quinta-feira, 5 de setembro de 2024
O movimento proTEJO apresentou hoje à Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa a sua denúncia à Comissão Europeia devido ao “Incumprimento da Diretiva Quadro da Água pela não implementação de caudais ecológicos no rio Tejo por Espanha e Portugal”
quinta-feira, 4 de julho de 2024
O Movimento proTEJO apela à Senhora Ministra do Ambiente e da Energia que seja implementado um verdadeiro regime de caudais ecológicos no rio Tejo e não aceite a esmola de Espanha de caudais mínimos diários
Nota de Imprensa
4 de julho de 2024
“O
Movimento proTEJO apela à Senhora Ministra do Ambiente e da Energia que seja
implementado um verdadeiro regime de caudais ecológicos no rio Tejo e não
aceite a esmola de Espanha de caudais mínimos diários”
O proTEJO – Movimento pelo Tejo
considera que o rio Tejo precisa urgentemente de um verdadeiro regime de
caudais ecológicos determinados por métodos científicos, que contribua para a
conservação dos ecossistemas ribeirinhos e não os, hoje anunciados à
comunicação social, caudais mínimos diários que a Senhora Ministra do Ambiente
e Energia afirmou que iriam ser acrescidos aos caudais mínimos (não são ecológicos) semanais, trimestrais
e anuais fixados, política e administrativamente, na Convenção de Albufeira.
Pedimos à Senhora Ministra do Ambiente e
da Energia para não confundir os cidadãos portugueses com uma proposta de
caudais mínimos diários, que, aliás, já tinha sido mal tentada pelos seus
antecessores, que propunham a divisão dos atuais 7 hm3 de caudal mínimo semanal
pelos 7 dias das semanas, ou seja, 1 hm3 por dia a serem largados à hora que muito bem desejasse a
concessionária hidroelétrica espanhola.
Este conceito repete a formula absurda
acordada em 2017, entre o Governo português
e a concessionária hidroelétrica EDP que
fixou um caudal mínimo diário na barragem de Belver de cerca de 0,864 hm3[1] que se
alcançava turbinando 30 m3/s de água em dois períodos de 4 horas, sendo que
durante as restantes 16 horas do dia podem manter-se caudais nulos,
demonstrando-se assim que um caudal diário não é um verdadeiro caudal
ecológico, contínuo e instantâneo, mas apenas um caudal mínimo com o objetivo de servir
principalmente a produção de energia.
Tememos o arrastar de uma situação de
submissão exclusiva aos interesses economicistas em detrimento do primordial
interesse de todos, que urge passar por uma ação dirigida para contrariar o crescendo
de disfuncionalidades observadas nos ecossistemas pondo em causa a
sobrevivência.
Assim, reivindicamos que a Senhora
Ministra do Ambiente e da Energia contribua para inverter esta passividade
intolerável exigindo a implementação de um regime de caudais ecológicos que
adote o conceito de regime de caudais ecológicos atualmente em vigor e muito
bem estabelecido no Plano Nacional da Água
2002,
como sendo o:
“regime de caudais necessário para
garantir o bom estado das águas, no sentido de minimizar os impactes sobre os
ecossistemas dulçaquícolas a jusante dos aproveitamentos hidráulicos, que
permitam assegurar: a conservação e manutenção dos ecossistemas aquáticos
naturais; a reprodução das espécies; a conservação e manutenção dos
ecossistemas ripícolas; e os aspetos estéticos da paisagem ou outros de
interesse científico e cultural” especificando-se:
a) Caudais instantâneos, definidos à escala
mensal, que variam ao longo dos anos para atender às necessidades das espécies
aquáticas;
b) Flexível em função das
condições hidrológicas naturais que se verificam em cada ano, em particular em
anos secos, devendo ser definidos regimes de caudais ecológicos para anos secos
e para anos médio e húmidos;
c) Caudais de cheia para:
i. Remoção de materiais finos depositados e prevenção do
crescimento da vegetação;
ii. Manutenção da estrutura do leito e das secções transversais;
iii. Manutenção da zona ripária, leito de cheia, características do
vale e nível freático;
iv. Manutenção dos ecossistemas associados aos cursos de água, tais
como zonas húmidas e estuários.
Apelamos a que a Senhora Ministra do
Ambiente e da Energia não aceite a esmola de Espanha de caudais mínimos diários
e que não desperdice esta janela de oportunidade para exigir a implementação de
um verdadeiro regime caudais ecológicos em contrapartida da autorização à
Iberdrola para construir os dois
projetos hidroelétricos de bombagem
reversível nas barragens de Alcântara e Valdecañas no rio Tejo, os quais,
segundo as notícias de hoje na comunicação social, vão ser vendidos em troca da
captação de água no Pomarão por Portugal.
Dito por outras palavras, importa que
não se venda à Iberdrola a água do rio Tejo em troca da água do rio Guadiana
sem respeito pelo estado ecológico de qualquer um destes rios e, por essa via,
sem respeito pela degradação de uma das bases de sustentação da Vida.
Lembramos que a denúncia à Comissão Europeia devido ao “Incumprimento da
Diretiva Quadro da Água pela não implementação de um regime de caudais
ecológicos por Espanha e Portugal” já foi subscrita por um conjunto de 31 organizações
portuguesas, espanholas e europeias, ambientalistas, sociais, culturais e
autarquias, e que a defesa da implementação de um regime de caudais
ecológicos foi ainda acompanhada pelas comunidades intermunicipais do Médio
Tejo, Lezíria do Tejo e Beira Baixa, faltando a solidariedade da Área Metropolitana
de Lisboa (AML) e dos seus municípios para com aqueles situados a montante do
rio Tejo.
Mantemos a nossa defesa
de um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo,
determinados cientificamente nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica de
Portugal e Espanha, com a coordenação das administrações de Portugal e Espanha,
dando cumprimento à Diretiva Quadro da Água e ao direito europeu,
em conformidade com a legislação nacional de Portugal e Espanha e com a própria
Convenção de Albufeira celebrada entre Portugal e Espanha.
Bacia do Tejo, 4 de julho de 2024
Ana Silva e Paulo
Constantino
Os Porta-Vozes do
proTEJO
Mais informação: Paulo Constantino -
+351919061330
[1] “Em concreto, foi estabelecido que o volume de água afluente a Belver seja turbinado, em dois períodos de 4 horas, fixando também um caudal mínimo diário de 10 m3/s, o que é equivalente a um volume diário de 0,864 hm3 para jusante.” Vide Caudais do rio Tejo 30-07-2021 - XXII Governo - República Portuguesa.
domingo, 30 de junho de 2024
proTEJO reivindicou ontem o acesso à nascente do rio Almonda devolvendo-a ao usufruto da população ribeirinha e a necessidade de adequação do uso da água do rio Almonda às disponibilidades hídricas atuais e futuras, estabelecendo-se um regime de caudais ecológicos no seu curso e na chegada ao rio Tejo
29 de junho de
2024
proTEJO reivindicou ontem o acesso à
nascente do rio Almonda devolvendo-a ao usufruto da população ribeirinha e a
necessidade de adequação do uso da água do rio Almonda às disponibilidades
hídricas atuais e futuras, estabelecendo-se um regime de caudais ecológicos no
seu curso e na chegada ao rio Tejo
O proTEJO realizou hoje uma jornada “Por Um Almonda Livre” que se iniciou pela manhã com a descida de canoa “11º Vogar contra a indiferença” com cerca de 30 participantes em 15 kayaks que coloriram o corredor ecológico do rio Almonda, importante afluente da rede hidrográfica do Tejo, defendendo os rios Vivos sem poluição e Livres de açudes e barragens para assegurar a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos, o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas e os fluxos migratórios das espécies piscícolas.
O
"11º Vogar contra a indiferença" iniciou-se pela manhã no jardim do
Almonda Parque e continuou com um percurso fluvial em canoa pelo rio Almonda
até ao final do seu corredor ecológico na cidade de Torres Novas que facultou
aos participantes uma experiência de
defesa de uma causa comum, de comunhão com o rio e de fluviofelicidade com a
beleza do património natural de um rio Almonda no Município de Torres Novas.
A “Carta Contra a Indiferença” (em
espanhol) que hoje publicamos e lida na
demonstração ibérica “Por Um Almonda Livre” exige o acesso à nascente do rio Almonda devolvendo-a ao usufruto da
população ribeirinha e a necessidade de adequação do uso da água do rio Almonda
às disponibilidades hídricas atuais e futuras, estabelecendo-se um regime de
caudais ecológicos no seu curso e na chegada ao rio Tejo como garantia de
conservação dos ecossistemas aquáticos, em especial da Reserva Natural do Paul
do Boquilobo, classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
Reivindicou-se ainda o acompanhamento, monitorização
e verificação do cumprimento das licenças de descargas de efluentes das ETAR
urbanas e industriais, exigindo a tomada de medidas de proteção ambiental com
base no princípio da precaução.
Esta Carta pretende ser um testemunho de que a conservação
ecológica do rio Almonda e dos rios da bacia do Tejo é um tributo que os
cidadãos devem oferecer para a sustentabilidade da Vida e para a conservação do
seu património, sendo hoje urgente defender rios Vivos sem poluição e Livres
com dinâmica fluvial de modo a garantir: a
qualidade das massas de água superficiais e subterrâneas; a conservação dos
ecossistemas, dos habitats e da biodiversidade; o estabelecimento de
verdadeiros caudais ecológicos; a rejeição dos projetos de construção de novos
açudes e barragens e a exigência de uma regulamentação adequada para as
barreiras que já existem; um regime fluvial adequado à migração e reprodução
das espécies piscícolas; e uma conectividade fluvial proporcionada por eficazes
passagens para peixes e pequenas embarcações.
Entre
estes cidadãos contou-se com a participação de amigos do Tejo de Espanha
pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e
seus afluentes, provando-se que a defesa da Vida nos rios ibéricos
ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos
problemas, independentemente da sua nacionalidade.
Realizou-se
ainda a consciencialização das populações
ribeirinhas para o aumento das pressões negativas que resultam da sobre
exploração da água do Tejo: as que se avizinham, com projetos de construção de
novos açudes e barragens, e as que já existem, face à gestão economicista das
barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases da água
do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição
agrícola, industrial e nuclear. Foram ainda realçados a importância do regresso
de modos de vida ligados à água e ao rio e das atividades de educação ambiental
e turismo de natureza, cultural e ambiental.
Esta
atividade é organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo
Tejo
e pela EcoCartaxo – Movimento
Alternativo e Ecologista, contando com o apoio do Município de Torres Novas, da Viver
Almonda, do UmColetivo e da Rede
de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a Viver Almonda.
O
Almonda merece!
Ana Silva e Paulo Constantino
Os
porta vozes do proTEJO
Mais informação: +351 91
906 13 30
Carta
Contra a Indiferença – português
Carta
Contra a Indiferença – espanhol
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Lei do Restauro da Natureza: Portugal tem de se manter do lado certo da história
COMUNICADO DE IMPRENSA
14 de junho de 2024
Lei do Restauro da Natureza: Portugal
tem de se manter do lado certo da história
A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça
Carvalho, manifestou em várias reuniões com Organizações Não-Governamentais de
Ambiente (ONGA) portuguesas que Portugal faz parte dos países que estão
dispostos a aprovar a Lei do Restauro da Natureza no Conselho Europeu de
Ministros do Ambiente, na próxima segunda-feira, dia 17 de junho, o que
consideramos muito positivo.
Para as ONGA e movimentos de cidadãos, é fundamental
nesta fase final de decisão manter a posição do Estado Português que sempre tem
sido favorável à aprovação da legislação, para além de que, uma qualquer
inversão, seria terrivelmente desprestigiante para o nosso país, dado que
coloca também em causa todo o processo democrático que culminou na
estabilização de uma posição comum entre Conselho, Comissão e Parlamento
Europeu.
O voto favorável de Portugal é fundamental e evita pôr
em perigo a aprovação da mais importante legislação europeia de conservação da
natureza desde as Diretivas Aves (1979) e Habitats (1992). A Lei do Restauro da
Natureza define metas vinculativas para recuperação de habitats degradados em
todos os Estados-Membros, principalmente daquelas com maior potencial para
reterem carbono e assim contribuírem para a mitigação das alterações
climáticas, e para reduzirem o impacto de desastres naturais como incêndios e
cheias. Portugal está, desta forma, no lado certo, aliando-se aos países que
defendem a biodiversidade e os ecossistemas hoje em perigo e em declínio na
Europa, não alinhando com governos que não elegem as prioridades definidas pelo
Pacto Ecológico.
Acresce que, se Portugal votar a favor da Lei do
Restauro da Natureza, reforça os compromissos internacionais relativos à
conservação de espécies e habitats, mas contribui igualmente para gerar
confiança nos cidadãos portugueses face às políticas públicas, quando 63%
destes, segundo dados recentes do Eurobarómetro, identificam o restauro da
natureza como uma das formas mais eficazes para enfrentar os problemas
ambientais.
As ONGA e movimentos de cidadãos apelam ao Governo
para não mudar de posição
As 30 ONGA e movimentos de cidadãos que subscrevem
este comunicado estão confiantes que a Senhora Ministra do Ambiente e Energia,
que representará o Governo e todos os portugueses no Conselho, não se deixará
influenciar por interesses que são alheios à salvaguarda do bem comum e que
votará favoravelmente a Lei do Restauro da Natureza, em coerência com o próprio
programa de Governo, o qual prevê a elaboração de um Plano Nacional de Restauro
da Natureza que esperamos que venha a incluir metas e objetivos.
As ONGA e os movimentos de cidadãos têm presente ainda
que, durante o processo legislativo da Lei do Restauro da Natureza, os
eurodeputados do PSD, partido que sustenta o atual governo e onde se incluem a
Ministra do Ambiente e Energia, o Ministro da Agricultura e Pescas e o Ministro
dos Negócios Estrangeiros, votaram favoravelmente esta Lei no Parlamento
Europeu.
O que está em causa
Esta nova Lei irá garantir que todos os países da
União Europeia (UE) sejam obrigados a apresentar e implementar um Plano
Nacional de Restauro, com objetivos específicos, os quais terão que prever o
restauro de, pelo menos, 30% dos habitats terrestres, costeiros, marinhos e de
água doce em estado de conservação desfavorável até 2030, 60% até 2040 e 90%
até 2050. Os Estados-Membros da UE terão ainda que garantir que não ocorre uma
deterioração significativa nas áreas sujeitas a restauro.
As regras europeias visam incrementar a biodiversidade
dos sistemas agrícolas (beneficiando também a produção agrícola), restabelecer
a conectividade natural dos rios e as funções das planícies aluviais
(melhorando o ciclo da água), restaurar habitats florestais (prevenindo
incêndios), bem como criar mais espaços verdes em áreas urbanas (reduzindo os
efeitos de ilha de calor). Reverter o declínio das populações de polinizadores,
dos quais dependem de forma direta os nossos sistemas alimentares e toda a produção
agrícola, é outra das prioridades desta decisiva legislação. A Lei acolheu o
apoio não só das ONGA, mas também de empresas,
caçadores, agricultores e cientistas, mostrando assim que a recuperação da
natureza é também definitivamente essencial para a economia.
Contactos: ANP|WWF – Catarina Grilo (960101668); GEOTA - Rogério Ivan
(912366926); Sciaena - Gonçalo Carvalho (936257281); SPEA – Joana Andrade
(966475068); ZERO – Francisco Ferreira (969078564).
Lista das ONGA e movimentos que subscrevem este comunicado: ADPM; AEPGA; Agrobio; Alambi; ALDEIA; Almargem; ANP|WWF; A Rocha; Campo Aberto; CENTA; CIDAMB; CPADA; Dunas Livres; FAPAS; Geota; Grupo Ecológico de Cascais; Íris; Juntos Pelo Sudoeste; LPN; Mov Rio Douro; OIKOS; Palombar; Plataforma Água Sustentável; ProTejo; Quercus; Sciaena; SPEA; SPECO; Plataforma Transgénicos Fora; Zero.
quinta-feira, 13 de junho de 2024
11º Vogar Contra a Indiferença - Descida de canoa - Corredor Ecológico do rio Almonda - Demonstração Ibérica de Cidadãos "Por Um Almonda Livre"
Nota de Imprensa
11º VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA
Descida
de Canoa
Corredor Ecológico do rio Almonda, em Torres Novas
DEMONSTRAÇÃO IBÉRICA DE CIDADÃOS
“Por Um Almonda Livre”
29 de junho de
2024
O movimento proTEJO e a EcoCartaxo irão celebrar o próximo dia 29
de junho de 2024 com a descida de canoa "11º Vogar contra a
indiferença" e a demonstração ibérica de cidadãos “Por Um Almonda Livre”, importante
afluente da rede hidrográfica do Tejo.
Esta é uma ação de defesa de rios Vivos sem poluição e Livres de
açudes e barragens para assegurar a conservação dos ecossistemas e habitats
aquáticos, o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas e os fluxos
migratórios das espécies piscícolas.
O "11º Vogar contra a indiferença" inicia-se pela manhã no Jardim do Almonda Parque com a leitura da “Carta Contra a Indiferença” e continua com um percurso fluvial em canoa para desfrutar da beleza natural do corredor ecológico rio Almonda.
A descida de canoa tem 50 lugares disponíveis em 25 embarcações que irão colorir o rio Almonda de todas as cores, estando as inscrições abertas até ao dia 27 de junho (quinta-feira) para quem desejar descobrir a beleza natural do corredor ecológico do rio Almonda num percurso fluvial que parte do açude dos Gafos, na cidade de Torres Novas, desfrutando de uma magnífica experiência de fluviofelicidade em comunhão com o rio defendendo uma causa comum da cidadania.
Entre estes cidadãos conta-se uma participação muito
significativa de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por
uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, esperando-se muitos
participantes, como aliás é habitual, provando-se que a defesa da Vida nos rios
ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os
mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.
A Demonstração
Ibérica de Cidadãos “Por Um Almonda Livre” decorrerá pela tarde no Jardim das
Rosas da cidade de Torres Novas sobre a
importância de acesso à nascente do rio Almonda devolvendo-a ao usufruto da
população ribeirinha e a necessidade de adequação do uso da água do rio Almonda
às disponibilidades hídricas atuais e futuras, estabelecendo-se um regime de
caudais ecológicos no seu curso e na chegada ao rio Tejo como garantia de conservação
dos ecossistemas aquáticos, em especial da Reserva Natural do Paul do
Boquilobo, classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
Pretende-se
ainda consciencializar as populações
ribeirinhas para o aumento das pressões negativas que resultam da sobreexploração
da água do Tejo: as que se avizinham, com projetos de construção de novos
açudes e barragens, e as que já existem, face à gestão economicista das
barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases de água
do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição
agrícola, industrial e nuclear. Serão ainda realçados a importância do regresso
de modos de vida ligados à água e ao rio e das atividades de educação ambiental
e turismo de natureza, cultural e ambiental.
Esta atividade
é organizada pelo proTEJO
– Movimento Pelo Tejo e pela EcoCartaxo – Movimento
Alternativo e Ecologista, contando com o apoio do Município de Torres Novas, da Viver
Almonda, do UmColetivo e da Rede
de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a Viver Almonda.
O
Almonda merece!
Ana Silva e Paulo Constantino
Os
porta vozes do proTEJO
Mais informação: +351 91 906 13 30
terça-feira, 28 de maio de 2024
O Movimento proTEJO apresentou hoje o seu parecer de “Discordância” na consulta pública sobre o projeto de construção de bombagem reversível na barragem espanhola de Alcântara no rio Tejo enquanto não ocorrer a implementação de caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo
Nota de Imprensa
28 de maio de 2024
O Movimento proTEJO apresentou hoje o seu parecer de “Discordância” na
consulta pública sobre o projeto de construção de bombagem reversível na barragem
espanhola de Alcântara no rio Tejo enquanto não ocorrer a implementação de
caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo
O proTEJO – Movimento
pelo Tejo apresentou hoje o seu parecer de “Discordância” na consulta pública sobre o projeto de
construção de bombagem reversível na barragem espanhola de Alcântara no rio
Tejo
enquanto não ocorrer a implementação de caudais ecológicos na barragem de
Cedillo no rio Tejo, sendo de relevar o seguinte:
1º Não foram apresentados os impactos ambientais sobre o
regime de caudais do rio Tejo, sendo referido, irrealisticamente, que não
existirão impactos ambientais decorrentes da alteração da gestão hídrica
inerente à exploração da bombagem reversível na barragem de Alcântara[1],
desconsiderando o histórico de danos já causados pela atual gestão hídrica que
decorrem da manutenção de um regime de caudais mínimos, ou seja, da ausência de
um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedilllo
na fronteira de Portugal e Espanha que constam da nossa denúncia à Comissão Europeia devido ao “Incumprimento da Diretiva Quadro
da Água pela não implementação de um regime de caudais ecológicos por Espanha e
Portugal”;
2º Além do regime de
caudais do rio Tejo, nada é referido quanto aos impactos ecológicos negativos
sobre a qualidade das massas de água do rio Tejo a jusante, nomeadamente, sobre
todas as massas de água localizadas em território português, sendo necessário
identificar e quantificar os impactos deste projeto quanto à possível
intensificação, frequência e agravamento de incidentes de eutrofização e blooms
de algas (cianobactérias) que têm vindo a ser usuais com a atual gestão hídrica
permissiva às hidroelétricas espanholas com base num regime de caudais mínimos
na barragem de Cedillo que não observa a obrigatoriedade legal de, em Espanha,
se implementarem regimes de caudais ecológicos em infraestruturas hidráulicas;
3º Consequentemente, não
foram estudados todos os impactos ecológicos, sobre a flora e a fauna,
económicos, sociais e culturais, nos territórios a jusante, nomeadamente, em
território português, decorrentes da manutenção de um regime de caudais
mínimos, ou seja, da ausência de um regime de caudais ecológicos na barragem de
Cedilllo na fronteira de Portugal e Espanha, e do mais que provável agravamento
da deterioração da qualidade das massas de água com origem em Espanha.
Este movimento já alertou a Senhora Ministra do
Ambiente e da Energia, em carta aberta, para os riscos associados aos dois projetos
de bombagem reversível previstos para as barragens espanholas de Alcântara e
Valdecanãs no rio Tejo, bem como para a urgência de exigir a implementação de
caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo.
Estes projetos têm como objetivo
estabelecer a bombagem de água para montante após a descarga nas duas maiores barragens,
Alcântara e Valdecanãs, instaladas numa cascata de barragens que se localizam
uma após a outra no rio Tejo em Espanha, na província de Cáceres.
O proTEJO requereu a prestação de
informação às populações ribeirinhas sobre os previsíveis impactos que ambos os
projetos aportam sobre o rio Tejo em Portugal.
É da nossa opinião que, enquanto não for
assegurada a implementação de um regime de caudais ecológicos na barragem de
Cedillo, na fronteira de Portugal e Espanha, deve ser manifestada a oposição a
ambos os projetos no âmbito do quadro de cooperação da Convenção de Albufeira
com fundamento na “proteção das águas superficiais e subterrâneas e dos
ecossistemas aquáticos e terrestres deles diretamente dependentes e para o
aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas”.
A
concretização destes projetos agravará significativamente a disponibilidade e
variabilidade de caudais no rio Tejo em consequência da restrição da água que
flui para o rio Tejo em Portugal a partir de Espanha, não sendo de esperar mais
do que o volume limite de caudal mínimo de 2.700 hm3, e talvez mais uma gota, para cumprir
formalmente a Convenção de Albufeira, à semelhança do que aconteceu nos poucos
anos de seca que assolaram o rio Tejo (Ver Caixa – Caudais do rio Tejo). Este
caudal mínimo anual é comprovadamente um caudal de seca visto que foi possível
verificar o seu cumprimento no período contínuo de 16 meses da pior seca que
abalou a bacia do Tejo no ano hidrológico de 2021/2022.
Tendo em conta que, de modo geral, de
Espanha tem chegado em média mais do dobro do caudal mínimo anual previsto na
Convenção de Albufeira (cerca de 5.500 hm3), considera-se que existe um risco
de todos os anos hidrológicos passarem a ser anos de “seca artificial” com
envio de apenas 2.700 hm3 de caudal mínimo anual se forem construídos estes projetos
de transformação das duas barragens de Alcântara e Valdecanãs, concessionadas à
Iberdrola, em hidroelétricas reversíveis.
Assim, o
proTEJO tem vindo a defender que, na bacia hidrográfica do Tejo, devem ser
estabelecidos para ano de seca, médio e húmido, os respetivos caudais
ecológicos regulares, contínuos e instantâneos, medidos em metros cúbicos por
segundo (m3/s), e respeitando a sazonalidade das estações do ano, ou seja, maiores no
inverno e outono e menores no verão e primavera, por oposição aos caudais
mínimos negociados politicamente e administrativamente há 25 anos na Convenção de Albufeira sem que nunca se tenha concretizado
o processo de transição para o regime de caudais ecológicos que essa mesma
Convenção prevê.
O não
estabelecimento de caudais ecológicos tem permitido uma extrema variabilidade
dos caudais recebidos de Espanha que prejudica os ecossistemas e os usos da
água, nomeadamente, os usos agrícolas, constituindo um incumprimento da Diretiva
Quadro da Água - documento de orientação nº
31 – Caudais ecológicos na implementação da Diretiva Quadro da Água, motivo pelo qual o proTEJO apresentou,
no passado dia 18 de março, uma denúncia à Comissão Europeia devido
ao “Incumprimento da Diretiva Quadro da Água pela não implementação de um
regime de caudais ecológicos por Espanha e Portugal”.
Esta denúncia já foi subscrita por um
conjunto de 30 organizações portuguesas,
espanholas e europeias, ambientalistas, sociais, culturais e autarquias, e a defesa da
implementação de um regime de caudais ecológicos foi ainda acompanhada pelas
comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Lezíria do Tejo e Beira Baixa após
um apelo lançado às comunidades intermunicipais da bacia do Tejo (Lezíria do
Tejo, Médio Tejo, Beira Baixa e Alto Alentejo) e à área metropolitana de Lisboa
(AML) para que tomassem uma posição de responsabilidade.
Mediante as considerações supra, o movimento
proTEJO dá parecer de “Discordância” quanto ao projeto de construção de
bombagem reversível na barragem espanhola de Alcântara no rio Tejo, requerendo
o seguinte:
a) Que seja manifestada
oposição aos dois projetos hidroelétricos de bombagem reversível nas
barragens de Alcântara e Valdecañas junto do Governo de Espanha enquanto
não for assegurada a implementação do regime de caudais ecológicos, conforme
exige o cumprimento dos objetivos da Diretiva Quadro da Água de acordo com a Recomendação EC 2015 (Ecological
flows in the implementation of the Water Framework Directive. Guidance
document).
b) Que sejam definidos
cientificamente os caudais ecológicos a integrar nos Planos de Gestão da Região
Hidrográfica do Tejo – 2022/2027 por Portugal e Espanha nos pontos de controlo
que atualmente estão presentes na Convenção de Albufeira, em Cedillo e Ponte de
Muge.
Bacia do Tejo, 28 de abril de 2024
Os Porta-Vozes do
proTEJO,
Ana Silva e Paulo
Constantino
Mais informação: Paulo Constantino -
+351919061330
Anexo nº 1 - “APROVECHAMIENTO HIDROELECTRICO DE ALCANTARA II DE 440 MW EN T.M. ALCANTARA (CACERES)”
segunda-feira, 27 de maio de 2024
O proTEJO irá apresentar à Comissão Parlamentar do Ambiente e da Energia a denúncia à Comissão Europeia pela “Ausência de implementação de um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedillo, espanhola, localizada na fronteira entre Portugal e Espanha”
NOTA DE IMPRENSA
27 de maio de 2024
O proTEJO irá apresentar à Comissão Parlamentar do Ambiente e da Energia a denúncia à Comissão Europeia pela “Ausência de implementação de um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedillo, espanhola, localizada na fronteira entre Portugal e Espanha”
O proTEJO - Movimento pelo Tejo irá
apresentar à Comissão Parlamentar do Ambiente e da Energia, no próximo dia 29
de maior de 2024 pelas 11h30m, a denúncia à Comissão Europeia pela “Ausência de
implementação de um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedillo,
espanhola, localizada na fronteira entre Portugal e Espanha”.
Este movimento cívico irá clarificar a
diferença entre o regime de caudais ecológicos que se pretende venha a ser
implementado e o atual regime de caudais mínimos fixados política e
administrativamente com base na Convenção de Albufeira, bem como apresentar os
fundamentos de facto e de direito que sustentam a necessidade de implementação
de um regime de caudais ecológicos por ambos os países.
Realça-se ainda que, no passado dia 25
de Abril, a implementação de um regime de caudais
ecológicos no rio Tejo por negociação com Espanha foi defendida[1], pelo professor Rodrigo Proença de
Oliveira, do Instituto Superior Técnico (IST), responsável pelo estudo das disponibilidades hídricas
de Portugal, em que se basearam os planos de bacia hidrográfica de 2022-2027.
Estas tomadas de posição são tão mais importante face ao risco dos projetos de construção de bombagem hidroelétrica reversível nas barragens de Alcântara e Valdecañas virem a limitar as afluências de água com origem em Espanha, motivo pelo qual o movimento proTEJO já alertou, por carta aberta, a Senhora Ministra do Ambiente e Energia para a urgência de exigir a implementação de caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo.
Nessa denúncia o proTEJO requer à
Comissão Europeia que, no uso das suas competências, determine ao Ministério do
Ambiente e da Ação Climática português e ao Ministerio de Agricultura y Pesca,
Alimentación y Medio Ambiente espanhol que:
a) Implementem um regime
de caudais ecológicos na barragem de Cedillo determinados cientificamente dos
Planos de Gestão da Região Hidrográfica de Portugal e Espanha, com a
coordenação das administrações de Portugal e Espanha dando cumprimento à
Diretiva Quadro da Água e ao direito europeu, em conformidade com a legislação
nacional de Portugal e Espanha e com a própria Convenção de Albufeira celebrada
entre Portugal e Espanha;
b) Definam um regime de
caudais ecológicos para todas as infraestruturas com
funções de barreiras nos rios e seus afluentes adotando-se o conceito de
regime de caudais ecológicos estabelecido no Plano Nacional da Água 2002, como
“regime de caudais necessário para garantir o bom estado das águas, no sentido
de minimizar os impactes sobre os ecossistemas dulçaquícolas a jusante dos
aproveitamentos hidráulicos, que permitam assegurar: a conservação e manutenção
dos ecossistemas aquáticos naturais; a reprodução das espécies; a conservação e
manutenção dos ecossistemas ripícolas; e os aspetos estéticos da paisagem ou
outros de interesse científico e cultural”;
c) Que a Agência
Portuguesa do Ambiente e a Confederation Hidrografica del Tajo procedam à
revisão, com carácter de urgência, dos respetivos Planos de Gestão de Região
Hidrográfica do Tejo, para o 3º ciclo de planeamento, de modo a integrarem um
regime de caudais ecológicos determinados com a coordenação das administrações
de Portugal e Espanha;
d) Que a Agência
Portuguesa do Ambiente, a Confederation Hidrografica del Tajo e a
concessionária de produção hidroelétrica em Cedillo, adotem ações de prevenção
e de reparação de danos ambientais nos termos da diretiva comunitária e da lei
interna de responsabilidade ambiental.
O requerido pelo Movimento proTEJO
assenta em factos que têm vindo a ser denunciados desde a fundação deste
movimento, entre os quais se distinguem os seguintes:
· a vigência de um obsoleto regime de caudais da Convenção de
Albufeira assente em caudais mínimos fixados de modo político e administrativo
há mais de duas décadas, que permitem uma enorme variabilidade dos caudais
afluentes de Espanha tendo estes contribuído juntamente com a poluição, para o
continuo aumento do número de massas de água com estado inferior a bom (como
consta do relatório da APA do final do 2.º ciclo de planeamento da região
hidrográfica do Tejo).
· a incoerência científica na determinação do regime de caudais
ecológicos apresentados no Plano Hidrológico de Espanha;
· os graves impactos
negativos resultantes da não implementação de um regime de caudais ecológicos,
designadamente:
ü ecológicos, nomeadamente, a
contínua deterioração da qualidade da água afluente de Espanha, a degradação
dos ecossistemas, com perda de biodiversidade, em incumprimento de várias
Diretivas, entre as quais as Diretivas Aves e Habitats, que se exemplifica na
catástrofe ecológica que ocorreu com o esvaziamento da albufeira de Monte
Fidalgo da barragem de Cedillo no ano hidrológico de 2018/2019;
ü económicos, sociais e
culturais
ao nível da atividade agrícola, da gastronomia, das atividades de lazer e de
desportos náuticos, do património e paisagem cultural, das atividades de
turismo de natureza e rural;
ü de segurança e de saúde
pública
devido às substâncias poluentes prejudiciais a toda a cadeia da Vida e por essa
via ao ser humano e, devido aos riscos de segurança provocados pelas subidas
repentinas de caudais;
ü o desperdício de fundos
públicos, nacionais e comunitários, em projetos de construção da barragem do
Alvito e do túnel do Cabril, interno à bacia do Tejo,
a partir do rio Zêzere, na barragem do Cabril, para o rio Tejo na barragem de
Belver. Infraestruturas inscritas num pacote de “Soluções para o reforço da
resiliência hídrica do Tejo”, que foi anunciado como tendo o objetivo de
regularização dos caudais afluentes de Espanha com água de território
português, quando se pode alcançar esse objetivo pela simples e eficaz
implementação de um regime de caudais ecológicos em conformidade com a Diretiva
Quadro da Água.
· o risco dos projetos de
construção de bombagem hidroelétrica reversível nas barragens de Alcântara e
Valdecañas; pelo que foi, por carta aberta, alertada a Senhora Ministra do Ambiente e Energia para a urgência de exigir a implementação de caudais
ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo;
· o incumprimento por Portugal e Espanha da Convenção da Água da
ONU.
No que respeita ao direito comunitário e
nacional encontra-se fundamentado o seguinte:
· a obrigatoriedade de
definição e implementação de um regime de caudais ecológicos nas normas
comunitárias, em especial na Diretiva Quadro da Água, na legislação nacional de
Espanha e Portugal e mesmo, na própria Convenção de Albufeira celebrada entre
Portugal e Espanha;
· a atual vigência de um
regime de caudais mínimos fixado política e administrativamente na Convenção de
Albufeira e a inadequada e irresponsável gestão da água pelos concessionários
das barragens espanholas, acontece com evidente incumprimento da Diretiva
Quadro da Água pela Convenção de Albufeira, quer pela não adoção de conceitos,
princípios e métodos de determinação e implementação de um regime de caudais
ecológicos, quer pela ausência de participação pública quanto ao regime de
caudais em vigor na Convenção de Albufeira;
· a ausência de uma
coordenação entre Portugal e Espanha com o objetivo de realizar um único plano
de gestão de bacia hidrográfica internacional;
· o incumprimento da Diretiva
Quadro da Água e infração do direito europeu acontece por ausência de
implementação de um regime de caudais ecológicos no rio Tejo na fronteira entre
Portugal e Espanha, na barragem de Cedillo, de acordo com os critérios,
princípios e métodos dos planos de gestão de região hidrográfica de Portugal e
Espanha assentes na Diretiva Quadro da Água, ou, por outras palavras, a atual
vigência de um regime de caudais mínimos fixado politica e administrativamente
na Convenção de Albufeira e a inadequada gestão da água pelas barragens, que
tem vindo a impedir que se alcancem os objetivos ambientais do nº 1 do Artigo
4º da Diretiva Quadro da Água ao não assegurar um
“regime hidrológico consistente com o alcance dos objetivos ambientais da DQA
em massas de águas superficiais naturais” como decorre do documento de orientação nº 31 “Caudais
ecológicos na implementação da Diretiva Quadro da Água”;
Resumidamente, o Movimento proTEJO
pretende que se avalie a necessidade de construção de mais infraestruturas,
apenas e só, depois da implementação de um regime de caudais ecológicos na
barragem de Cedillo que permitirá melhorar o estado ecológico das massas de
água na albufeira de Monte Fidalgo e das massas de água a jusante no rio Tejo
em Portugal, nomeadamente, da albufeira do Fratel. Evitando ou reduzindo os
impactos negativos: ecológicos, económicos, sociais, culturais, de segurança e
de saúde pública. Ao mesmo tempo que evita o enorme desperdício de fundos
públicos, nacionais e comunitários.
Bacia do
Tejo, 27 de maio de 2024
Os
porta vozes do proTEJO
Ana
Silva e Paulo Constantino
Mais
informações: Paulo Constantino – 919061330
[1]“Portugal tem de negociar com Espanha caudais ecológicos para o Tejo” – Água & Ambiente – 24/4/2024 - https://www.ambienteonline.pt/noticias/portugal-tem-de-negociar-com-espanha-caudais-ecologicos-para-o-tejo.