Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Convocatória/ Convite - Reunião do ProTEJO - 5 de Setembro - Organização e Planeamento de Actividades

Exmo(a)s. Sr(a)s.
Na sequência da constituição do PROTEJO – Movimento Pelo Tejo, movimento de cidadania em defesa do Tejo que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, no dia 18 de Julho de 2009 em Vila Nova da Barquinha, e após a adesão da grande maioria das organizações presentes e de cidadãos que cobrem um amplo espectro social, vimos contactá-los para estarem presentes na primeira reunião deste movimento de cidadania que se realizará pelas 14 horas e 30 minutos do dia 5 de Setembro de 2009 (sábado), no Auditório do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ordem de Trabalhos
1º Modelo organizacional do ProTEJO;
a) Estrutura organizacional;
b) Distribuição de competências;
c) Financiamento das actividades;
2º Planeamento e programação de actividades;
3º Promoção e comunicação.
Esta iniciativa encontra-se aberta às organizações e aos cidadãos que referenciem como partilhando este objectivo, pelo que agradecemos que as convidem a estarem presentes e a subscreverem o Acto de Adesão (doc/docx/pdf) que mereceu o acordo de todos os participantes na reunião de preparação do ProTEJO - Movimento Pelo TEJO, que teve lugar no passado dia 18 de Julho, em Vila Nova da Barquinha.
As organizações devem enviar o Acto de Adesão, assinado e carimbado, para o seguinte endereço:
Paulo Constantino
ProTEJO - Movimento Pelo TEJO
Apartado 18
2260 Vila Nova da Barquinha
Apenas os cidadãos individuais poderão enviar o Acto de Adesão (
doc/docx/pdf) por correio electrónico, devendo remetê-lo para ProTEJO.Movimento@gmail.com.
Agradecemos a vossa atenção e aguardamos a vossa resposta (ficha de inscrição), certo de que prosseguimos um objectivo comum.
Com os melhores cumprimentos,
Paulo Constantino
ProTEJO - Movimento Pelo Tejo
Endereços:
Paulo Constantino
ProTEJO - Movimento Pelo TEJO
Apartado 18
Aderir à Causa ProTEJO no Facebook - http://www.causes.com/ProTEJO

Inaceitáveis perdas de água dos transvases

Acabei de ler uma notícia que me alarmou sobre o rendimento/perdas do transvase realizado em Julho de 2009 para o Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel apartir do Aqueduto Tejo-Segura.
Este artigo afirma que apenas 5% água enviada apartir do transvase Tejo-Segura (20 hectómetros cúbicos) foi recebida em Julho no Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel (Ciudad Real).
Estas perdas de água ocorrem por motivos de evaporação e infiltração ao longo de um percurso de 60 dias que a água demora para chegar ao destino por um percurso de 125 km.
Imagine que encomenda um garrafão de 5 litros a um supermercado e que a empresa de entregas lhe apresenta 1 copo de água mal cheio (5 l x 5% = 0,25 l = 3 dl = 25 cl).
Continuava a comprar
água no mesmo supermercado se a companhia de entregas perde quase toda a água pelo caminho?
O Governo espanhol enche o garrafão na cabeceira do Tejo para criar uma pequena poça que atraia um pato que leve os turistas a pensar que têm um Parque Natural Vivo, enquanto mata o Tejo e os seus ecossistemas e depaupera as economias locais a montante.
O Governo espanhol deve rever os critérios de cálculo dos transvases, sem alteração há 40 anos, visto que o sistema de transferência entre as cabeceiras do Tejo e a bacia do Segura previsto no Convénio Luso-Espanhol de 1968 determina um volume anual a ser transvazado de 1.000 hm3, cerca de 3 vezes superior aos transvases realizados no ano hidrológico 2005/06, em que as barragens de Entrepeñas e Buendía moveram para o rio Segura um caudal de 253 hm³, superior ao vertido pelo próprio Tejo (247,7 hm³).
Por outro lado, temos de dizer ao Governo Português que os transvases acordados na convenção da albufeira são "LEGAIS" mas "EXCESSIVOS", porque apesar de estarem abaixo do limiar máximo votam o Tejo à escassez de água que tem apresentado nos últimos anos.
Não seria justo que para além do limite máximo de quantidades absolutas transvazadas existisse ainda uma proporção relativa mínima da precipitação da cabeceira do Tejo que seja obrigatório deixar afluir pelo curso natural do rio?
As instituições europeias promovem campanhas junto dos cidadãos para uma utilização eficiente da água mas mantêm-se passivas enquanto o Governo Espanhol ignora a Directiva Quadro da Água e desperdiça inaceitáveis quantidades de água em transvases ao longo de mais de uma centena de quilómetros cujas perdas por evaporação e infiltração atingem 95%.
Alguém acha isto normal?
No entanto, a taxa de rendimento nos restantes transvases é de cerca de 85%, o que representaria perdas de 12% da totalidade das precipitações de água da cabeceira do Tejo, visto que 80% destas são transvazadas (12% = 80% x 15%), sendo que a título de exemplo, no ano de 2005/2006 poderão ter sido desperdiçados 30,36 hm³ (253 hm³ x 12%) que permitiriam duplicar o caudal de água com origem na cabeceira do rio Tejo
Serão aceitáveis tais perdas quando se pede à população que adopte comportamentos com vista a uma utilização eficiente da água?

sábado, 15 de agosto de 2009

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo subscreve acto de adesão ao ProTEJO

O Conselho Executivo da Comunidade Intemunicipal decidiu, na última reunião, subscrever o acto de adesão ao "ProTEJO - Movimento Pelo Tejo". De louvar o apoio inequívoco dos autarcas da Comunidade Intermuncipal do Médio Tejo (CIMT) ao ProTEJO, abraçando a defesa do Tejo, sendo relevante o facto de integrar os Municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha .
Agora, com o apoio e a confiança das organizações e instituições, cabe-nos a nós, cidadãos, mostrarmos que estamos dispostos a mobilizarmo-nos e a defendermos os
pontos reivindicativos do ProTEJO junto dos Governos de Portugal e Espanha, bem como das instituições europeias! Por um Tejo vivo, com caudais ecológicos, sem transvases, dessassoreado e navegável até à foz!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mudar com Acção Ambiental Local

A educação ambiental com temas específicos sobre o tema da água, aplicável às povoações ribeirinhas do Tejo e seus afluentes dispõe de dois programas com um excelente trabalho já desenvolvido neste domínio, os Eco-Locais e as Eco-Escolas.
Os ECOs-Locais têm como objectivo promover a cidadania ambiental, incentivando uma participação mais activa e informada dos jovens na sociedade e contribuir para uma maior sensibilização e participação na prevenção e resolução dos problemas ambientais.
São coordenados pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e perspectivam a possibilidade de alargamento a outros grupos organizados depois da fase de implementação (2009/10) em exclusiva parceria com o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA/GNR).
O programa Eco-Escolas destina-se, preferencialmente, às escolas do ensino básico, embora possa ser implementado em qualquer grau de ensino, e pretende, entre outras:
a) encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da comunidade;
b) estimular o hábito de participação envolvendo activamente as crianças e os jovens na tomada de decisões e implemetação das acções.
c) motivar para a necessidade de mudança de atitudes e adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.
A metodologia constituída é inspirada na Agenda 21 e os temas de base que deverão ser tratados por todas as Eco-Escolas incluiem a água, entre os demais, como sejam, resíduos, energia e alterações climáticas e ainda, complementarmente: biodiversidade, agricultura biológica, espaços exteriores, ruído e transportes.
Estes programas promovem a formação cívica e a participação das populações e dos jovens na preservação dos nossos rios e recursos hídricos, podendo ser articulados com intervenções do Projecto Rios e com os serviços municipais no domínio do ambiente.
Aqui fica mais esta informação sobre o que podemos fazer ao nível da educação ambiental junto das populações ribeirinhas, neste caso, do TEJO e seus afluentes, com prioridade aos temas da água.

sábado, 1 de agosto de 2009

Cuidando do Rio e da Água

A educação ambiental é fundamental para preparar os cidadãos para cuidarem do ambiente e participarem em actividades ambientais, agindo junto dos mais jovens e sensibilizando os menos jovens.
Neste sentido fui atraído pelo projecto da Rede de Ecoclubes com quem realizei uma reunião, no dia 30 de Julho, tendo sido colocada a possibilidade de realização de acções com vista ao desenvolvimento de Ecoclubes sobre o tema da água nas povoações ribeirinhas do Tejo e seus afluentes, nomeadamente, encontrar um promotor regional.
De seguida, no dia 1 de Agosto, participei numa actividade do Projecto Rios no rio Alviela em São Vicente do Paúl, com o Coordenador Nacional Pedro Teigas.




Esta actividade foi organizada pela Divisão de Resíduos e Promoção Ambiental da Câmara de Santarém, à semelhança de múltiplas outras que já realizaram no rio Alviela em que incentivam a população a monitorizar e a cuidar do seu rio, desenvolvendo um serviço municipal que é concerteza um exemplo de boas práticas no domínio da educação e promoção ambiental.

É também um exemplo a seguir no Tejo e em todos os seus afluentes, promover a formação cívica e a participação das populações e dos jovens na preservação dos nossos rios e recursos hídricos, o que considero que seria bem sucedido conjugando a criação de Ecoclubes, sobre o tema da água, em articulação com o Projecto Rios, e com o apoio técnico dos serviços municipais no domínio do ambiente.

Para promover o seu lançamento, nada como a colaboração de quem já faz bem o que é preciso ser feito, bastando transmitir o conhecimento do que já existe e uma mão cheia de boa vontade.