Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ZONA DE INTERVENÇÃO FLORESTAL (ZIF) / RIBEIRA DE NISA EM CONSULTA PÚBLICA ATÉ 29 DE JANEIRO DE 2017

A gestão equilibrada de uma bacia hidrográfica seja ela de um rio, como o Tejo, ou até de uma linha de água como a Ribeira de Nisa, é de extrema importância para as populações residentes. Gera riqueza, prosperidade, fixa pessoas. Foi assim que surgiram lugares e regiões. Assim aconteceu com o projeto sustentável da construção das mini hídricas da Ribeira de Nisa, cujo mentor foi José Custódio Nunes.
Em 1925 surge a empresa Hidroelétrica do Alto Alentejo, a Barragem da Povoa e Meadas inaugura-se em 1928,  em 1932 a Barragem do  Poio, Central da Bruceira em 1934, Central da Velada em 1953 e por fim a Central da Foz em 1939, já quase no rio Tejo.
Em 2009, a Barragem da Póvoa e Meadas retorna ao estado, depois de 75 anos de concessão, sem quaisquer obras de reabilitação e requalificação da estrutura e do espaço envolvente, conforme o contrato estabelecia.
Por esta altura começa também a exploração do sistema multimunicipal das Águas do Norte Alentejano (AdNA), para consumo humano, fonte principal de abastecimento de oito concelhos do distrito de Portalegre. Por esta altura, não enche, devido às fissuras e a outros problemas técnicos. 
Há uns anos, sem que aparentemente tenha sido objeto de algum tipo de intervenção voltou a atingir a cota máxima.
Desde de 2013, que o Festival Andanças, usufrui do espaço, do que outrora foram instalações diversas, do antigo jardim das hortenses, da casa comunitária com churrasqueira, e que tinha eletricidade gratuita, das mesas para piquenique. Era a Barragem da Povoa e Meadas, a “nossa praia”.
Perde Nisa, perde o rio Tejo já tão mal tratado. A ribeira chega mesmo a secar durante a primavera/verão junto a foz impedindo a reprodução de peixe como bogas, bastava uma torneira a correr! Já foram à Bruceira e ao Poio durante o Verão, parece um prolongamento da ETAR de Nisa!
Mas eis uma nova ameaça, uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Ribeira de Nisa, em consulta pública até ao dia 29 de Janeiro, no norte do concelho de Nisa, cerca 12.500 ha, que abrange as freguesias de: União de Freguesias de Espírito Santo, Sr.ª da Graça e S. Simão, Freguesia de S. Matias e Freguesia de Santana, lugar onde foram realizadas as assembleias da constituição da ZIF. Até aqui tudo bem, bom palavreado nos objetivos, sustentabilidade, ordenamento, redução dos incêndios, controle das espécies invasoras, proteção das espécies autóctones, etc. Há nomes duplicados na lista de aderentes. Quando lemos, percebemos nitidamente, nas assinaturas do núcleo fundador, lá estão as chancelas The Navigator Company, Navigator Forest Portugal SA.
Palavras para quê, está tudo dito, despovoamento, Tejo sem peixe, queijo de Nisa que vem de Monforte, a Central de Almaraz na iminência de rebentar, vamos mas é tod@s para Lisboa?
Participem na consulta pública e defendam a região, a ribeira de Nisa e o Tejo!
José Maria Moura 26/1/2017

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

proTEJO NOS PROGRAMAS FALA PORTUGAL DA TV RECORD E BIOSFERA DA RTP2

AGRADECIMENTO E FELICITAÇÃO A PAULO PASSOS PELO MERECIDO GALARDÃO "INOVAÇÃO" 2017 DA RÁDIO ANTENA LIVRE E JORNAL DE ABRANTES

Paulo Passos foi o designer gráfico responsável pela criação do logotipo do proTEJO e por inúmeros cartazes das nossas atividades pelo que não queremos deixar de lhe agradecer e felicitar por ter sido apreciado merecidamente com o galardão "Inovação" 2017 da Rádio Antena Livre e do Jornal de Abrantes. 
Um bem haja para este também benemérito do proTEJO e defensor do Ambiente.

domingo, 22 de janeiro de 2017

proTEJO DEFINE ESTRATÉGIA DE COMBATE À POLUIÇÃO DO RIO TEJO E DE INTERVENÇÃO PARA ANO DE 2017

COMUNICADO
21 de Janeiro de 2017
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
proTEJO DEFINE ESTRATÉGIA DE COMBATE À POLUIÇÃO DO RIO TEJO E DE INTERVENÇÃO PARA ANO DE 2017
O Movimento proTEJO realizou uma reunião de trabalho no dia 21 de janeiro de 2017 para analisar a situação do rio Tejo e programar atividades a realizar no ano de 2017.
Nessa reunião foi analisada a situação da bacia do Tejo e definidas as seguintes intervenções:
1º Elaborar um contributo para o Plano Anual de Ação Integrada de Fiscalização e Inspeção da Bacia do Tejo, identificando alvos a serem objeto da ação das entidades competentes;
2º Convidar os Municípios ribeirinhos, nomeadamente aqueles que integram o proTEJO, a realizarem análises da água do rio Tejo e seus afluentes no sentido de monitorizar a qualidade da sua água e a sua carga poluidora enquanto a Agência Portuguesa do Ambiente não implementar a rede de monitorização da qualidade da água prevista no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo;
3º Elaborar um conjunto de propostas legislativas que permitam e facilitem uma eficiente e eficaz intervenção das entidades fiscalizadoras junto dos potenciais alvos e infratores recorrentes quanto à deteção de infrações devido a atividades poluentes, a serem remetidas ao diversos grupos parlamentares, à comissão parlamentar do ambiente e ao ministério do ambiente;
4º Realizar uma manifestação contra a poluição do rio Tejo e seus afluentes caso a poluição destes se mantenha com o elevado nível de intensidade com que tem vindo a ocorrer desde novembro de 2016, com principal origem na zona de Vila Velha de Ródão;
5º Solicitar informação sobre a definição do regime de caudais ecológicos que serão estabelecidos nas barragens do Fratel e Belver-Ortiga e na revisão da Convenção de Albufeira, exigindo que o regime de caudais ecológicos seja assente no conceito de caudal ecológico enquanto volume de água mínimo capaz de satisfazer as necessidades dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos, assegurando a conservação e manutenção destes ecossistemas aquáticos naturais e seus benefícios para a sociedade, bem como aspetos estéticos da paisagem e outros de interesse científico e cultural;
6º Participar ativamente nas atividades com vista ao encerramento da central nuclear de Almaraz e à anulação da decisão de construção do armazém temporário individualizado (ATI), devido ao efeito nefasto desta unidade na radioatividade artificial registada no rio Tejo que é reportada nos relatórios do Campus Tecnológico Nuclear do Instituto Superior Técnico como sendo superior à registada nos rios Zêzere, Mondego, Douro e Minho devido à influência da central nuclear de Almaraz, apesar de não ter efeitos radiológicos;
7º Promover o debate político da situação do rio Tejo e seus afluentes entre candidatos às autarquias locais que decorrerão durante o ano corrente;
8º Programar um seminário sobre o rio Tejo e seus afluentes e a atividade vogar contra a indiferença de 2017.
Apelamos assim ao apoio e participação dos cidadãos e das comunidades ribeirinhas do rio Tejo e seus afluentes, em Portugal e Espanha, para defenderem e protegerem os nossos rios.
O TEJO MERECE!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

AUDIÇÃO DO MINISTRO DO AMBIENTE NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE

Realizou-se uma audição do Ministro do Ambiente na Comissão Parlamentar do Ambiente, no dia 20 de dezembro de 2016, para apresentação do Relatório Final da Comissão de Acompanhamento sobre Poluição no Rio Tejo, que podem ver aqui.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A POLUIÇÃO NO RIO TEJO

APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A POLUIÇÃO NO RIO TEJO
O proTEJO considera que o Relatório da Comissão de Acompanhamento Sobre Poluição no Rio Tejo (de agora em diante denominado “relatório”) representa um marco importante na preservação do rio Tejo e seus afluentes pelos seguintes motivos:
a)    Reflete uma análise conjunta das autoridades competentes no planeamento, gestão e fiscalização do domínio hidrográfico (Agência Portuguesa do Ambiente, Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente – GNR), no ordenamento do território (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo) e na administração local (Comunidades Intermunicipais da Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Beira Baixa);
b)   Evidencia a necessidade de uma gestão da água em termos de qualidade e quantidade de água com vista a garantir o Bom Estado ecológico das massas de água da bacia hidrográfica do Tejo conforme estabelecido na Diretiva Quadro da Água.
O relatório apresenta um diagnóstico completo sobre o estado ecológico do rio Tejo e seus afluentes visto que:
a)    Evidencia de forma integrada os principais problemas do rio Tejo e seus afluentes ao relevar:
- os problemas históricos de qualidade da água devido ao tratamento ainda insuficiente de águas residuais urbanas e/ou industriais;
- os problemas de poluição difusa com origem na agricultura e/ou pecuária;
- a perda de conectividade decorrente de poucas barragens terem passagens para peixes;
- os regimes de caudais ecológicos não terem ainda sido implementados;
- uma monitorização insuficiente das massas de água e das ações de acompanhamento.”;
Contudo, falta referir que os aterros de resíduos apresentam risco de escorrências e infiltrações para as águas superficiais e subterrâneas devendo realizar-se o seu controlo no âmbito do Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo (ex: Eco parque do Relvão, na freguesia da Carregueira do concelho da Chamusca).
b)   Assume que a zona de Vila Velha de Ródão é aquela onde os problemas de poluição têm maior impacte indicando como principais focos de poluição a Zona Industrial de Vila Velha de Ródão, a Celtejo ‐ Empresa de Celulose do Tejo, S. A. e a Centroliva – Indústria e Energia S.A. Celtejo e Zona, e referindo que deverão ser implementadas até 2017 as medidas consideradas prioritárias para a eliminação destes problemas conforme previstas no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste;
c)    Identifica os principais problemas transfronteiriços para a gestão hidrográfica do Tejo, sendo estes:
- a elevada taxa de utilização da água na bacia espanhola do Tejo, nomeadamente pela intensificação dos regadios;
- os transvases (Tejo‐Segura);
- a eutrofização das albufeiras (Espanha);
- os problemas de contaminação pontual (urbana e industrial) e difusa (agricultura);
- a falta de implementação de caudais ecológicos;
- a necessidade de controlar a eventual radioatividade nas massas de água potencialmente oriunda da central nuclear localizada perto da fronteira;
- a redução das afluências naturais, devido ao elevado grau de regularização existente em toda a bacia internacional, uma vez que as afluências de Espanha assumem crucial importância na disponibilidade de água no troço principal do rio Tejo, repercutindo‐se para jusante até ao estuário, e estão dependentes da variação dos volumes de água para usos consumptivos em Espanha, dos transvases existentes na parte espanhola da bacia, e das descargas realizadas pelas barragens espanholas.
Com efeito o relatório afirma que “Relativamente à quantidade, tem‐se verificado, ao longo do tempo, uma diminuição das afluências, por efeito do aumento dos usos da água associado ao aumento da capacidade de armazenamento nas albufeiras da região hidrográfica do Tejo em Espanha, traduzindo um decréscimo dos valores de escoamento anual em regime modificado da ordem de 33 e 51%, respetivamente, em ano húmido e em ano seco, em relação aos valores de escoamentos anual em regime natural.”
Além disso, consideramos positiva a Ação Integrada de Fiscalização na bacia do Tejo, em que participaram diretamente a IGAMAOT, a APA e as CCDR, com a colaboração da GNR/SEPNA, realizada no ano de 2016, e que urge implementar a recomendação da Comissão no sentido de “criação de condições para dotar as entidades que a integram dos meios logísticos e humanos que permitam assegurar a realização de um Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo, no qual deverão participar as mesmas entidades e, sempre que a área de intervenção e a natureza da ação assim o justifiquem, as Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).”.
No que respeita às recomendações da Comissão estamos de acordo na generalidade mas consideramos que deverão ser tidos em conta os seguintes aspetos:
1º. Sugerimos que o Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo seja concretizado com urgência face aos graves, contínuos e reiterados episódios de poluição que atualmente ocorrem no rio Tejo, em especial em Vila Velha de Ródão, e nas sub-bacias da sua região hidrográfica, nomeadamente, do rio Almonda, do rio Alviela, do rio Maior e do rio Nabão, entre outras. Este Plano Anual de Ação Integrado de Fiscalização e Inspeção para a bacia do rio Tejo deverá passar a ser a regra e a ser executado anualmente;
2º. Defendemos a revisão da Convenção de Albufeira tendo em vista a substituição dos caudais mínimos atualmente previstos por um regime de caudal ecológico (diário, semanal, trimestral e anual) que garanta o Bom Estado ecológico das massas de água do rio Tejo e a instauração de sanções por incumprimento da Convenção de Albufeira de carácter financeiro e ambiental, em termos de restauração fluvial.
O regime de caudais ecológicos deverá ser assente no conceito de caudal ecológico enquanto volume de água mínimo capaz de satisfazer as necessidades dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos, assegurando a conservação e manutenção destes ecossistemas aquáticos naturais e seus benefícios para a sociedade, bem como aspetos estéticos da paisagem e outros de interesse científico e cultural.
3º. Propomos que seja implementada uma rede integrada ibérica de monitorização e modelação das massas de água da bacia do Tejo, em Portugal e Espanha, em termos de quantidade e qualidade das massas de água, com informação disponibilizada em tempo real aos cidadãos com vista a uma completa transparência da gestão partilhada da bacia do Tejo;
4º. Apoiamos as propostas legislativas que visam aumentar a eficácia dos processos de fiscalização, nomeadamente, a eliminação da suspensão dos processos de contraordenação na pendência dos pedidos extraordinários de regularização e a utilização de resultados analíticos obtidos com amostras pontuais quando estes, de forma reiterada, ultrapassam os valores limite de emissão estabelecidos;
Adicionalmente, sugerimos duas propostas legislativas, designadamente, que sejam atribuídos maiores poderes de fiscalização ao SEPNA / GNR de modo a poderem obter certificação para a recolha de amostras visto que muitas vezes as amostras recolhidas por este serviço não serem consideradas certificadas e portanto não poderem ser utilizadas para efeitos legais, e que seja instituído que a realização de medições de autocontrolo por parte das instalações deverão ser comunicadas às autoridades competentes com um mínimo de sete dias de antecedência, permitindo que estas possam agendar o acompanhamento desse autocontrolo, caso entendam necessário, e garantindo uma efetiva moralização nas operações de autocontrolo, que a legislação atual não permite, dado que o prazo atual de comunicação é de apenas 24 horas de antecedência.
Consideramos ainda que deveriam ter sido expressas algumas recomendações que enunciamos de seguida:
1º.  A promoção de uma reflexão sobre a ineficácia da atual legislação que atribui os títulos de recursos hídricos, em particular sobre os motivos que levam a que a mesma fique inoperacional para os suspender cautelarmente ou mesmo para retirá-los quando se verifique uma alteração dos pressupostos da sua emissão;
2º.  A publicação de uma lista dos agentes poluidores que reiteradamente continuam a infringir a lei;
3º.  A integração de um representante do Ministério da Saúde na Comissão de Acompanhamento tendo em vista equacionar o efeito da poluição na saúde das populações ribeirinhas, nomeadamente, através do efeito da poluição na utilização das águas para atividades de lazer (banho, canoagem, etc.) e na qualidade das espécies piscícolas do rio Tejo;
4º.  A integração de representantes das organizações não governamentais de ambiente e de cidadania na Comissão de Acompanhamento tendo em vista uma maior participação pública neste processo de acompanhamento.

domingo, 27 de novembro de 2016

RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO SOBRE A POLUIÇÃO NO RIO TEJO

O Relatório da Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição no Rio Tejo foi apresentado no passado dia 26 de Novembro e disponibiliza-mo-lo aqui no sentido de recolher os vossos contributos até ao próximo dia 9 de Dezembro com vista à emissão de uma posição do proTEJO sobre este documento.

A vossa participação é fundamental para uma apreciação mais completa e diversa sobre o problema da poluição no rio Tejo e seus afluentes.
O Tejo merece!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

CARTA ABERTA AO SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE “POR UM TEJO VIVO SEM POLUIÇÃO”

Exmo. Senhor Ministro do Ambiente
João Pedro Matos Fernandes
O proTEJO é um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do Tejo em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas atuações de organização e mobilização social.
Neste âmbito, realizámos em 26 de setembro de 2015 uma “Manifestação contra a poluição no rio Tejo” face ao significativo número de episódios de poluição que o rio Tejo vinha sofrendo, visíveis a olho nu e registados por diversos cidadãos que integram a rede de vigilância do rio Tejo deste movimento.
Em consequência dos protestos realizados constatou-se que o Ministério do Ambiente aumentou a sua ação no terreno através da intervenção da IGAMAOT e em resultado disso registou-se de fato uma diminuição nas ocorrências de poluição ainda durante o ano de 2016.
No entanto, nos últimos dias de outubro e início de novembro do ano corrente a poluição visível no rio Tejo tem vindo novamente a aumentar constatando-se um aumento do número das ocorrências e um significativo nível de poluição.
Neste sentido vimos juntos de vossa Ex.ª requerer que sejam tomadas medidas que permitam obviar e impedir a continuação da poluição do rio Tejo, designadamente:
1º A brevidade da finalização e publicidade do “Plano de combate à poluição do rio Tejo” que se encontra a ser elaborado pela Comissão nomeada pelo Senhor Ministro do Ambiente.
Com efeito o prazo limite estabelecido pelo Senhor Ministro do Ambiente para final de setembro de 2016, após prorrogação do prazo inicial de final de junho de 2016, já se encontra largamente ultrapassado em mais de um mês sem que seja dado a conhecer o conteúdo do referido plano;
2º O incremento da intervenção da IGAMAOT e da Agência Portuguesa do Ambiente tendo em vista a deteção das origens e dos focos de poluição que estão a agravar-se neste momento, bem como a tomada das ações coercivas que impeçam a continuidade da ação poluidora.
Bacia do Tejo, 4 de Novembro de 2016
Pelo proTEJO,
Paulo Constantino
José Moura

(porta-vozes do proTEJO)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O proTEJO PARTICIPOU NO “TIETÊ VIVO - SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO DOS RIOS METROPOLITANOS”

O proTEJO participou como orador no 
“TIETÊ VIVO - SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO DOS RIOS METROPOLITANOS” promovido para comemorar os 30 anos da Fundação SOS Mata Atlântica, que teve lugar no Teatro Eva Herz de São Paulo no dia 29 de Setembro de 2016, e que fez um balanço sobre a questão do saneamento ambiental no Estado e discutiu alternativas para acelerar a despoluição do maior rio paulista, abordando os principais desafios para o Projeto Tietê e experiências de outros países.

No encontro foi divulgado um relatório completo “25Anos de Mobilização: O retrato da qualidade da água e a evolução dosindicadores de impacto do Projeto Tietê” sobre o histórico e a atual situação da Bacia do Tietê. As informações foram entregues ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e encaminhadas ao Governo do Estado de São Paulo.
A participação no seminário foi gratificante permitindo partilhar experiências e conhecer a realidade da ação da Fundação SOS Mata Atlântica na despoluição do rio Tietê, bem como as ações de outras organizações representantes de outros países com experiências semelhantes.
O proTEJO apresentou a experiência portuguesa de aplicação da Diretiva Quadro da Água e da Diretiva das Águas Residuais Urbanas tendo em vista dar a conhecer o contributo de ambas para melhorar o estado ecológico dos rios portugueses e tendo ainda transmitido qual o atual problema de poluição no Tejo e as ações desenvolvidas pelos movimentos de cidadania para sensibilizar as populações e os decisores políticos para este problema.

Além disso, foi realizada uma visita pedagógica que integrou:

- o Parque Ecológico do rio Tietê, que é um parque florestal que constitui um refúgio para animais selvagens e um parque de lazer para as famílias com uma vertente cultural visto ser o local onde se insere o Museu do Tietê;




-  o Clube Esperia que foi fundado nas margens do rio Tietê em 1899, por sete jovens italianos, praticantes de remo e tem um histórico e grandioso património no domínio do remo e das regatas que no passado se realizavam no rio Tietê. O nível de poluição do rio Tietê impede atualmente a prática de desportos náuticos tendo-se realizado em 16 de Abril de 1972 a regata de Despedida do rio Tietê;




- o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin que nasceu em 2007, numa antiga fazenda de café cedida pela Brasil Kirin, na região de Itu, para se tornar uma referência na área da restauração florestal. As atividades do Centro mostram que conservar os recursos naturais e restaurar os ecossistemas da Mata Atlântica é algo possível, e contam com a participação de um amplo corpo de funcionários, como engenheiros florestais, biólogos, educadores e viveiristas. 
Neste centro funciona um viveiro com capacidade de produzir 750 mil mudas de 110 espécies nativas da Mata Atlântica por ano, que são implantadas em projetos na região e dentro da própria fazenda.
Em resumo, uma excelente iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e mais um passo para a despoluição dos rios do mundo.
Os verdadeiros rios Tejo e Tietê merecem!

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO

- 14h às 14h15 – Credenciamento 
- 14h15 às 14h30 – Abertura
14h15 às 14h20 – 25 anos de mobilização – A qualidade da água na bacia do Rio Tietê: Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.
14h20 às 14h25 – Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
14h25 às 14h30 – Hugo Florez Timoran, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, financiador do Projeto de Despoluição do Rio Tietê. 
- 14h30 às 15h50 – Expositores Confirmados
14h30 às 14h35 – O índice de saneamento básico nos municípios da Bacia do Tietê: Édison Carlos, presidente-executivo do Instituto Trata Brasil. 
14h35 às 14h50 – O Projeto de Despoluição do Rio Tietê – resultados, metas e desafios: Jerson Kelman, presidente da Sabesp.
14h50 às 15h05 – A requalificação e recuperação da bacia do Rio Tejo, em Portugal: Paulo Constantino, porta-voz do Movimento proTEJO.
15h05 às 15h20 – A despoluição da Baía de Montevidéu, no Uruguai: Jorge R. Alsina, engenheiro e coordenador Técnico do Departamento de Desarrollo Ambiental – Intendência de Montevidéu.
15h20 às 15h35 – Novas tecnologias para despoluição de rios metropolitanos: Ilka von Borries-Harwardt, presidente da Confederação Alemã para Empresas de Pequeno e Médio Porte.
15h35 às 15h50 – Tecnologias e ações para acelerar a recuperação da bacia do Rio Pinheiros: Stela Goldenstein, diretora-executiva da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros.
- 15h50 às 16h50 – Debate
- 16h50 às 17h – Considerações finais e encerramento.