Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

A Rede de Cidadania para uma Nova Cultura da Água no Tejo/Tajo e nos seus Rios reúne-se em Aranjuez nas XII Jornadas por Um Tejo Vivo

XII Jornadas por Um Tejo Vivo

Rede de Cidadania para uma Nova Cultura da Água

no Tejo/Tajo e nos seus Rios

Espacio María Amalia de Sajonia, Real Cortijo de San Isidro, Aranjuez

Aranjuez acolhe este fim-de-semana a XII Jornadas Por um Tejo Vivo promovida pela Rede de Cidadania para uma Nova Cultura da Água no Tejo/Tejo e nos seus Rios.

Grupos de cidadãos provenientes de vários pontos da bacia do Tejo, desde as cabeceiras até Portugal, vão reunir-se nos dias 10 e 11 de junho no Real Cortijo de San Isidro em Aranjuez (Madrid) para partilhar experiências, iniciativas e aprendizagens em torno do rio Tejo, os seus problemas , e seus valores ambientais, culturais, históricos e paisagísticos. As conferências são organizadas pela Assembleia de Aranjuez em Defesa do Tejo e pela Rede de Cidadania para uma Nova Cultura da Água no Tejo/Tajo e seus Rios (Rede de Cidadania do Tejo) e com a colaboração do Real Cortijo de Prefeitura de San Isidro e Clube de Canoagem de Aranjuez.

A Rede Cidadã para uma Nova Cultura do Tejo/Tejo e seus Rios é uma plataforma constituída por cerca de 100 grupos da Península Ibérica (Espanha e Portugal) que nasceu em 2007 (www.redtajo.org). Tem como principal objetivo a troca de informação e a elaboração de estratégias conjuntas que visem a reivindicação do bom estado dos nossos ecossistemas aquáticos e a defesa dos seus valores ambientais, patrimoniais e culturais do Tejo e dos seus rios. Trata-se, portanto, de dar coesão e unidade a todo o território. Os seus princípios entroncam diretamente com os que mantém a chamada Nova Cultura da Água.

As Jornadas servirão para apresentar a situação atual do rio Tejo, dos seus rios, os principais desafios que enfrenta, e conhecer as experiências, ações e prioridades dos seus diferentes grupos na Comunidade de Madrid, Castilla-La Mancha e Portugal em torno da defesa dos rios da bacia do Tejo/Tejo.

O cenário incomparável em que a conferência será realizada, o Espacio María Amalia de Sajonia no Real Cortijo de San Isidro, dentro da zona de proteção da Paisagem Cultural de Aranjuez, reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, também servirá para valorizar diversas iniciativas culturais, artísticas e científicas associadas ao Tejo e aos seus rios.

As Jornadas coincidirão também com a celebração da Assembleia Anual da Fundação Nova Cultura da Água e com debates sobre a relação passada, presente e futura da água e da agricultura no contexto dos processos de mudança climática.

As XII Jornadas por um Tejo Vivo realizam-se num momento de grande importância para a bacia, após a aprovação dos Planos Hidrológicos da vertente espanhola e portuguesa da bacia do rio Tejo/Tejo com avanços no caso espanhol relativamente à aprovação dos primeiros caudais mínimos ecológicos em todas as massas de água da demarcação, mas com importantes desafios pendentes que estão longe de cumprir os compromissos estabelecidos pela Diretiva Quadro da Água e outras diretivas ambientais europeias (Diretiva Águas Residuais Urbanas, Diretiva nitratos, etc.) por décadas.

No domingo está agendado um Passeio de Dragona (grande canoa a remo) ao longo do rio Tejo nos jardins de Aranjuez.

Descarregar o Programa

Para mais informação:

Honorio Rico – Asamblea de Aranjuez en Defensa del Tajo

Alejandro Cano – Red del Tajo (699497212)

domingo, 4 de junho de 2023

O proTEJO defendeu hoje um rio Tejo vivo e livre com caudais ecológicos numa demonstração ibérica em descida de canoa da Barquinha até à Chamusca

Nota de Imprensa

3 de junho de 2023

proTEJO defendeu hoje um rio Tejo vivo e livre com caudais ecológicos numa demonstração ibérica em descida de canoa da Barquinha até à Chamusca.

O proTEJO realizou uma demonstração ibérica com a descida de canoa "Por um Tejo livre com caudais ecológicos - 10º Vogar contra a indiferença" com 46 participantes em 23 kayaks que coloriram o rio numa demonstração contra a construção de açudes e barragens com a finalidade de reter água para consumo na agricultura intensiva, defendendo um rio livre e com dinâmica fluvial para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.

O "10º Vogar contra a indiferença" iniciou-se pela manhã na vila ribeirinha de Vila Nova da Barquinha e continuou com um percurso fluvial em canoa até à vila ribeirinha da Chamusca que facultou uma experiência de fluviofelicidade proporcionada pela comunhão com a beleza do património natural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial.

A Carta Contra a Indiferença que hoje publicamos pretende ser o testemunho da necessidade de preservação ecológica do rio Tejo como um tributo que os cidadãos devem oferecer para a sustentabilidade da Vida e para a conservação do seu património natural e cultural.

Este património natural e cultural do Tejo deve ser defendido pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e Projeto de Barragem no rio Ocreza - e pela exigência de uma regulamentação daqueles que já existem de modo a garantir: o estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos; um regime fluvial adequado à migração e reprodução das espécies piscícolas; a qualidade das massas de água superficiais e subterrâneas do rio Tejo; a conservação dos ecossistemas, dos habitats e da biodiversidade; e uma conectividade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações.

Entre estes cidadãos contou-se com a participação de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, provando-se que a defesa dos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.

Pretendeu-se ainda consciencializar as populações ribeirinhas para a sobre exploração da água do Tejo que se avizinha com a construção de novos açudes e barragens e a que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear, realçando ainda a importância do regresso de modos de vida ligados à água e ao rio que as atividades de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental permitirão sustentar.

Esta atividade foi organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo e contou com o apoio do Município de Chamusca, do Município de Vila Nova da Barquinha, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, tendo sido responsável pela descida a empresa Natur Z.

CARTA CONTRA A INDIFERENÇA (ESPAÑOL)

GALERIA DE FOTOS DADESCIDA

Mais informação: Paulo Constantino +351919061330

Carta contra a Indiferença - 10º Vogar contra a Indiferença - 3 de junho de 2023

CARTA CONTRA A INDIFERENÇA

Barquinha/Chamusca – 3 de junho de 2023

(en español abajo)

O rio Tejo não é apenas água, é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo, das terras e das aldeias por onde passa.

É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de ação, constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.

Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!

O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.

É também significativo que nos encontremos em Barquinha e Chamusca onde se pretende realçar a beleza do património natural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial e do património cultural associado ao rio Tejo.

O rio Tejo que ao longo do seu curso sustentou as atividades agrícolas e comerciais das suas gentes constituiu-se como o principal eixo de desenvolvimento das comunidades ribeirinhas: agricultores, moleiros, construtores de barcos, artes de pesca, barqueiros, pescadores. Destes teimam uns poucos em tirar do rio o sustento, cada dia mais magro em resultado da degradação dos ecossistemas e consequentes alterações na biodiversidade, causada pelos desmandos do ser humano.

As populações do Tejo sempre conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio, que lhes foi generoso no passado e que será essencial no futuro.

Um futuro onde o laço de natureza e cultura perdure e se reforce com o regresso de modos de vida ligados à água e ao rio, assente num desenvolvimento sustentável de atividades agrícolas e industriais responsáveis, de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental, que apenas será possível se unirmos esforços para a preservação de um rio Tejo Livre de açudes e barragens para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.

A preservação ecológica do rio Tejo é um tributo que os cidadãos devem oferecer para a sustentabilidade da Vida e para a conservação do seu património, sendo hoje urgente defender um rio Tejo Vivo e Livre com dinâmica fluvial pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e a Barragem do Ocreza - e pela exigência de uma regulamentação adequada para as barreiras que já existem de modo a garantir: o estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos; um regime fluvial adequado à migração e reprodução das espécies piscícolas; a qualidade das massas de água superficiais e subterrâneas do rio Tejo; a conservação dos ecossistemas, dos habitats e da biodiversidade; e uma conectividade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações.

Continuaremos a combater a sobre exploração da água do Tejo que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear.

Conhecemos os males de que o Tejo padece e o maltrato que a mão dos humanos tem vindo a infligir à sua água e aos seus ecossistemas.

Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para que o proteja, e essa mão somos nós!

Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.

Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e aceitámos a generosidade das suas águas.

Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo Vivo e Livre, como nós o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo, da especulação, da ganância e da irresponsabilidade dos humanos.

Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios Vivos e Livres, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos foi oferecido com generosidade, e não terão incentivo a reconhecer o valor destes rios de que nunca tiveram a possibilidade de desfrutar.

Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a defesa da qualidade e da quantidade da água do rio Tejo e seus afluentes, bem como a rejeição ou remoção das barreiras à sua conectividade, para que sejam saudáveis e forneçam os serviços ecológicos necessários à Vida no seu conjunto biodiverso e se mantenham como referência do Património ribeirinho.

Devemos ainda unir-nos e reclamar a unidade e integridade do Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens impõem à natureza.

Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar, mostrando a união dos cidadãos e cidadãs portugueses e espanhóis na defesa do Tejo, enquanto bacia ibérica internacional, e afirmar a nossa determinação para combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.

Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do rio Tejo, em Portugal e em Espanha, unimo-nos para reivindicar a todas as autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:

1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo com base no princípio da unidade da sua gestão;

2º. O cumprimento da Diretiva Quadro da Água, nomeadamente a garantia de um bom estado das águas do Tejo;

3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ecológicos, diários, semanais e mensais, refletidos nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, em Espanha e em Portugal, e na atualização da Convenção de Albufeira, que permitam o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio e, consequentemente, dos serviços que prestam à comunidade;

4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ecológicos aí definidos;

5º. A informação pública do cumprimento do convénio luso-espanhol relativamente aos rios ibéricos;

6º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;

7º. Garantir caudais no rio Tejo e seus afluentes em qualidade e quantidade suficientes para garantir o bom estado das massas de água e a viabilidade dos diversos usos lúdicos e recreativos;

8º. Acompanhar a monitorização e verificar o cumprimento das licenças de descargas de efluentes das indústrias, exigindo a tomada de medidas de proteção ambiental com base no princípio da precaução;

9º. A realização de ações para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;

10º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.

É isto que defendemos,

Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.

E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro

Recomeça

Se puderes,

Sem angústia e sem pressa.

E os passos que deres

Nesse caminho duro

Do futuro

Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances

Não descanses.

O Tejo merece!

CARTA CONTRA LA INDIFERENCIA

Barquinha/Chamusca – 3 junio 2023

El río Tajo no es sólo agua, es cultura viva, la columna vertebral y el eje, y las tierras de los pueblos por los que pasa.

Es con gran alegría que vemos en la unión de la defensa del Tajo a todos los ciudadanos y las organizaciones aquí presentes representativos de toda la cuenca del Tajo Ibérica y todos los sectores de la sociedad y los ámbitos de acción, lo que constituye un ejemplo independiente de participación y ciudadanía.

En nuestras diferencias, ¡El lazo que nos une es el Tajo!



Es el mismo Tajo el que une a toda esta cuenca de España a Portugal, el que une a todas las poblaciones ribereñas y sus culturas, el que conocemos y vivimos desde su nacimiento en la sierra de Albarracín hasta la desembocadura del Gran Estuario del Mar de la Paja.

También es significativo que nos reunamos en Barquinha e Chamusca, donde queremos resaltar la belleza del patrimonio natural de un río libre con dinámica de río y el patrimonio cultural asociado con el río Tajo.

El río Tajo, que a lo largo de su curso da sustento en este tramo a las actividades agrícolas y comerciales de sus habitantes, se estableció como área de influencia y principal eje de desarrollo de la comunidad ribereña: agricultores, molineros, los astilleros, las artes de pesca, navegantes, pescadores. De estos algunos pocos insisten en sacar su sustento del río, más delgado éste cada día como resultado de la degradación de los ecosistemas y los consiguientes cambios en la biodiversidad, causado por fechorías humanas.

Las poblaciones del Tajo lograron sobrevivir y prosperar en armonía con el río que les fue generoso en el pasado y que será esencial en el futuro.

Un futuro en el que lo lazo de la naturaleza y la cultura perdure y perdura y se ve reforzado con el regreso de modos de vida vinculados al agua y al río, basado en un desarrollo sostenible de actividades agrícolas e industriales responsables, de educación y turismo de naturaleza, cultural y ambiental, que solo será posible si unimos esfuerzos para preservar un río Tajo Libre de azudes y represas que aseguren los flujos migratorios de especies de peces, la conservación de los ecosistemas y hábitats acuáticos y el disfrute del río por las poblaciones ribereñas.

La preservación ecológica del río Tajo es un homenaje que los ciudadanos deben ofrecer por la sostenibilidad de la Vida y por la conservación de su patrimonio, siendo hoy urgente defender un río Tajo Vivo y Libre con dinámica fluvial por el rechazo de los proyectos de construcción de nuevas presas y embalses - Proyecto Tajo y la Presa Ocreza - y por la demanda de una regulación adecuado para las barreras que ya existen para garantizar: el establecimiento de verdaderos caudales ecológicos ; un régimen fluvial adecuado a la migración y reproducción de especies de peces; la calidad de las aguas superficiales y subterráneas del río Tajo; la conservación de ecosistemas, hábitats y biodiversidad; y la conectividad del río proporcionada por efectivas pasajes para peces y pequeñas embarcaciones.

Continuaremos combatiendo la sobreexplotación del agua del Tajo que ya existe frente a la gestión economista de las represas hidroeléctricas de la Extremadura española, al trasvase del agua del Tajo a la agricultura intensiva en el sur de España y a la agresión de la contaminación agrícola, industrial y nuclear.

Sabemos de los males que el Tajo sufre y el maltrato que la mano de los humanos ha ido infligiendo a su agua y sus los ecosistemas.

¡Para contener esta mano que le maltrata tenemos que abrir la otra para protegerlo, y esta mano somos nosotros!

Así que tenemos el deber de extender la mano abierta para crear una corriente de voluntad e intencionalidad, que sea capaz de aclarar quién decide y qué tratamiento requieren las aguas del río Tajo para que éste sea ecológicamente sostenible.

Nos lo debemos a nosotros mismos, por el Tajo con el que compartimos vida y aceptamos la generosidad de sus aguas.

Se lo debemos a las generaciones futuras para que conozcan un Tajo Vivo y Libre, y no un esclavo y prisionero del egoísmo, la especulación, la codicia y la irresponsabilidad humano.

Si continuamos en esta dirección, las próximas generaciones no conocerán ríos Vivos y Libres, sino sólo sus imágenes en Internet ... que aparecen como las sombras de lo que un día nos ofrecieron generosamente, y no tendrán ningún incentivo para reconocer el valor de estos ríos que nunca pudieron disfrutar.

Por todo eso, debemos unirnos y exigir la defensa de la calidad y cantidad de agua del río Tajo y sus afluentes, así como el rechazo o remoción de barreras a su conectividad, para que sean saludables y brinden los servicios ecológicos necesarios para la Vida en su conjunto biodiverso y seguir siendo un referente del Patrimonio ribereño.

Todavía debemos unirnos y reclamar la unidad y la integridad del Tajo y su cuenca. El amor y el respeto que sentimos por él, no termina en ninguna de las fronteras administrativas artificiales y que los seres humanos imponen a la naturaleza.

Para que nuestras manos protejan tenemos que unir y coordinar, y mostrando la unión de los ciudadanos y ciudadanas españoles y portugueses en defensa del Tajo por cuanto de cuenca ibérica internacional tiene. Y afirmar nuestra determinación para combatir la indiferencia y el maltrato a que está sometido.

Por lo tanto, con el fin de defender el Tajo y sus afluentes, y como ciudadanos del río Tajo en Portugal y España, nos unimos para reclamar de todas las autoridades pertinentes, internacionales, nacionales, regionales y locales lo siguiente:

1. La necesidad de una gestión sostenible de la cuenca del Tajo basado en el principio de unidad de su gestión;

2. El cumplimiento de la Directiva Marco del Agua, a saber, garantizar un buen estado de las aguas del Tajo;

3. El establecimiento y la cuantificación de un régimen de caudales ecológicos, diarios, semanales y mensuales, reflejados en los Planes Hidrológicos de la Demarcación Hidrográfica del Tajo, en España y Portugal, para permitir el buen funcionamiento de los ecosistemas relacionados con el río y, en consecuencia, los servicios que prestan a la comunidad;

4. Verificación del cumplimiento continuo del régimen de caudales ecológicos allí definidos;

5. Información pública del cumplimiento de los convenios Luso-Españoles respecto de los ríos ibéricos;

6. Rechazo a los trasvases del Tajo y apoyo a la investigación de alternativas sostenibles, basadas en el uso eficiente del agua;

7. Garantizar caudales en el Tajo y sus afluentes en cantidad y calidad suficiente para garantizar el buen estado de las masas de agua y la viabilidad de los distintos usos lúdicos y recreativos.

8. Acompañar la monitorización y verificar el cumplimiento de las licencias de descargas de efluentes industriales, exigiendo la toma de medidas de protección ambiental basado en el principio de la precaución;

9. La implementación de medidas para ayudar a restaurar el sistema natural del río y su entorno;

10. El desarrollo y la promoción de la identidad cultural y social de las orillas del río Tajo.

Esto es lo que defendemos,

Nuestras manos juntas protegen el Tajo.

Y digamos con Miguel Torga, porque los poetas saben ver el futuro...

Recomienza,

Si es posible,

Sin ansiedad y sin prisas.

Y los pasos que des

En este camino difícil

En el futuro

Dalos en libertad

Hasta no alcanzarlo

No descanses.

¡El Tajo merece!

quinta-feira, 1 de junho de 2023

47 cidadãos portugueses e espanhóis vão vogar contra a indiferença descendo o rio Tejo de canoa em demonstração ibérica “Por um Tejo livre com caudais ecológicos”

Nota de Imprensa

3 de junho de 2023

Um conjunto de 47 cidadãos portugueses e espanhóis vão colorir o rio Tejo de todas as cores ao descer de canoa um rio Tejo livre ao longo do percurso fluvial entre a Barquinha e a Chamusca onde culminarão numa demonstração ibérica “Por um Tejo livre com caudais ecológicos”, no próximo dia 3 de junho, sábado.

Este "10º Vogar contra a indiferença - Por um Tejo livre com caudais ecológicos” pretende ser uma demonstração contra a construção de açudes e barragens com a finalidade de reter água para consumo na agricultura intensiva, defendendo um rio livre e com dinâmica fluvial para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.

O "10º Vogar contra a indiferença" iniciar-se-á pela manhã na vila ribeirinha de Vila Nova da Barquinha com a leitura da “Carta Contra a Indiferença” e pretende facultar uma experiência flúvio-felicidade de comunhão com a beleza natural e o património cultural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial.

Este património natural e cultural do Tejo deve ser defendido pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e Projeto de Barragem no rio Ocreza - e pela exigência de uma regulamentação daqueles que já existem de modo a garantir: um regime fluvial adequado à prática de atividades náuticas e à migração e reprodução das espécies piscícolas; um estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos; e uma continuidade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações.

Entre estes cidadãos encontra-se uma participação muito significativa de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, como aliás é habitual, provando-se que a defesa dos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.

A Demonstração Ibérica “Por Um Tejo Livre com Caudais Ecológicos” decorrerá pela tarde no Porto das Mulheres no município da Chamusca com a apresentação do memorando “Por Um Tejo Livre”, sobre a importância de preservação de um rio Tejo livre de açudes e barragens para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas, que já foi apresentado aos Grupos Parlamentares, à Comissão Parlamentar do Ambiente, ao Senhor Ministro do Ambiente e Ação Climática e à Senhora Ministra da Agricultura, e a partilha de testemunhos dos cidadãos, das associações e das comunidades presentes.

Pretende-se ainda consciencializar as populações ribeirinhas para a sobre-exploração da água do Tejo que se avizinha com a construção de novos açudes e barragens e a que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear, realçando ainda a importância do regresso de modos de vida ligados à água e ao rio que as atividades de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental permitirão sustentar.

Esta atividade é organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo e conta com o apoio do Município de Chamusca, do Município de Vila Nova da Barquinha, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a empresa Natur Z.

PROGRAMA

EVENTO NO FACEBOOK

FAQ - PERGUNTAS FREQUENTES

LOCALIZAÇÃO E AVISOS

ADESIVOS LAMPREIA – SÁVEL - ENGUIA

CARTAZ

NOTA DE IMPRENSA 

TRÍPTICO

Mais informação: Paulo Constantino +351919061330


terça-feira, 25 de abril de 2023

proTEJO convida-vos a participarem na Tertúlia do Politécnico de Santarém sob o tema “Turismo ecológico e de natureza no Tejo como polo de desenvolvimento regional” em Encontros com o Tejo e Educação Ambiental II

CONVITE

Encontros com o Tejo e Educação Ambiental II

6 de maio de 2023

Vimos convidar-vos a participarem nos Encontros com o Tejo e Educação Ambiental II sob o tema “Turismo ecológico e de natureza no Tejo como polo de desenvolvimento regional” dos Encontros com o Tejo e Educação Ambiental II, que se vão realizar no sábado, 6 de maio de 2023, das 15h às 17h, na Tertúlia do Politécnico de Santarém, organizados pela Licenciatura em Educação Ambiental e Turismo de Natureza e pelo proTEJO – Movimento pelo Tejo.

Com estes encontros, pretende-se lançar a reflexão sobre o papel do turismo ecológico e de natureza no Tejo, na perspetiva do desenvolvimento regional, realçando a sua importância para a conservação dos ecossistemas do rio Tejo, bem como discutir em que medida se necessita de uma valorização ecológica do Tejo e seus afluentes que seja alcançada com um bom estado ecológico das águas, um caudal ecológico que permita o florescimento dos ecossistemas e o usufruto da água pelas populações ribeirinhas, e uma ausência de barreiras fluviais que permita a regeneração da água e a manutenção de um ecossistema biodiverso.

Com o propósito de partilhar conhecimento e diferentes perspetivas sobre esta matéria, foram convidados a intervir um pescador do Tejo, um empresário de turismo ecológico e de natureza, uma docente que leciona Poluição Ambiental e um docente das áreas do desporto e turismo de natureza.

Participa, o Tejo e a Vida merecem!

A entrada é livre, não sendo necessária inscrição.

O novo espaço da Tertúlia do Politécnico de Santarém está situado no Edifício da Escola Superior de Educação de Santarém, com estacionamento no Complexo Andaluz.

Googlemaps: https://goo.gl/maps/x9tFuVxQ95Nq2s266

domingo, 23 de abril de 2023

proTEJO celebrou o 25 de abril em sessão "Torrejanos Debatem - Aeroporto de Santarém"

O proTEJO celebrou o 25 de abril participando em Torres Novas na sessão "Torrejanos Debatem - Aeroporto de Santarém" com o Um Coletivo e a Climáximo





domingo, 2 de abril de 2023

proTEJO apresenta "Um Tejo vivo é um Tejo livre" no "Colóquio Tejo: património, tradição e futuro"

O proTEJO participou no "Colóquio Tejo: património, tradição e futuro", com o tema "Um Tejo vivo é um Tejo livre", no passado dia 1 de abril de 2023, organizado pelo Fórum Ribatejo e o Instituto Politécnico de Santarém (Escolas Superior de Educação e Agrária).

Podem ver aqui o vídeo do Colóquio e descarregar as apresentações do proTEJO: apresentação "Um Tejo vivo é um Tejo livre" e a apresentação do movimento proTEJO.

sábado, 25 de março de 2023

Manifestação pelos rios vivos, com água para a vida - Toledo, 25 de março de 2023

Manifestação pelos rios vivos, com água para a vida

Toledo, 25 de março de 2023

Mais de 700 pessoas e de 60 organizações levantaram a voz em Toledo para exigir "rios vivos" e exigir medidas eficazes às administrações para reverter o mau estado do Tejo e de todos os rios da sua bacia, tendo lançado água limpa ao rio Tejo para suprir o caudal que falta.

Créditos: abc.es

@ToniReollo

domingo, 19 de março de 2023

proTEJO MANTÉM A ESPERANÇA DE SENSIBILIZAR OS GRUPOS PARLAMENTARES PARA APROVAREM LEGISLAÇÃO QUE PROTEJA O CIDADÃO DENUNCIANTE APESAR DA REJEIÇÃO DO PROJETO DE LEI DO PAN QUE PRETENDIA “REFORÇAR A PROTEÇÃO DOS DENUNCIANTES DE CRIMES AMBIENTAIS

Nota de Imprensa


19 de março de 2023

"proTEJO MANTÉM A ESPERANÇA DE SENSIBILIZAR OS GRUPOS PARLAMENTARES PARA APROVAREM LEGISLAÇÃO QUE PROTEJA O CIDADÃO DENUNCIANTE APESAR DA REJEIÇÃO DO PROJETO DE LEI DO PAN QUE PRETENDIA “REFORÇAR A PROTEÇÃO DOS DENUNCIANTES DE CRIMES AMBIENTAIS”

Na passada sexta-feira, dia 17/03/2023, foi rejeitado no parlamento o projeto de lei do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) que pretendia “Reforçar a proteção dos denunciantes de crimes ambientais”, após uma ronda de reuniões do proTEJO para sensibilização dos grupos parlamentares para acolherem a Iniciativa Legislativa de Cidadãos "Pela Proteção do Cidadão Denunciante" registada a 18/01/2023 e que se encontra atualmente à subscrição dos cidadãos através de registo junto da Assembleia da República sob a forma de alteração legislativa do “Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações” (Lei nº 93/2021)

O proTEJO mantém a convicção e a expectativa de vir a sensibilizar todos os grupos parlamentares para que coincidam na vontade de aprovação de um projeto de lei que, com sentido de justiça, venha a proteger o cidadão denunciante.

Lembramos que apenas há 2 meses um conjunto de vinte e uma organizações, entre as quais o proTEJO – Movimento pelo Tejo, se congregaram para protegerem os cidadãos denunciantes através da subscrição da Iniciativa Legislativa de Cidadãos "Pela Proteção do Cidadão Denunciante".


Esta proposta de alteração legislativa surge em resposta à falta de um articulado que proteja globalmente os cidadãos que denunciam infrações, como é o caso dos ambientalistas e das suas organizações que denunciam atentados ao ambiente e, que por isso, têm vindo a ser alvo de autênticas ações judiciais estratégicas contra participação pública (SLAPP) sem fundamento, que apenas pretendem a sua desmotivação.

Um exemplo flagrante destes processos foi a ação civil que exigia uma enorme indemnização ao cidadão Arlindo Consolado Marques, membro do proTEJO – Movimento pelo Tejo, pelas suas denúncias de ocorrências de poluição no rio Tejo, tendo a autora da ação desistido da mesma, após ter causado graves danos morais e materiais ao visado.

Créditos: Sábado

Com efeito, não são raros os denunciantes que são alvo de processos iníquos, opondo poderosas empresas a cidadãos ou organizações muito frágeis, que mais não são do que instrumentos intimidatórios e uma forma de assédio.

Mais do que o ressarcimento de uma eventual acusação injusta, estes processos apenas visam silenciar, punir e destruir pessoal, financeira e institucionalmente quem, em vários domínios, denuncia atentados ao direito, tendo sido ilegalizados em vários países (EUA, Canada, entre outros) onde são reconhecidos como “SLAPP” (startegic lawsuit against public participation), ação judicial estratégica contra participação pública.

Neste sentido apela-se a todos os cidadãos que divulguem esta Iniciativa Legislativa de Cidadãos para se alcançarem as 20 mil subscrições que a transformarão na primeira a ter a possibilidade de ser aprovada pelos partidos em plenário da Assembleia da República transformando-se num instrumento para a proteção de todos os cidadãos que realizam denúncias convictos de que estão a exercer um dever contribuindo para alcançarmos uma sociedade mais justa, mais transparente e mais integra.

Os cidadãos e os ativistas merecem!

Bacia do Tejo, 18 de janeiro de 2023

Ana Silva e Paulo Constantino

Os Porta-Vozes do proTEJO

Mais informações: Paulo Constantino - 919 061 330

      Subscreva em: sítio do Parlamento ou da Petição Pública

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Apresentação da Iniciativa Legislativa de Cidadãos

"Pela Proteção do Cidadão Denunciante"

O presente “Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações” constitui um significativo passo em frente na proteção de pessoas que por imperativo cívico procedem a essas denúncias, mas resultou de uma transposição minimalista da Diretiva da União Europeia uma vez que a própria diretiva admite que os Estados-Membros possam “decidir alargar das disposições nacionais a outros domínios a fim de assegurar a existência de um regime de proteção dos denunciantes abrangente e coerente a nível nacional”.

A presente iniciativa de alteração legislativa de cidadãos aqui proposta pretende, em primeiro lugar, optar por um conceito mais abrangente da figura de “denunciante”, nomeadamente, tornando-o independente da existência ou não de qualquer vínculo que o ligue à entidade denunciada permitindo dessa forma que sejam protegidos os cidadãos e as suas organizações que denunciam infrações e que, por isso, têm vindo a ser alvo de autênticas ações judiciais estratégicas contra participação pública.

Em segundo lugar, protegem-se explicitamente e de forma muito mais efetiva os denunciantes ao colocar o ónus de provar que a denúncia ou a divulgação pública de uma infração não cumpriu os requisitos impostos pela Lei a quem, por qualquer via, imputar ao denunciante uma responsabilidade disciplinar, civil, contraordenacional ou criminal.

Além disso, robustece-se o mecanismo de registo e controlo do estabelecimento dos canais de denúncia e torna-se mais operativo e eficaz o mecanismo de reporte à Assembleia da República da informação quantitativa e qualitativa sobre os resultados da aplicação da presente Lei.

A final, garante-se que, numa sociedade democrática, participativa, íntegra e transparente, se protegem de retaliação os cidadãos que optam por denunciar violações do direito."

Organizações Subscritoras

A Iniciativa Legislativa de Cidadãos “Pela Proteção do Cidadão Denunciante” foi previamente subscrita por 21 organizações de vários tipos que se listam abaixo:

Organizações Subscritoras da

             Iniciativa Legislativa de Cidadãos                “Pela Proteção dos Cidadãos Denunciantes”

1

proTEJO - Movimento pelo Tejo

2

CPADA - Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente

3

Associação Barreiro-Património, Memória e Futuro

4

Associação Natureza Portugal |WWF

5

Associação Povo e Natureza do Barroso

6

Associação Voluntariado e Ação Social do Entroncamento

7

BASTA! – Movimento em defesa da ribeira da Boa Água

8

Climáximo

9

Dunas Livres

10

Eco-Cartaxo – Movimento Alternativo e Ecologista

11

Frente Cívica

12

Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro - Grupo Ecológico

13

Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural

14

PATAV - Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos

15

Plataforma de Toledo en Defensa del Tajo

16

Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda/Marateca

17

Plataforma Transgénicos Fora

18

Terra Batida

19

TROCA - Plataforma por um Comércio Internacional Justo

20

Vamos Salvar o Jamor

21

ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável

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