, e às respetivas
medidas de proteção ambiental;
9º. A realização de ações para ajudar a restaurar o sistema fluvial
natural e o seu ambiente;
10º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das
populações ribeirinhas do Tejo.
É isto que defendemos,
Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.
E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
O Tejo merece!
CARTA CONTRA LA INDIFERENCIA
COLINAS DO TEJO- MOURISCAS – ABRANTES
2 DE JULIO 2016
El río Tajo no es
sólo agua, es cultura viva, la columna vertebral y el eje, y las tierras de los
pueblos por los que pasa.
Es con gran
alegría que vemos en la unión de la defensa del Tajo a todos los ciudadanos y
las organizaciones aquí presentes representativos de toda la cuenca del Tajo
Ibérica y todos los sectores de la sociedad y los ámbitos de acción, lo que
constituye un ejemplo independiente de participación y ciudadanía.
En nuestras
diferencias, ¡El lazo que nos une es el Tajo!
Es el mismo Tajo
el que une a toda esta cuenca de España a Portugal, el que une a todas las
poblaciones ribereñas y sus culturas, el que conocemos y vivimos desde su
nacimientoen la sierra de Albarracín hasta la desembocadura del Gran Estuario
del Mar de la Paja.
Vogar por el río
Tajo desde las Colinas do Tejo en Mouriscas hasta Abrantes para promover la
navegabilidad del río Tajo es mostrar que no somos indiferentes al pasado del
patrimonio de las poblaciones ribereñas que viven el río por la actividade de
pesca, que tuvo ay su medio de vida, ni a lo recuerdo de que el río funcionó
como camino fluvial para el transporte de personas y mercancías, y que tenemos
esperanza en un futuro donde hay un uso del río para las actividades de pesca ,
transporte y ocio.
El río Tajo, que a
lo largo de su curso da sustento a las actividades agrícolas y comerciales de
sus habitantes, se estableció como área de influencia y principal eje de
desarrollo de la comunidad: agricultores, molineros, los astilleros, las artes
de pesca, navegantes, pescadores. De estos algunos pocos insisten en sacar su
sustento del río, más delgado éste cada día como resultado de los cambios en la
biodiversidad causados por los excesos del hombre.
Las poblaciones
del Medio Tajo lograron sobrevivir y prosperar en armonía con el río que les
fue generoso en el pasado y que será esencial en el futuro.
Un futuro en el
que este lazo de la naturaleza y la cultura perdure y se fortalezca con el
regreso a modos de vida vinculados al agua y a las actividades de educación y
turismo de naturaleza, cultural y ambientalmente sostenibles.
La preservación
del río Tajo es un homenaje que los ciudadanos deben ofrecer a este patrimonio.
Hay que trabajar para que el caudal del Tajo sea lo que fue en otro tiempo,
detener la contaminación que mata a los peces y envenena al medio ambiente y a
las personas, favorecer la creación de canales para peces y pequeñas
embarcaciones en presas, azudes y “travessões”, y acabar de una vez con la
pesca ilegal.
En este futuro no
tienen cabida ni la extracción de uranio ni la actividad nuclear por ser
recursos energéticos insostenibles desde el punto de vista de los desarrollos
ambientales, sociales y económicos y porque ponen en peligro la seguridad de
los ciudadanos.
La extracción de
uranio tiene sobre el consumo y la contaminación del agua sus principales
impactos ambientales, junto con la alteración del territorio y paisaje y la
difusión de polvo que puede afectar a las poblaciones más cercanas y la salud
de sus habitantes.
La contaminación
de las aguas del Tajo por sustancias radiactivas relacionado con la central
nuclear de Almaraz es una realidad, donde las fugas se producen y se mezclan
con agua, estas fugas se producen con desconocimiento de las poblaciones
afectadas.
Sabemos de los
males que el Tajo sufre con la retención de agua en los embalses e con los
transvases realizados y proyectados en el territorio español, en un ambiente de
total ausencia de control democrático, sabemos de la sedimentación y de la
contaminación, es decir del maltrato que la mano del hombre ha ido infligiendo
a su agua y sus los ecosistemas.
Para contener esa
mano que lo maltrata tenemos que abrir la otra mano para protegerlo, y esa mano
somos nosotros!
Así que tenemos el
deber de extender la mano abierta para crear una corriente de voluntad e
intencionalidad, que sea capaz de aclarar quién decide y qué tratamiento
requieren las aguas del río Tajo para que éste sea ecológicamente sostenible.
Nos lo debemos a
nosotros mismos, por el Tajo con el que compartimos vida y aceptamos la
generosidad de sus aguas.
Se lo debemos a
las generaciones futuras para que conozcan un Tajo vivo, y no un esclavo y
prisionero del egoísmo y la especulación humana.
Si continuamos en
esta dirección, las próximas generaciones conocerán los ríos no vivos, sino
sólo sus imágenes en Internet ... que
aparecen como las sombras de lo que un día nos ofrecieron generosamente.
Por todo esto,
debemos unirnos y recuperar la unidad y la integridad del Tajo y su cuenca. El
amor y el respeto que sentimos por él,
no termina en ninguna de las fronteras administrativas artificiales y
que los hombres imponen a la naturaleza.
Para que nuestras
manos protejan tenemos que unir y coordinar, y mostrando la unión de los
ciudadanos españoles y portugueses en defensa del Tajo por cuanto de cuenca
ibérica e internacional tiene. Y afirmar nuestra determinación para combatir la
indiferencia y el maltrato a que está sometido.
Por lo tanto, con
el fin de defender el Tajo y sus afluentes, y como ciudadanos del río Tajo en
Portugal y España, nos unimos para reclamar de todas las autoridades
pertinentes, internacionales, nacionales, regionales y locales lo siguiente:
1. La necesidad de
una gestión sostenible de la cuenca del Tajo;
2. El cumplimiento
de la Directiva Marco del Agua, a saber, garantizar un buen estado de las aguas
del Tajo;
3. El
establecimiento y la cuantificación de un régimen de caudales ambientales,
diarios, semanales y mensuales, reflejados en la Cuenca Hidrológica Tajo, en
España y Portugal, para el buen funcionamiento de los ecosistemas relacionados
con el río;
4. Verificación
del cumplimiento continuo del régimen de caudales medioambientales;
5. Información
pública del cumplimiento de los convenios Luso-Españoles respecto de los ríos
ibéricos;
6. Rechazo a los
trasvases del Tajo y apoyo a la investigación de alternativas sostenibles,
basadas en el uso eficiente del agua;
7. Garantizar
caudales en el Tajo y sus afluentes en cantidad y calidad suficiente para
garantizar su buen estado ecológico y la viabilidad de los distintos usos
lúdicos y recreativos.
8. La apertura de
un debate sobre los niveles de producción de celulosa instalada en el casco
antiguo de Portas de Ródão y medidas de protección ambiental al respecto;
9. La implementación
de medidas para ayudar a restaurar el sistema natural del río y su entorno;
10. El desarrollo
y la promoción de la identidad cultural y social de las orillas del río Tajo.
Esto es lo que
defendemos,
Que nuestras manos
juntas protegen el Tajo.
Y digamos con
Miguel Torga, porque los poetas saben ver el futuro...
Recomienza,
Si es posible,
Sin ansiedad y sin
prisas.
Y los pasos que
des
En este camino
difícil
En el futuro
Dalos en libertad
Hasta no
alcanzarlo
No descanses.
El Tajo merece!
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