Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

domingo, 18 de outubro de 2009

Carta e Intervenções Contra a Indiferença

A "Vogar Contra a Indiferença", a 17 de Outubro de 2009 em Caneiras - Santarém, estiveram 126 participantes e de 35 organizações, tendo comparecido mais de duzentas pessoas para acompanhar as intervenções em defesa do Tejo e da cultura Avieira.

1. Carta Contra a Indiferença por Paulo Constantino, porta voz do proTEJO – Movimento Pelo Tejo

2. Lurdes Asseiro, Presidente do Instituto Politécnico de Santarém e representante do projecto de candidatura da cultura Avieira a Património Nacional

3. Miguel Mendez-Cabeza, representante dos movimentos espanhóis, porta voz da Plataforma para a defesa do Tajo e do Alberche, de Talavera de la Reina

Greenpeace a "Vogar Contra a Indiferença" - Notícias do Dia

"O rio não é um esgoto" denuncia Greenpeace em protesto contra transvases no Tejo
Santarém, 17 Out (Lusa)
- No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
BYO.
Lusa/Fim

Greenpeace: Em defesa do Tejo - 18 Outubro 2009
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=9BB12B4C-9BE9-4882-B199-4D001D7D9203
O Greenpeace colocou ontem, em Santarém, tarjas com a mensagem “o rio não é um esgoto”, lamentando o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras. Os activistas reivindicam medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola

Cruzeiro no Tejo apela ao fim dos transvases espanhóis e da poluição
http://www.oribatejo.pt/2009/10/cruzeiro-no-tejo-apela-ao-fim-dos-transvases-espanhois-e-da-poluicao
Bruno Oliveira
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
No recinto de festas das Caneiras podiam-se ler tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, colocadas pela Greenpeace. Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto do rio Tejo estar quase sem água nesta zona mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e o outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levado por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio. São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola. Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
A despoluição do rio e o seu desassoreamento também estão entre as propostas deste manifesto, cujos signatários defendem também o fim da pesca ao meixão (enguia bebé) e a abertura de canais de passagem para os peixes junto das barragens.

Greenpeace - "O rio não é um esgoto" - 17 de Outubro de 2009
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=34452&idSeccao=479&Action=noticia
http://noticiasdoribatejo.blogs.sapo.pt
http://www.destak.pt/artigo/43034
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=416009
http://www.netmadeira.com/noticias/sociedade/2009/10/17/o-rio-nao-e-um-esgoto
http://www.millenniumbcp.pt/site/transaccoes/article.jhtml?articleID=584811
No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.

Descida de Canoa Contra a Indiferença - 17 de Outubro


A descida de canoa entre Alpiarça e Caneiras desempenhou bem o seu papel mostrando o maltrato a que o Tejo está cometido.
Desde o assoreamento que impediu os barcos dos Bombeiros de Alpiarça e Almeirim de acompanhar a descida de canoa. Contudo, este precalço não colocou em causa a segurança porque não existia profundidade de água para os participantes se afogarem.
Pelo caminho abundam os bancos de areia, as redes de pesca ilegais, as dragas a atravessarem o rio cujos cabos impedem a normal passagem das canoas, tendo que intervir o monitor levantando os cabos, a abundância de espécies exóticas que invadem as margens, os limos que abundam e impedem os pescadores de lançar os aparelhos, o mau cheiro das águas em zonas de águas paradas...
Mas ainda assim, os 21 canoístas que participaram retiveram as imagens da beleza natural e paisagística, do cardume de tainhas que se defendem fazendo saltar a água (4:30) e dos pescadores que em Caneiras ainda resistem a estes males e mantêm a sua actividade no rio, pescando dia a dia e lutando conosco para que o rio volte a ser seu.
Todos juntos continuaremos a defender o Tejo para que volte a pertencer às populações ribeirinhas, a todos os portugueses e espanhóis da sua bacia.
O Tejo merece!

Cruzeiro do Tejo Contra a Indiferença - 17 de Outubro


O cruzeiro partiu de Lisboa avançando pelo Grande Estuário, os Varinos "Liberdade" e "Vala Real" e o Bote-de-Fragata "Baía do Seixal" avançaram com cuidado para não encalharem e chegaram a Valada do Ribatejo graças à experiência e saber dos seus arrais.
Pelo caminho a beleza natural e paisagística, bem como as redes ilegais de pesca do meixão, algo a ser erradicado para proteger as criações para os pescadores que respeitam o Tejo e a sua fauna.

Nele participaram 81 pessoas, no bote-de-fragata "Baía do Seixal" e nos 2 varinos "Vala Real" e "Liberdade", mais 25 pessoas em 5 veleiros, num total de 106 cruzeiristas.

CARTA CONTRA A INDIFERENÇA - CANEIRAS (Santarém) - 17 de Outubro

O rio Tejo não é apenas água, é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo, das terras e das aldeias por onde passa.
É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de acção, constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.
Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!
O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.
É também significativo que nos encontremos numa aldeia Avieira que simboliza a cultura e o património de um povo que vive o seu quotidiano em plena comunhão com o rio Tejo - o povo dos pescadores Avieiros, os que vieram da praia de Vieira de Leiria e se fixaram ao longo deste rio a partir do século dezanove, à procura do sustento para as suas famílias e das condições de sobrevivência que o mar da praia de Vieira de Leiria lhes negava.
Os Avieiros venceram as privações porque lutaram muito e conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio, que lhes foi generoso no passado.
A preservação desta cultura Avieira, que se materializará na recuperação desta maravilhosa aldeia piscatória das Caneiras, é um tributo que o projecto de candidatura da cultura Avieira a património nacional oferece ao TEJO, para que esse laço de natureza e cultura perdure e se fortaleça.
Mas o que foi outrora um jardim de peixe, é hoje infelizmente uma promessa de fóssil, caso não se tomem medidas urgentes para o salvar, tanto em Portugal como em Espanha.
Para os pescadores Avieiros é urgente assegurar que o caudal do Tejo seja o que era antigamente, acabar com a poluição que afasta os peixes e envenena o ambiente e as pessoas, criar canais de passagem para os peixes nas barragens e nos açudes, acabar definitivamente com a pesca ilegal do meixão ou enguia-bebé e combater as máfias organizadas no seu contrabando para Espanha e para a Ásia.
Conhecemos os males de que o Tejo padece com os transvases, com o assoreamento, com a poluição, ou seja, o maltrato que a mão do homem tem vindo a infligir à sua água e aos seus ecossistemas.
Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para que o proteja, e essa mão somos nós!
Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.
Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e aceitámos a generosidade das suas águas.
Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo vivo, como nós o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo e da especulação dos humanos.
Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios vivos, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos foi oferecido com generosidade.
Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a unidade e integridade do Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens impõem à natureza.
Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar, mostrando a união dos cidadãos portugueses e espanhóis na defesa do Tejo, enquanto bacia ibérica e internacional, e afirmar a nossa determinação para combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.
Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do rio Tejo, em Espanha e em Portugal, unimo-nos para reivindicar a todas as autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:
1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo;
2º. O cumprimento da Directiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado das águas do Tejo;
3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ambientais, diários, semanais e mensais, reflectidos nos Planos da Bacia Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal, que permitam o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio;
4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ambientais;
5º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;
6º. A concepção de um projecto com vista ao desassoreamento do rio Tejo e à sua navegabilidade;
7º. A qualidade e quantidade de água do rio Tejo e dos seus afluentes, no sentido de garantir os diversos usos;
8º. A realização de acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;
9º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
É isto que defendemos,
Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.
E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
O Tejo merece!

sábado, 17 de outubro de 2009

4º Transvase do Tejo - Uma realidade

É inaceitável que o presidente do Instituto da Água (Inag) se refira a transvases de emergência previstos pelo Governo espanhol e não se reporte ao estudo já encomendado pela Junta da Extremadura para um quarto transvase permanente do Tejo.
A ilusão de comunicação não surtiu efeito face ao imediato esclarecimento operado junto dos meios de comunicação social.
No noticiário da SIC
http://www.youtube.com/watch?v=xudhJZ7dZw0
E no Público
"Cruzeiro contra a Indiferença" contesta transvases espanhóis
Por Jorge Talixa
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/18-10-2009/cruzeiro-contra-a-indiferenca-contesta-transvases-espanhois-18039893.htm
Movimento ProTejo critica omissões do Inag e apresenta reivindicações para que as memórias dos rios vivos não permaneçam apenas na Internet
O movimento ProTejo estranha que o presidente do Instituto da Água (Inag) se refira a transvases de emergência previstos pelo Governo espanhol e não se reporte ao estudo já encomendado pela Junta da Extremadura para um quarto transvase permanente do Tejo. As implicações deste eventual desvio de mais água para o Sul de Espanha foram a razão principal do "Cruzeiro contra a Indiferença", que ontem juntou organizações dos dois países na defesa do grande rio ibérico.
A iniciativa envolveu uma descida do Tejo em canoas e uma subida em barcos de cruzeiro e culminou com a apresentação da "Carta contra a Indiferença". O porta-voz do ProTejo disse que o que está em estudo em Espanha "não é apenas um transvase de emergência", para alagar o Parque Nacional Tablas de Daimiel (Cuidad Real), afectado por uma seca extrema, mas também um quarto transvase. "É uma pura omissão dos verdadeiros transvases", observa Paulo Constantino, criticando as declarações do presidente do Inag, Orlando Borges, e acrescenta que em construção já está um terceiro transvase para alimentar o Guadiana e que o estudo encomendado recentemente pela Junta da Extremadura avalia a viabilidade de um quarto transvase entre o médio Tejo espanhol e as bacias do Guadiana e do Segura, que já está também a ser muito contestada no centro de Espanha.
Preocupado com os cada vez mais reduzidos caudais que entram no Tejo português, o movimento acha que um quarto transvase faria com que passassem para Portugal apenas as águas já utilizadas (em grande parte poluídas) pelos sete milhões de habitantes da zona de Madrid, despejadas no afluente Albeje.
O protesto de ontem culminou na aldeia de pescadores avieiros de Caneiras (Santarém). Os movimentos envolvidos pretendem expor o problema à União Europeia, considerando os danos ambientais e para as populações e actividades económicas ribeirinhas de todas estas alterações no caudal do Tejo. A "Carta contra a Indiferença" apresentada em Caneiras termina com nove reivindicações dirigidas às entidades competentes dos dois países ibéricos.
O documento reclama uma gestão sustentável da bacia do Tejo, o estabelecimento e quantificação de um regime de caudais que permita o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio e a monitorização do cumprimento destes caudais mínimos. Defende também a recusa da política de transvases espanhola, a investigação de alternativas, a concepção de um projecto de desassoreamento e navegabilidade do troço final do Tejo português, a realização de acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e a valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
Esta carta sublinha que o Tejo "é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo das terras e aldeias por onde passa", mas que "o que foi outrora um jardim de peixe, é hoje, infelizmente, uma promessa de fóssil, caso não se tomem medidas urgentes para o salvar", nos dois países.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

4º Transvase do Tejo em Estudo de Viabilidade e não apenas um transvase de emergência

Li as notícias de hoje veiculadas pela Lusa e expressas nos diversos jornais, que omitem os verdadeiros transvases, referindo apenas o transvase de emergência que o governo espanhol pretende realizar.
O Tejo irá ficar com quatro transvases:
O Tejo tem dois transvases vigentes, o Tejo - Segura que parte das Barragens Entrepenas e Buendia (leva 80% das precipitações da cabeira do Tejo), e o Tejo - Las Tablas de Daimiel que alimenta este parque natural (que registou perdas de água de 95% em Julho e para onde querem fazer em Janeiro (para ter menos perdas) um transvase para suster um incendio de trufa por incuria no tratamento do parque).
Tem um terceiro transvase em construção para alimentar o Guadiana, conhecido como Tejo-Guadiana ou tubaria manchega, e um quarto transvase Tejo-Guadiana e Segura para o qual foi lançado um concurso para o estudo de viabilidade pela Junta da Extremadura.
É inaceitável a ilusão e a omissão que o INAG está a transmitir aos portugueses.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AONDE FORAM TODOS OS AUTARCAS DO TEJO?

Sem sombra de dúvida, um exemplo a seguir por todos os autarcas portugueses das povoações ribeirinhas do Tejo!!
O presidente de Castilla-La Mancha, o socialista José María Barreda, foi o único governante local a intervir junto do Primeiro Ministro de Portugal, José Socrates, tendo-lhe enviado uma carta a pedir uma reunião para comentar o desenvolvimento do comboio de alta velocidade e "conseguir que o rio Tejo mantenha um caudal que satisfaça as necessidades das nossas povoações e nos sirva a todos para favorecer o desenvolvimento económico e a conservação de uma natureza sustentável no conjunto da sua bacia".

Barreda pide una reunión a Portugal para mantener el caudal del Tajo
http://www.elpais.com/articulo/espana/Barreda/pide/reunion/Portugal/mantener/caudal/Tajo/elpepiesp/20091002elpepinac_10/Tes

TEJO PARA TODA A FOICE

Em Maio passado o Secretário de Estado da Água do Governo de Espanha, Josep Puxeu, aprovou um transvase de 20 hectómetros cúbicos (cada hectómetro equivale a um volume igual ao Estádio da Luz) através do Ciguela mas apenas chegou menos de 1 hectómetro.
Como referimos aqui, as perdas foram de 95% da água transvasada, ou seja, desperdiçaram 19 hectómetros cúbicos de água.
A alternativa de utilização de hidroaviões foi considerada inviável face às quantidades de água necessárias.
O Tejo está a ser usado e abusado, suportando todas as necessidades de Espanha, a especulação e o regadio em Murcia, e agora o combate aos incêndios em Tablas de Daimiel que resultam da incúria e má gestão ambiental que vai gerar um desperdício de 6 hectómetros cúbicos de água, a acreditarmos nas taxas de rendimento do Sr. Secretário de Estado da Água.
Em Portugal nem um pio, não se ouve vivalma sobre este assunto, nem sequer um murmúrio, ninguém levanta a voz para denunciar a falta de água no Tejo, que apresenta níveis muito abaixo do normal.
Ainda ontem um pescador se queixava que a água é tão pouca e os limos são tantos que já não conseguem disfrutar deste passatempo.
É lamentável, o Tejo não merece isto!
El País - 14/10/2009
Trasvase de emergencia contra el incendio subterráneo de Daimiel
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Trasvase/emergencia/incendio/subterraneo/Daimiel/elpepisoc/20091014elpepisoc_3/Tes

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O AVISO BOTORRITA PELO TEJO

Portugueses e espanhóis juntos contra redução dos caudais do Tejo - Público 12.10.2009
"O aviso botorrita
Uma placa sai da parede do despacho do secretario de Estado.
Uma placa de bronze, sejamos claros, que lhe ofereceu o presidente de Aragón, Marcelino Iglesias.
Na réplica da conhecida como tábua botorrita, encontrada no Cabezo de las Minas, junto à actual Zaragoza, está plasmado um texto que descreve o que poderia ter sido o leito hídrico mais antigo de Espanha.
Na dedicatória que o presidente aragonês enviou a Josep Puxeu faz notar que «os aragoneses há mais de 2.000 anos que lutam pela água».
A placa data do século I antes de Cristo. Um pormenor que Puxeu conta entre piadas.
Se querem que o Meio Ambiente tenha em conta as vossas orações mandem mensagens subliminares que ilustrem a queixa.
Há espaço suficiente na parede."
5 Octubre 09 - Madrid - Javier Brandoli