Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

proTEJO ALERTA QUE A INCOMPETÊNCIA DA INSPEÇÃO-GERAL DO AMBIENTE NA RECOLHA DAS AMOSTRAS PODE PÔR EM CAUSA A RELEVÂNCIA DA PROVA

NOTA DE IMPRENSA
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
5 de Fevereiro de 2018
proTEJO ALERTA QUE A INCOMPETÊNCIA DA INSPEÇÃO-GERAL DO AMBIENTE NA RECOLHA DAS AMOSTRAS PODE PÔR EM CAUSA A RELEVÂNCIA DA PROVA
A Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) tinha fixado como objetivo a comunicação, nesta segunda feira, dos resultados das análises realizadas aos alvos de inspeção na sequência do episódio de extrema poluição registada no rio Tejo, em especial no açude de Abrantes, tendo sido essas quatro ETAR’s urbanas e três empresas, entre elas a Celtejo, Navigator e Paper Prime.
No entanto, os resultados das análises à água do rio Tejo foram conhecidos apenas parcialmente uma vez que o inspetor-geral do Ambiente Nuno Banza revelou que os resultados da Celtejo, empresa indicada como responsável pela maioria das descargas da indústria da pasta de papel, ainda não eram conhecidos visto que a inspeção teve dificuldades para recolher as amostras.
De acordo com o noticiado pelo jornal Público, na sexta feira dia 26 de janeiro, “no interior do Tejo foi colocada a tubagem de um coletor que, hora a hora, durante 24 horas, deveria recolher de forma automática amostras da água do rio junto à tubagem da Celtejo, mas no sábado, quando os inspetores se deslocaram ao local onde tinha sido colocado o coletor para recolher as 24 amostras depositadas em outros tantos recipientes” verificaram que “os recipientes estavam praticamente vazios. Neles apenas havia alguma espuma, e não água, que não servia para análises laboratoriais.”
Este mesmo jornal adianta que foram realizadas mais duas tentativas de amostragem automática que saíram também goradas, uma no domingo e outra na segunda feira, tendo decidido apenas na terça feira realizar a recolha manual das amostras que concluíram e entregaram no laboratório certificado para análise pelas 16 horas de quarta feira dia 31 de janeiro.
Neste caso é evidente a incompetência revelada pela IGAMAOT na obtenção de prova pelo facto de ter demorado uma semana a fazer a recolha das amostras, considerando-se que deveria ter procedido à recolha manual das amostras logo que não obteve resultados com a recolha automática das mesmas, ou seja, no dia seguinte à primeira tentativa, a 27 de janeiro, e não apenas dia 31 de janeiro, uma semana depois do extremo episódio de poluição ocorrido no dia 24 de janeiro.
Lamentavelmente esta falta de determinação e tempestividade na resolução do problema de recolha automática pode colocar em causa a relevância da prova obtida.
Bacia do Tejo, 5 de fevereiro de 2018

Sem comentários:

Enviar um comentário