Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Os benefícios da biodiversidade dos rios livres, a sua proteção jurídica e a remoção de barreiras à conectividade fluvial estiveram em foco do Seminário Tejo Vivo e Vivido 2021

NOTA DE IMPRENSA

21 de outubro de 2021

Os benefícios da biodiversidade dos rios livres, a sua proteção jurídica e a remoção de barreiras à conectividade fluvial estiveram em foco do Seminário Tejo Vivo e Vivido 2021 promovido no passado dia 16 de outubro pelo proTEJO – Movimento pelo Tejo, o Município de Vila Nova da Barquinha e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo sob o tema “A biodiversidade, os ciclos ecológicos e os rios livres”, cuja abertura foi realizada pela Senhora Secretária de Estado do Ambiente Inês do Santos Costa.

Neste seminário foram apresentados os seguintes temas por um conjunto de especialistas:


A biodiversidade como base dos serviços dos ecossistemas - Maria Amélia Martins-Loução - Bióloga. Professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa


Benefícios e oportunidades da remoção de barreiras fluviais artificiais - Lorenzo Quaglietta - Consultor de Água - Associação Natureza Portugal | WWF



A proteção dos rios livres e a personalidade jurídica dos rios - Alexandra Aragão - Professora Associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra


O Projeto Dam Removal Europe e a importância dos rios livres para os peixes migratórios - Herman Wanningen – Diretor da Fundação Mundial da Migração dos Peixes – WFMF




O seminário permitiu as seguintes aprendizagens:

  • A biodiversidade como base dos ecossistemas presta serviços de maior importância à sociedade, nomeadamente, a provisão, a regulação e a purificação da água, que devem ser integrados e valorizados na avaliação ambiental e no bem-estar social.

“Devemos preservar cada pedaço da biodiversidade como inestimável, enquanto aprendemos a usá-la e compreender o que ela significa para a humanidade” - Edward O Wilson

  •   A importância da proteção dos “Rios livres” como um novo bem jurídico justificada no facto dos Rios com o curso interrompido por barragens não prestarem os mesmos serviços dos ecossistemas que são prestados por rios livres. O reconhecimento da personalidade jurídica de um rio tem como vantagens atribuir uma nova forma de proteção jurídica, legitimidade processual e procedimental e facilitar a reintegração de danos causados e a prova dos mesmos. Para este reconhecimento será importante a sensibilização dos decisores políticos, nomeadamente, o parlamento, para que seja produzida legislação que atribua personalidade jurídica ao rio, bem como a mobilização da opinião pública dos cidadãos para apoio à sua adopção.
  •    O projeto de remoção de barreiras artificiais da Dam Removal Europe e da Associação Natureza Portugal/WWF foi apresentado tendo como objetivo a redução de impactos de barragens nos sistemas fluviais, a restauração ecológica e a melhoria do ciclo da água, contribuindo para objetivo de libertação de 25.000 km de rios com barreiras na Europa como previsto na Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030 e no Pacto Ecológico Europeu, e em linha com o objetivo ambiental de alcançar o bom estado ecológico águas estabelecido na Diretiva Quadro da Água.

Existem mais de 1 milhão e 200 mil barreiras nos rios da Europa, sendo mais de 150.000 as que se encontram obsoletas e potencialmente removíveis e pela primeira vez na história da Europa, foi lançado no passado dia 8 de outubro um novo e dedicado Programa de Rios Abertos de € 42,5 milhões para restaurar rios por meio da remoção de barragens financiado pelo Fundo ARCADIA sendo necessário deitar mãos à obra no processo de identificação de barreiras removíveis e seu potencial de reconetividade dos rios e de identificação de proprietários e trâmites legais.

Desde 1970 perdemos 76% das populações de peixes migratórios de água doce sendo fundamental existirem mais rios livres pela remoção de barreiras para permitir a recuperação das suas populações.

Em resumo, demonstrou-se a importância do papel dos rios livres que contribuem para a salvaguarda e restauração da biodiversidade enquanto elemento fundamental da manutenção dos ciclos ecológicos e da sustentabilidade da Vida pelos serviços que os ecossistemas prestam à sociedade.

As barragens e os açudes adicionam pressões negativas sobre a biodiversidade pelo que se impõe uma visão ecológica capaz de identificar alternativas de ação sobre a oferta e procura de água procurando alcançar um equilíbrio entre a satisfação das necessidades humanas e a conservação da biodiversidade para assegurar a continuidade do bom funcionamento dos ciclos vitais que sustentam a Vida.

Adicionalmente, o proTEJO apresentou ainda a sua posição sobre a importância de manter os últimos 120 km do rio Tejo livres de açudes e barragens, apresentando as seguintes alternativas às novas propostas de obras hidráulicas no rio Tejo:

a) sejam estabelecidos caudais ecológicos regulares no rio Tejo, contínuos e instantâneos, medidos em metros cúbicos por segundo (m3/s), e respeitando a sazonalidade das estações do ano, ou seja, maiores no inverno e outono e menores no verão e primavera, por oposição aos caudais mínimos negociados politicamente e administrativamente há 23 anos na Convenção de Albufeira sem se concretizar o processo de transição para o regime caudais ecológicos que essa mesma Convenção prevê;

b) seja realizado um investimento de apenas 10 M€[1] na construção de uma Estação de Captação de Água diretamente do rio Tejo na zona da Lezíria do Tejo para uso agrícola à semelhança da Estação de Captação de Água da EPAL em Valada no Cartaxo que tem em uma capacidade nominal de captação de 240.000 m³/dia destinados ao consumo humano na área metropolitana de Lisboa.

c) seja promovida uma agricultura sustentável que tenha eficiência hídrica e preserve a biodiversidade e a sustentabilidade da Vida com apoios às explorações agrícolas assentes nos meios financeiros que se pretendem destinar a obras hidráulicas desnecessárias.

Informamos que ainda podem assistir ao Seminário nas seguintes redes sociais da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha:

Facebook

Bacia do Tejo, 21 de outubro de 2021



[1] Com o pressuposto de que a construção de raiz de uma Estação de Captação de Água envolveria um custo do dobro (2x) da empreitada de Remodelação e Reabilitação da Captação de Valada Tejo da EPAL que envolveu um investimento de 5 M€, concluída em abril de 2014.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

proTEJO denuncia que a poluição de bloom de algas (cianobactérias) com cheiro putrefacto tendo origem em Espanha já chegou à barragem do Fratel reforçando a necessidade de proceder a uma Queixa à Comissão Europeia

NOTA DE IMPRENSA

14 de outubro de 2021

O proTEJO constatou hoje que bloom de algas (de cianobactérias - ver Caixa) identificado pela APA na albufeira de Cedillo no dia 7 de outubro[1], que já provinha da barragem de Alcântara, ambas em Espanha, já chegou à barragem do Fratel e irá progredir contaminando todo o rio Tejo a montante da barragem do Fratel.

A proliferação de cianobactérias tóxicas pode provocar a mortandade de peixes e outros animais, incluindo o homem, que consomem a água ou organismos contaminados pelo que constitui um perigo para a saúde pública.


Bloom de algas na barragem do Fratel – 14-10-2021

Este bloom de algas resulta de vários fatores que indicamos de seguida.


Primeiro, a concentração elevada de nutrientes, nomeadamente fósforo, depositados no fundo das albufeiras da Extremadura espanhola, Azutan, Torrejon, Valdecañas, Alcantâra e Cedillo, em resultado décadas de descargas de águas residuais sem adequado tratamento e das escorrências de fertilizantes agrícolas.


Segundo, o esvaziamento das barragens de Alcântara e Valdecañas de cerca de 80% da sua capacidade em 15 de março para cerca de 40% e 21% no mês de junho, respetivamente, com a finalidade de produzir energia hidroelétrica quando o preço da energia no mercado espanhol estava em níveis bastante elevados.


Lembramos que o governo espanhol colocou um processo de investigação à empresa concessionária destas barragens, a Iberdrola, pela drástica redução de água para aproveitar o elevado preço para multiplicar a sua produção hidroelétrica.


Bloom de algas na Barragem de Alcântara – 14/09/2021

Terceiro, as condições de temperatura e luminosidade elevadas, que se observaram nos meses de Verão em que estas barragens armazenavam pouca água em resultado do seu esvaziamento artificial criaram as condições propícias à proliferação deste bloom de algas que também dispunha dos nutrientes necessários.


Neste contexto, o proTEJO considera que o Senhor Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, deve exigir explicações à sua congénere espanhola, a Senhora Ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, visto que esta situação constitui um agravamento adicional do estado ecológico das massas de água do rio Tejo em Portugal em incumprimento da Convenção de Albufeira quanto à obrigatoriedade de garantir o bom estado das massas fronteiriças e transfronteiriças e em incumprimento da Diretiva Quadro da Água que impõe o objetivo de alcançar um bom estado ecológico das massas de água.


Além disso, o proTEJO considera que se encontram reforçados os fundamentos para apresentar uma Queixa à Comissão Europeia contra os governos de Portugal e Espanha assente no incumprimento da Diretiva Quadro da Água por permitirem uma gestão das barragens para a produção hidroelétrica com critérios meramente economicistas de maximização do lucro que causa uma deterioração adicional do estado ecológico das massas de água do rio Tejo e impede que se alcancem os objetivos ambientais do nº 1 do Artigo 4º da DQA ao não assegurar um “regime hidrológico consistente com o alcance dos objetivos ambientais da DQA em massas de águas superficiais naturais” como decorre do documento de orientação nº 31 “Caudais ecológicos na implementação da Diretiva Quadro da Água”.


Demonstração em defesa de caudais ecológicos no rio Tejo – 9/10/2021

O Tejo e os portugueses merecem mais!


Bacia do Tejo, 14 de outubro de 2021


Os Porta-Vozes do proTEJO,

Ana Silva, José Moura e Paulo Constantino


Mais informação: Paulo Constantino - +351919061330



[1] Nota à Comunicação Social n.º 73/2021 APA – 7-10-2021 - Aparecimento de bloom algal na barragem de Cedillo


Caixa


O filo Cyanobacteria (cianobactérias), ou divisão Cyanophyta (cianófitas), é um grupo de bactérias que obtêm energia por fotossíntese. O nome "cianobactéria" vem de sua cor (do grego: κυανός (kyanós) = azul). São chamadas também de algas azuis ou algas verde-azuladas, embora alguns autores considerem estes nomes inadequados, uma vez que cianobactérias são procariontes, e algas deveriam ser apenas eucariontes.

Algumas cianobactérias produzem cianotoxinas, entre as quais anatoxina-a, anatoxina-as, aplisiatoxina, cilindrospermopsina, ácido domoico, microcistina LR, nodularina R e saxitoxina, algumas destas sendo de ação hepatóxica e neurotóxica, podendo ainda causar gastrointerites em mamíferos, inclusive na espécie humana. Isso ocorre apenas quando estão em proliferação, e o ambiente se torna favorável a ela.

Em altas concentrações de cianotoxinas, primeiramente as comunidades aquáticas são afetadas. As florações de cianobactérias tóxicas podem provocar a mortandade de peixes e outros animais, incluindo o homem, que consomem a água ou organismos contaminados. Tais florações muitas vezes são causadas por ações dos homens (como represamento e eutrofização dos corpos d’água).

Diversas cianotoxinas têm importância para a saúde pública. Estas toxinas quando presentes na água utilizada para abastecimento doméstico, pesca ou lazer, podem atingir as populações humanas e provocar efeitos adversos como gastrenterite, hepato-enterite e outras doenças do fígado e rim, câncer, irritações na pele, alergias, conjuntivite, problemas com a visão, fraqueza muscular, problemas respiratórios, asfixia, convulsões e morte, dependendo do tipo da toxina, da concentração e da via de contato.

sábado, 9 de outubro de 2021

proTEJO defende caudais ecológicos nos planos de gestão da região hidrográfica do Tejo e a sua transposição para a Convenção de Albufeira

NOTA DE IMPRENSA

9 de outubro de 2021


O proTEJO realizou hoje uma apresentação e debate sobre “Os caudais do rio Tejo” onde apresentou os fatos que demonstram o seguinte:


1. Espanha enviou caudais de cerca de 5.500 hm3 para Portugal, em média nos últimos 11 anos, o dobro do caudal mínimo anual de 2.700 hm3 previsto na Convenção de Albufeira, visto que 63% da disponibilidade de água na bacia do Tejo espanhola tem como finalidade a produção de energia hidroelétrica sendo enviada para Portugal que se situa a jusante.


Desfazem-se assim os mitos que “os espanhóis não enviam água porque precisam dela” criados pela seca artificial com origem no fecho da torneira das barragens do rio Tejo, percebendo-se que existe suficiente água disponível na bacia do Tejo em Portugal e em Espanha.


2. Os caudais mínimos negociados politicamente e administrativamente vigoram transitoriamente há 23 anos na Convenção de Albufeira sem se concretizar o processo de transição para o regime caudais ecológicos que essa mesma Convenção prevê.


3. Os caudais mínimos semanais e trimestrais estabelecidos no Protocolo Adicional à Convenção de Albufeira, que afluem de Espanha, são insignificantes por representarem, se cumpridos, respetivamente, apenas 13% e 37% do caudal anual de 2.700 hm3, permitindo assim uma grande variação dos caudais durante os dias, as semanas e os trimestres.


Esta variabilidade afeta o uso da água, a deterioração das margens do rio e os ecossistemas, nomeadamente, a reprodução e migração das espécies piscícolas.


As barragens portuguesas agravam esta variabilidade, não contribuindo para laminar e regular os caudais irregulares que afluem de Espanha.


4. Existe um risco de todos os anos hidrológicos passarem a ser anos de seca artificial com envio de apenas dos 2.700 hm3 de caudal mínimo anual se for construído o projeto de instalação de uma hidroelétrica reversível (bombagem de água para montante) na barragem de Alcântara da Iberdrola, que esteve em consulta publica até 19 de junho de 2020 em Espanha.


Esta permissão dos Governos de Portugal e Espanha à total discricionariedade e gestão flexível da água pelas empresas hidroelétricas espanholas e portuguesas de modo a que estas maximizem o lucro está a causar danos à biodiversidade e a prejudicar os usos da água para a agricultura, turismo de natureza, pesca, entre outros, em Portugal.

 

Descarregar a Apresentação do proTEJO “Os Caudais do rio Tejo – 09/10/2021”



Com o apoio do PSD[1] e do CDS[2] aos projetos de João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e Ação Climática do Governo do PS, perfila-se um apoio do Bloco Central à construção de obras hidráulicas desnecessárias à bacia do Tejo com enormes custos para os contribuintes.


Estas obras de hidráulica custarão aos contribuintes de 1/3 da bazuca europeia, cerca de 5 mil milhões de euros:

 

100 M€ para o transvase desde rio Zêzere no Cabril até ao rio Tejo em Belver;

 

360 M€ para a nova barragem no rio Ocreza, em estudo pela Agência Portuguesa do Ambiente;


que são a reserva de água requerida pela Associação + Tejo para o projeto Tejo de


4.500 M€ para o projeto de 4 novos açudes e 2 novas barragens no rio Tejo de Abrantes até Lisboa, para fornecer água à agricultura intensiva da Lezíria do Tejo e Oeste.



Em alternativa, o proTEJO propõe que:


a) sejam estabelecidos caudais ecológicos regulares no rio Tejo, contínuos e instantâneos, medidos em metros cúbicos por segundo (m3/s), e respeitando a sazonalidade das estações do ano, ou seja, maiores no inverno e outono e menores no verão e primavera, por oposição aos caudais mínimos negociados politicamente e administrativamente há 23 anos na Convenção de Albufeira sem se concretizar o processo de transição para o regime caudais ecológicos que essa mesma Convenção prevê;


b) seja realizado um investimento de apenas 10 M€[3] na construção de uma Estação de Captação de Água diretamente do rio Tejo na zona da Lezíria do Tejo para uso agrícola à semelhança da Estação de Captação de Água da EPAL em Valada no Cartaxo que tem em uma capacidade nominal de captação de 240.000 m³/dia destinados ao consumo humano na área metropolitana de Lisboa.


Se forem construídas 50 Estações Captação de Água com um custo de 500 M€, ou seja, 1/10 dos 5.000 M€ de obras hidráulicas desnecessárias, seria possível captar anualmente 4.380 hm3[4] que são quase o dobro do caudal mínimo anual de 2.700 hm3 estabelecido na Convenção de Albufeira[5].


A Estação de Captação de Água da EPAL em Valada capta água por gravidade na maré alta sem custos energéticos e na maré baixa com recurso a equipamentos de sucção (EPAL - Educação Ambiental: visita guiada à Estação de Captação de Água de Valada).


Os baixos custos energéticos permitiriam economias de escala e redução dos custos energéticos na obtenção de água para as explorações agrícolas tão desejados pelos agricultores.


c) seja promovida uma agricultura sustentável que tenha eficiência hídrica e preserve a biodiversidade e a sustentabilidade da Vida com apoios às explorações agrícolas assentes nos meios financeiros que se pretendem destinar a obras hidráulicas desnecessárias.


O verdadeiro exercício da soberania nacional seria que o Governo de Portugal requesse ao Governo de Espanha que os 2.700 hm3 de caudal mínimo anual seja enviado com a regularidade que serve o povo português e que seja revista uma Convenção de Albufeira que já prevê a definição de caudais ecológicos desde a sua assinatura em 1998, mas que há 23 anos mantém em vigor um regime de caudais mínimos que deveria ser transitório.


Assim sendo, o proTEJO irá apresentar uma Queixa à Comissão Europeia contra Portugal e Espanha pelos seguintes motivos:


 Incumprimento da Diretiva Quadro da Água

A gestão das barragens de produção hidroelétrica com critérios meramente economicistas de maximização do lucro está a causar uma deterioração adicional do estado ecológico das massas de água do rio Tejo que impede que se alcancem os objetivos ambientais do nº 1 do Artigo 4º da DQA visto que não está assegurado um “regime hidrológico consistente com o alcance dos objetivos ambientais da DQA em massas de águas superficiais naturais” como decorre do documento de orientação nº 31 “Caudais ecológicos na implementação da Diretiva Quadro da Água”.


 Inobservância da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030


Estas obras hidráulicas na bacia do Tejo são, portanto, a contradição e perversão dos objetivos definidos pela União Europeia, subscritos por Portugal, ao pretender o aumento de barreiras à conectividade do rio Tejo.

 

A Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030 apresenta metas de restauro ecológico para os ecossistemas, importantes para a biodiversidade e o clima, destacando-se a importância de zonas húmidas, florestas e ecossistemas marinhos, assim como de rios, de forma a aumentar a sua conectividade.


Neste sentido, a Comissão Europeia estabeleceu a restauração de pelo menos 25 000 km de rios através da remoção de barreiras obsoletas e da recuperação de ecossistemas ribeirinhos como meta a alcançar no âmbito da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030.


O Tejo, a sustentabilidade da Vida e os portugueses merecem mais!


Bacia do Tejo, 9 de outubro de 2021

Os Porta-Vozes do proTEJO,

Ana Silva, José Moura e Paulo Constantino

Mais informação: Paulo Constantino - +351919061330