Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLHEU UM MAU TÍTULO E PRESTA UM MAU SERVIÇO DE INFORMAÇÃO "MICROALGAS FORAM RESPONSÁVEIS PELA MORTANDADE DE PEIXES NO TEJO"

COMUNICADO
"COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLHEU UM MAU TÍTULO 
E PRESTA UM MAU SERVIÇO DE INFORMAÇÃO"
24 de novembro de 2017
Nos últimos dias fomos confrontados com as seguintes notícias:
Diário de Notícias - Lisboa-24/11/2017
SIC Notícias-24/11/2017
Reconquista-23/11/2017
A análise foi efetuada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e pedida pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão.
Gostaríamos de ver os resultados de análises à toxicidade efetuadas pelo Ministério da Saúde, mesmo aos peixes vivos.
A análise anátomo-patológica do IPMA apenas afirma “que os filamentos branquiais se encontravam colmatados por matéria solida e a presença de microalgas”, não afirmando que foram as algas a causar a morte dos peixes.
Refere que a consequência mais comum do bloom de algas é a morte dos peixes mas não que foi isso que sucedeu na mortandade de peixes na albufeira do Fratel.
Apesar das microalgas poderem ter contribuído, nunca seriam a única causa da morte dos peixes.
Com efeito o grande bloom de algas por eutrofização ocorreu em 16 de setembro de 2017 desde Cedillo em Espanha até Vila Velha de Ródão e a mortandade de peixes apenas ocorreu desde 13 de outubro a 2 de novembro de 2017, já tinha sido diluído há muito tempo o tapete verde de algas.
Mas é natural que os peixes ainda apresentassem vestígios de algas.
Além disso este episódio de eutrofização de 16 de setembro passado foi muito menos intenso e extenso que o ocorrido em 25 de setembro de 2009 que se estendeu desde Cedillo em Espanha até Abrantes, cerca de 200 km, sem causar contudo uma tamanha mortandade de peixes.
Além disso os senhores jornalistas ficam a saber que o que a eutrofização e as microalgas são resultado combinado da água estagnada, de temperaturas elevadas e, principalmente, do excesso de nutrientes gerado pela poluição da agricultura intensiva, das águas residuais urbanas e dos efluentes industriais!!!
Estamos fartos de ilusões e de encomendas em vez de tratarem deste assunto como um grave problema de saúde pública e fazerem todas as análises de toxicidade aos peixes e produtos agrícolas que são necessárias ao devido esclarecimento e proteção da população.

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