terça-feira, 25 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
O proTEJO PRETENDE NOVA REUNIÃO COM O SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE PARA FAZER O BALANÇO DOS 10 CASOS DE POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES APRESENTADOS EM NOVEMBRO DE 2017
COMUNICADO
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
24 de novembro de 2018
O proTEJO PRETENDE NOVA REUNIÃO COM O SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE PARA FAZER O BALANÇO DOS 10 CASOS DE POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES APRESENTADOS EM NOVEMBRO DE 2017
O movimento proTEJO realizou uma reunião de trabalho no dia 24 de novembro de 2018 para fazer o balanço de atividades desde setembro, definir ações de solidariedade com ativistas ambientais alvo de processos judiciais (nomeadamente, o Arlindo Marques e o Pedro Triguinho), promover a cooperação com a Rede do Tejo/Tajo, programar ações em defesa do Tejo e preparar uma nova reunião a solicitar ao Senhor Ministro do Ambiente, tendo desta reunião resultado as seguintes apreciações e decisões:
1º Balanço de atividades desde setembro;
• Na globalidade geral foi apreciado positivamente o resultado do Seminário “Tejo Vivo – Seminário para a recuperação do rio Tejo e seus afluentes”, tendo sido realizada uma reflexão crítica quanto ao modelo de seminário adotado;
• O proTEJO enviou uma carta ao Ministro do Ambiente sobre a redução da qualidade da água na Albufeira do Fratel tendo este acusado a sua receção, mas sem resposta;
• Foi realizada uma reunião com a TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior sobre as possíveis formas de cooperação entre ambos no âmbito da proteção ambiental e de práticas agrícolas sustentáveis ao nível da eficiência do uso dos recursos hídricos;
2º Solidariedade com ativistas ambientais alvo de processos judiciais
• O proTEJO felicitou o Arlindo Consolado Marques pelo “Prémio Nacional do Ambiente” atribuído pela Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente, bem como o Pedro Triguinho pela “Menção honrosa na defesa do ambiente” atribuído por esta mesma Confederação;
• Procedeu-se à análise da situação dos processos judiciais em curso contra ativistas ambientais, nomeadamente, o Arlindo Marques e o Pedro Triguinho, reforçando o apoio do proTEJO a estes ativistas;
• Decidiu-se a realização de uma “Manifestação em defesa de ativistas ambientais” e a elaboração e envio de uma “Carta aos Artistas” tendo em vista recolher apoios de artistas ao ativismo ambiental em defesa do Tejo.
3º Cooperação com a Rede do Tejo/Tajo;
O proTEJO encontra-se em contato com a Rede do Tejo/Tajo para:
• Elaborar alegações à participação pública no Plano de Gestão da Bacia Hidrológica do Tejo de Espanha 2021/2027 até 19 de abril - Anexo nº 1;
• Participar na campanha “Proteger a Diretiva Quadro da Água” – nota de imprensa da Rede do Tejo/Tajo - Anexo nº 2;
• Definir uma posição do proTEJO e da Rede do Tejo quanto à necessidade e forma de revisão da Convenção de Albufeira;
• Definir uma posição contra o transvase Tejo - Segura do ponto de vista de Portugal;
• Promover a realização das próximas Jornadas "Por Um Tejo Vivo", sendo importante definir a sua data e a forma de participação do proTEJO.
4º Programação de ações em defesa do Tejo;
• 1.ª quinzena de janeiro de 2019: Reunião sobre o balanço e o futuro do proTEJO, bem como a preparação da reunião com o Senhor Ministro do Ambiente;
• Fevereiro de 2019: Reunião com o Senhor Ministro do Ambiente (a solicitar em dezembro de 2018) com os seguintes pontos da ordem de trabalhos:
Ponto de situação dos 10 casos de poluição apresentados em 2017 - Anexo nº 3;
Ponto de situação do protocolo de cooperação entre o Ministério do Ambiente e o proTEJO - Movimento pelo Tejo;
Abordagem da Convenção de Albufeira quanto ao regime de caudais e ao estado ecológico das massas de água transfronteiriças;
Alterações à legislação para a proteção dos recursos hídricos;
Esclarecimentos e resposta a questões sobre a situação da bacia do Tejo.
• Abril/maio de 2019 – Realização de Conselho Deliberativo do proTEJO para decidir sobre uma “Carta de preocupações ambientais” sobre o “Projeto Tejo - Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste”;
Ponto de situação do protocolo de cooperação entre o Ministério do Ambiente e o proTEJO - Movimento pelo Tejo;
Abordagem da Convenção de Albufeira quanto ao regime de caudais e ao estado ecológico das massas de água transfronteiriças;
Alterações à legislação para a proteção dos recursos hídricos;
Esclarecimentos e resposta a questões sobre a situação da bacia do Tejo.
• Abril/maio de 2019 – Realização de Conselho Deliberativo do proTEJO para decidir sobre uma “Carta de preocupações ambientais” sobre o “Projeto Tejo - Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste”;
• 7 de setembro de 2019 - Manifestação “Em defesa dos caudais ecológicos no Tejo”;
• Outubro de 2019: Seminário “Viver o Tejo – Seminário para a recuperação do rio Tejo e seus afluentes” – 2019;
1º Painel – O contributo da floresta e da agricultura para a preservação da água e dos ecossistemas aquáticos;
2º Painel – O controlo e fiscalização da qualidade das massas de água e das descargas de efluentes agrícolas, pecuários, industriais e urbanos no meio hídrico;
• Novembro de 2019 - Jornadas sobre “Direito ambiental dos recursos hídricos” dirigida a juristas e magistrados;
• A agendar: Programação da atividade “Vogar contra a indiferença - 2019”, , tendo como possíveis percursos:
1ª Alternativa: Barca da Amieira – Barragem de Belver-Ortiga, sendo um percurso de 16 km, com estacionamento na Barragem de Belver-Ortiga e ida de comboio às 8h43m da estação de Barragem de Belver com chegada às 9h à estação da Barca da Ameira e volta de canoa da Barca da Amieira para a Barragem de Belver-Ortiga, com paragem na praia do Alamal, terminando com almoço em restaurante junto à barragem;
2ª Alternativa: Barragem de Belver-Ortiga / Mouriscas, sendo um percurso de 8 km, com estacionamento na Barragem de Belver-Ortiga e descida de canoa até à estação de comboio das Mouriscas-A e volta de comboio às 12h18m da estação de Mouriscas-A com chegada às 12h25m à estação de Barragem de Belver, terminando com almoço em restaurante junto à barragem.
5º Diversos;
1ª Alternativa: Barca da Amieira – Barragem de Belver-Ortiga, sendo um percurso de 16 km, com estacionamento na Barragem de Belver-Ortiga e ida de comboio às 8h43m da estação de Barragem de Belver com chegada às 9h à estação da Barca da Ameira e volta de canoa da Barca da Amieira para a Barragem de Belver-Ortiga, com paragem na praia do Alamal, terminando com almoço em restaurante junto à barragem;
2ª Alternativa: Barragem de Belver-Ortiga / Mouriscas, sendo um percurso de 8 km, com estacionamento na Barragem de Belver-Ortiga e descida de canoa até à estação de comboio das Mouriscas-A e volta de comboio às 12h18m da estação de Mouriscas-A com chegada às 12h25m à estação de Barragem de Belver, terminando com almoço em restaurante junto à barragem.
5º Diversos;
O proTEJO irá participar com os seus dois porta vozes Ana Brazão e Paulo Constantino no 3º Fórum Ibérico do Tejo a realizar-se nos dias 7 e 8 de fevereiro em Toledo.
Apelamos assim ao apoio e participação dos cidadãos e das comunidades ribeirinhas do rio Tejo e seus afluentes, em Portugal e Espanha, para defenderem e protegerem os nossos rios.
O TEJO MERECE!
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
O TEJO JUNTA-SE À ALIANÇA “LIVING RIVERS EUROPE” PARA PROTEGER O FUTURO DA ÁGUA NA UNIÃO EUROPEIA
O proTEJO – Movimento pelo Tejo integra a Rede de Cidadania para uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes (Rede do Tejo/Tajo) que, conjuntamente com uma centena de ONGs de toda a Europa, se junta à campanha #ProtegeaAgua que acaba de ser lançada para que os cidadãos europeus decidam sobre o futuro da água na União Europeia. Esta iniciativa é liderada pela WWF, o Gabinete Europeu do Ambiente, a Aliança Europeia das Pescas, a Rede Europeia de Rios e Fundação Zonas Húmidas, as quais integram a aliança europeia Living Rivers Europe.
● A Diretiva Quadro da Água, o instrumento jurídico mais importante a nível europeu para a defesa deste recurso, está em revisão;
● Com o objetivo de não perder as normas de proteção atuais, o proTEJO junta-se à campanha #ProtegeraAgua, em conjunto com uma centena de ONGs de toda a Europa;
●O proTEJO considera de extrema importância que os cidadãos participem na consulta pública.
Participa na consulta pública da União Europeia e defende o bem mais valioso que temos!
Protege a tua água clicando aqui.
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A tua cerveja preferida pode ser história em 2027?
proTEJO - REUNIÃO DE TRABALHO - 24 DE NOVEMBRO DE 2018
CONVITE
24 de novembro de 2018
Exmos. Senhores
O proTEJO – Movimento Pelo Tejo vem convidá-los a
estarem presentes na sua Reunião de Trabalho que se realizará no dia 24 de
novembro de 2018 (sábado) pelas 14 horas e 30 minutos, na sede da Junta de
Freguesia de Vila Nova da Barquinha (ex-Junta de Freguesia da Moita do Norte),
com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Balanço de atividades desde setembro;
2º Solidariedade com ativistas ambientais alvo de
processos judiciais;
3º Cooperação com a Rede do Tejo/Tajo - Anexo nº 1 e Anexo nº 2;
4º Programação de ações em defesa do Tejo;
4º Programação de ações em defesa do Tejo;
5º Apresentação do proTEJO sobre “Os regimes de
caudais e o estado ecológico do Tejo e seus afluentes”;
6º Diversos.
Esta iniciativa encontra-se aberta às organizações
e aos cidadãos que referenciem como partilhando este objetivo, pelo que
agradecemos que as convidem a estarem presentes.
PARTICIPEM!
SÓ COM A VOSSA PRESENÇA PODEMOS SEGUIR EM FRENTE NA
DEFESA DO TEJO!
A PARTICIPAÇÃO DOS ADERENTES E O ENVOLVIMENTO DOS
CONVIDADOS É UM IMPORTANTE INCENTIVO MORAL!
CONTAMOS CONVOSCO!
Como chegar?
Rotunda do Fogueteiro
Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha
(ex - Junta de Freguesia de Moita do Norte)
39°27'58.7"N 8°26'43.4"W
39.466306, -8.445389
terça-feira, 30 de outubro de 2018
APRESENTAÇÕES E CONCLUSÕES DO “TEJO VIVO – SEMINÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES”
O seminário “TEJO VIVO – SEMINÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES”, promovido pelo proTEJO – Movimento pelo Tejo em parceria com a Câmara Municipal de Abrantes e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, realizado no passado dia 27 de outubro, contou com a presença de cerca de 80 participantes em representação de instituições governamentais, autarquias locais, organizações ambientais, culturais e sociais, bem como um número significativo de cidadãos.
Neste seminário, pretendeu-se equacionar a problemática da disponibilidade, acessibilidade e escassez de água na bacia hidrográfica do Tejo que, sendo uma bacia internacional partilhada, envolve a existência de esforços de cooperação internacional no âmbito da Convenção Luso-Espanhola de Albufeira e que, abrangendo uma área geográfica particularmente sujeita a alterações climáticas e a secas periódicas cada vez mais severas, exige a procura de soluções que sejam capazes de conciliar a disponibilidade de água e a satisfação das necessidades humanas e ecológicas.
Neste seminário, pretendeu-se equacionar a problemática da disponibilidade, acessibilidade e escassez de água na bacia hidrográfica do Tejo que, sendo uma bacia internacional partilhada, envolve a existência de esforços de cooperação internacional no âmbito da Convenção Luso-Espanhola de Albufeira e que, abrangendo uma área geográfica particularmente sujeita a alterações climáticas e a secas periódicas cada vez mais severas, exige a procura de soluções que sejam capazes de conciliar a disponibilidade de água e a satisfação das necessidades humanas e ecológicas.
Assim, para
conhecimento dos cidadãos disponibilizam-se as apresentações de cada painel
temático:
1º Painel – O
regime de caudais e o estado ecológico na Convenção de Albufeira
António Gonçalves Henriques – Especialista em
ambiente e recursos hídricos, professor do Instituto Superior Técnico e membro
da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos
Pimenta Machado – Vice-Presidente da Agência
Portuguesa do Ambiente
Paulo Constantino – porta-voz do proTEJO –
Movimento pelo Tejo
2º Painel – A
escassez de água na bacia do Tejo em situação de seca periódica e alterações
climáticas
Rodrigo Proença de Oliveira - Especialista em
hidrologia, recursos hídricos e alterações climáticas e professor no Instituto
Superior Técnico
João Joanaz de Melo – Especialista em impactes
ambientais e ecodesign, professor na Universidade Nova de Lisboa e voluntário
no Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA)
Rui Godinho – Presidente da Associação Portuguesa
de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA)
A final, e considerando
as apresentações e o debate, foram retiradas as seguintes conclusões do
seminário:
1. A bacia do
Tejo foi caracterizada em termos da quantidade de água disponível tendo sido
relevada a gestão partilhada dos recursos hídricos entre Portugal e Espanha,
bem como as pressões atuais – agricultura, impactes das barragens, poluição
industrial, radiação nuclear - e futuras – alterações climáticas e projetos de
mais barragens;
2. Apesar dos
esforços realizados por Portugal ao nível da monitorização, fiscalização e
redução da poluição pontual, estes não têm correspondência na bacia do Tejo
espanhola, tendo a Comissão Europeia imposto a Espanha severas multas por
incumprimento da Diretiva de Águas Residuais;
3. A revisão da
Convenção de Albufeira deve ser equacionada e estudada com vista a incorporar
um conceito de caudal ecológico de base científica e as efetivas
disponibilidades hídricas da bacia do Tejo em Portugal e Espanha, com especial
relevo para a região da Estremadura espanhola;
4. Estas
problemáticas, conjuntamente com os adversos cenários de alterações climáticas
e possíveis alterações à morfologia do médio e baixo Tejo em Portugal, devem
continuar a ser objeto de estudo de todos e de ainda maior ambição.
Um bem-haja a
todos aqueles que se mobilizam em defesa do Tejo!
O Tejo merece!!!
terça-feira, 25 de setembro de 2018
O proTEJO ALERTA QUE O MINISTÉRIO DO AMBIENTE DEVE INVESTIGAR SE A RECENTE DEGRADAÇÃO DO ESTADO ECOLÓGICO NA ALBUFEIRA DO FRATEL TEM ORIGEM NAS DESCARGAS DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DAS CELULOSES DE VILA VELHA DE RÓDÃO OU NA POLUIÇÃO DAS AFLUÊNCIAS DE ESPANHA
NOTA DE IMPRENSA
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
25 de setembro de 2018
O proTEJO ALERTA QUE O MINISTÉRIO DO AMBIENTE DEVE INVESTIGAR SE A RECENTE DEGRADAÇÃO DO ESTADO ECOLÓGICO NA ALBUFEIRA DO FRATEL TEM ORIGEM NAS DESCARGAS DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DAS CELULOSES DE VILA VELHA DE RÓDÃO OU NA POLUIÇÃO DAS AFLUÊNCIAS DE ESPANHA
Nos últimos dias têm surgido notícias nalguma comunicação social de que “O rio Tejo regista valores de oxigénio mínimos, que colocam em risco a fauna piscícola, de acordo com os dados da estação de monitorização da qualidade da água de Perais (Vila Velha de Ródão), a primeira existente em Portugal depois do rio cruzar a fronteira” evidenciando que as “barragens espanholas fazem descargas de água com espuma e algas no Tejo” e que estes “resultados são referentes aos primeiros 20 dias do mês, período em que as barragens espanholas de Alcántara e Cedillo, exploradas pela Iberdrola, efetuaram descargas que provocaram a acumulação de espuma e de algas no rio”.
Além disso, no final do mês de Agosto a Agência Portuguesa do Ambiente já tinha dado conhecimento que “o agravamento da qualidade da água do rio Tejo, na albufeira de Fratel, no troço entre Perais” e Cais do Arneiro” e que “os valores registados para o parâmetro oxigénio dissolvido têm vindo a decrescer para valores inferiores ao limite mínimo de qualidade (5 mg/l) potenciando riscos para a subsistência e a sobrevivência da fauna piscícola” acrescendo que “as previsões de temperaturas elevadas para o distrito de CasteloBranco, poderão determinar a ocorrência de blooms algais e assim também contribuir negativamente para a degradação da qualidade da água”.
Neste contexto, as autoridades portuguesas competentes devem atuar de imediato para evitar danos ambientais e ecológicos na bacia do Tejo, designadamente:
a) a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) devem proceder às análises da qualidade da água do Tejo em Perais e na Albufeira do Fratel com vista a determinar a efetiva origem da recente degradação do estado ecológico na massa de água da Albufeira do Fratel, ou seja, se tem origem nas descargas de efluentes da indústria das celuloses de Vila Velha de Ródão ou na poluição das afluências de Espanha, publicitando os resultados com transparência;
b) a Agência Portuguesa do Ambiente deverá aplicar e controlar a nova licença de utilização de recursos hídricos – rejeição de efluentes da Celtejo de modo a contribuir para o bom estado ecológico da massa de água “Albufeira do Fratel”, divulgando com transparência as medidas tomadas;
c) o Ministério do Ambiente português deve exigir ao Ministerio de Agricultura y Pesca, Alimentación y Medio Ambiente espanhol que a Confederacion Hidrografica del Tajo assegure o bom estado ecológico das massas de água fronteiriças e transfronteiriças, tendo em vista o cumprimento Convenção de Albufeira e a Diretiva Quadro da Água, nomeadamente, pela execução imediata da medida de melhoria dos atuais sistemas de tratamento de águas residuais urbanas “Saneamento e Depuração da Zona Fronteiriça com Portugal. Cedillo e Alcântara” e da “Estrategia para la Modernización Sostenible de los Regadíos, Horizonte 2015”, previstas no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo de Espanha, bem como pela adoção de outras medidas que visem a eliminação da significativa carga poluente de fosforo que tem vindo a ser detetada nas análises efetuadas na barragem de Cedillo.
Bacia do Tejo, 25 de setembro de 2018
O MINISTÉRIO DO AMBIENTE NÃO RESPONDE CONCLUSIVAMENTE QUANTO ÀS CAUSAS DE MORTANDADES DE PEIXES NO RIO TEJO E A DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE AFIRMA QUE NÃO EXISTIRAM RELATOS NA ÁREA DA SAÚDE RELACIONADOS COM A CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS ASSOCIADA AO RIO TEJO
NOTA DE IMPRENSA
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
25 de setembro de 2018
O MINISTÉRIO DO AMBIENTE NÃO RESPONDE CONCLUSIVAMENTE QUANTO ÀS CAUSAS DE MORTANDADES DE PEIXES NO RIO TEJO E A DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE AFIRMA QUE NÃO EXISTIRAM RELATOS NA ÁREA DA SAÚDE RELACIONADOS COM A CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS ASSOCIADA AO RIO TEJO
Desde 2015 que têm vindo a ocorrer de forma contínua, uma sequência de gravosos incidentes de poluição no rio Tejo, alguns dos quais provocando mortandades de peixes, que são do domínio público e que culminaram num incidente de poluição do rio Tejo em 24 de janeiro de 2018 que apresenta indícios de ter origem nas descargas de empresas da indústria da celulose.
Além disso, no mês de julho de 2018 foram registados diversos episódios de mortandades de peixes ao longo do rio Tejo, nomeadamente, em Abrantes e Santarém, tendo aparecido uma “quantidade significativa" de peixes mortos nas praias dos Moinhos e do Samouco, em Alcochete, no distrito de Setúbal, para além da presença de "espumas muito pouco habituais" que poderão ter origem em descargas a montante do rio Tejo, situação difundida pelo jornal Público do dia 11 de julho de 2018.
Em virtude destes acontecimentos, o proTEJO solicitou a intervenção do Ministério da Saúde, no dia 30 de abril de 2018, no sentido de se apurar se existem riscos na cadeia alimentar na sequência da poluição suprarreferida, nomeadamente, sobre as espécies piscícolas e os produtos hortícolas regados com a água do rio Tejo e seus afluentes, não tendo ainda recebido qualquer resposta sobre este pedido.
Ainda assim, no passado dia 5 de agosto colocámos ao Ministério do Ambiente e ao Ministério da Saúde questões no sentido de conhecer as causas que estiveram na origem das suprarreferidas mortandades de peixes e se existem riscos na cadeia alimentar com origem na poluição suprarreferida, nomeadamente, sobre as espécies piscícolas e os produtos hortícolas regados com a água do rio Tejo e seus afluentes.
As respostas do Ministério do Ambiente não foram conclusivas sobre as causas das mortandades de peixes.
Quanto à existência ou não de riscos na cadeia alimentar provocados pela poluição das águas do Tejo o Ministério do Ambiente apenas afirma que “de acordo com a informação transmitida pelo Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde, não existiram, até ao momento, relatos na área da saúde que possam estar relacionados com a contaminação de alimentos, desta área geográfica, associada ao rio Tejo” e que ”do ponto de vista do controlo dos peixes nas lotas e dos bivalves, o mesmo é efetuado pelo IPIMAR, que proíbe a apanha face aos elementos encontrados na sua avaliação do ponto de vista alimentar, sendo que, até ao momento, não foi emitido nenhum alerta específico para aquela área geográfica”.
Bacia do Tejo, 25 de setembro de 2018
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
TEJO VIVO – SEMINÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES - 27 DE OUTUBRO DE 2018
CONVITE
27 DE OUTUBRO DE 2018
Caros cidadãos e populações ribeirinhas da bacia do
Tejo,
O proTEJO – Movimento pelo Tejo, o Município de Abrantes e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo vêm convidá-lo a participar no evento “TEJO VIVO – SEMINÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES”, no dia 27 de outubro de 2018 pelas 14h30m no Parque Tejo em Abrantes, que contará com a presença de Sua Ex.ª o Senhor Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes.
Neste seminário, pretende-se equacionar a problemática da disponibilidade, acessibilidade e escassez de água na bacia hidrográfica do Tejo que, sendo uma bacia internacional partilhada, envolve a existência de esforços de cooperação internacional no âmbito da Convenção Luso-Espanhola de Albufeira e que, abrangendo uma área geográfica particularmente sujeita a alterações climáticas e a secas periódicas cada vez mais severas, exige a procura de soluções que sejam capazes de conciliar a disponibilidade de água e a satisfação das necessidades humanas e ecológicas.
As inscrições deverão ser enviadas com para protejo.movimento@gmail.com.
Apelamos à mobilização de todos para participarem e divulgarem este seminário pela difusão do convite e dos seguintes elementos de suporte:
- o Programa (flyer) - participantes e cronologia -
internet 1, internet 2 e impressão.
O Tejo merece e agradece!
Cordiais saudações,
Ana Brazão, José Moura e Paulo Constantino
(Os porta vozes do proTEJO)
Parque TEJO - Parque Ribeirinho - Margem Sul
Rossio ao Sul do Tejo - Abrantes
39.448400, -8.194092
domingo, 12 de agosto de 2018
proTEJO - REUNIÃO DE TRABALHO - 1 DE SETEMBRO DE 2018
CONVITE
REUNIÃO DE TRABALHO
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
1 de setembro de 2018
O proTEJO – Movimento Pelo Tejo vem convidá-lo a estar presente na sua Reunião de Trabalho que se realizará no dia 1 de setembro de 2018 (sábado) pelas 14 horas e 30 minutos, na sede da Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha (ex-Junta de Freguesia da Moita do Norte), com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Balanço de atividades desde Abril;
2º Solidariedade com ativistas ambientais alvo de processos judiciais;
3º Estado da qualidade e quantidade de água do rio Tejo e afluentes;
4º Programação de ações em defesa do Tejo;
5º Diversos.
Esta iniciativa encontra-se aberta às organizações e aos cidadãos que referenciem como partilhando este objetivo, pelo que agradecemos que as convidem a estarem presentes.
PARTICIPEM!
SÓ COM A VOSSA PRESENÇA PODEMOS SEGUIR EM FRENTE NA DEFESA DO TEJO!
A PARTICIPAÇÃO DOS ADERENTES E O ENVOLVIMENTO DOS CONVIDADOS É UM IMPORTANTE INCENTIVO MORAL!
CONTAMOS CONVOSCO!
Como chegar?
Rotunda do Fogueteiro
Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha
(ex - Junta de Freguesia de Moita do Norte)
39°27'58.7"N 8°26'43.4"W
39.466306, -8.445389
domingo, 5 de agosto de 2018
CARTA ABERTA AO SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE E AO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE SOBRE AS MORTANDADES DE PEIXES NO RIO TEJO
CARTA ABERTA
AO SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE E
AO
SENHOR MINISTRO DA SAÚDE
SOBRE AS MORTANDADES DE PEIXES NO RIO TEJO
5 de agosto de 2018
Exmo. Senhor Ministro do Ambiente – João Pedro
Matos Fernandes
Exmo. Senhor Ministro da Saúde - Adalberto Campos
Fernandes
Com
conhecimento
Ao
Secretário de Estado do Ambiente
Ao
Inspetor-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território
Ao
Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente
Ao
Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana/Serviço de Proteção da Natureza
e do Ambiente
Ao
Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e
Vale do Tejo
Ao
Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
Ao
Presidente do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do
Tejo
Ao
Presidente do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
Ao
Presidente do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa
Ao
Presidente do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo
Ao
Presidente da Comissão Executiva da Área Metropolitana de Lisboa
Ao
Secretário de Estado da Saúde
À
Direção Geral de Saúde
À
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
À
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.
À
Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.
Aos
delegados de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e de Castelo Branco
O proTEJO – Movimento pelo Tejo é um movimento de
cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo"
(abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia
do Tejo em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem
e amplifiquem as distintas atuações de organização e mobilização social.
Desde 2015 que têm vindo a ocorrer de forma
contínua, uma sequência de gravosos incidentes de poluição no rio Tejo, alguns
dos quais provocando mortandades de peixes, que são do domínio público e que
culminaram num incidente de poluição do rio Tejo em 24 de janeiro de 2018 que
apresenta indícios de ter origem nas descargas de empresas da indústria da
celulose.
Tendo em vista conhecer da adequação das medidas
tomadas para conter esta poluição solicitámos ao Ministério do Ambiente, no dia
30 de abril de 2018, e à Agência Portuguesa do Ambiente, no dia 6 de junho de
2018, a disponibilização das 10 novas licenças
definitivas das ETAR para emissão de efluentes rejeitados no rio Tejo, cujo
prazo para pronúncia dos interessados terminou no dia 24 de abril de 2018, não
tendo ainda recebido qualquer resposta sobre este pedido.
Além disso, no mês de julho de 2018 foram
registados diversos episódios de mortandades de peixes ao longo do rio Tejo,
nomeadamente, em Abrantes e Santarém, tendo aparecido uma “quantidade
significativa" de peixes mortos nas praias dos Moinhos e do Samouco, em
Alcochete, no distrito de Setúbal, para além da presença de "espumas muito
pouco habituais" que poderão ter origem em descargas a montante do rio
Tejo, situação difundida pelo jornal Público do dia 11 de julho de 2018.
Neste contexto, o proTEJO solicitou a intervenção
do Ministério da Saúde, no dia 30 de abril de 2018, no sentido de se apurar se
existem riscos na cadeia alimentar na sequência da poluição suprarreferida,
nomeadamente, sobre as espécies piscícolas e os produtos hortícolas regados com
a água do rio Tejo e seus afluentes, não tendo ainda recebido qualquer resposta
sobre este pedido.
Face ao exposto, vimos solicitar as seguintes
informações ao Ministério do Ambiente e ao Ministério da Saúde:
a) Qual o motivo pelo
qual não é facultado acesso à informação das 10 novas licenças definitivas das
ETAR para emissão de efluentes rejeitados no rio Tejo, cujo prazo para
pronúncia dos interessados terminou no dia 24 de abril de 2018?
Em
caso de omissão no fornecimento das novas licenças iremos comunicar esse facto
às autoridades competentes no sentido de serem respeitados os normativos de
acesso à informação, nomeadamente a Convenção de Aarhus.
b) Que análises foram
realizadas à água e aos peixes mortos pelo Ministério do Ambiente e/ou pelo
Ministério da Saúde? Quais os seus resultados?
c) Quais as causas
que estiveram na origem das suprarreferidas mortandades de peixes e que ações e
medidas foram ou vão ser tomadas para evitar novas ocorrências?
d) Existem riscos na
cadeia alimentar com origem na poluição suprarreferida, nomeadamente, sobre as
espécies piscícolas e os produtos hortícolas regados com a água do rio Tejo e
seus afluentes? Em caso afirmativo, quais os riscos existentes?
No
caso de não serem tomadas medidas para apurar da existência de riscos na cadeia
alimentar com origem na poluição do rio Tejo e seus afluentes, nem para
informar a população sobre estes eventuais riscos, consideramos que deverá ser
imputada a responsabilidade de qualquer impacto negativo que decorra destas
omissões.
Bacia do Tejo, 5 de agosto de 2018
O proTEJO APRESENTA RESERVAS E PEDE O CHUMBO AO PEDIDO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA CELTEJO
NOTA DE IMPRENSA
proTEJO – Movimento Pelo Tejo
5 de agosto de 2018
O proTEJO APRESENTA RESERVAS E PEDE O CHUMBO AO PEDIDO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA CELTEJO
O movimento “proTEJO – Movimento Pelo Tejo” tomou conhecimento estar em consulta pública o pedido de Licenciamento Ambiental referente ao o processo de Licenciamento Único de Ambiente (LUA) em nome de CELTEJO - Empresa de Celulose do Tejo, S. A., doravante CELTEJO, localizada no Concelho e Freguesia de Vila Velha do Rodão, sujeito a tal conforme estabelecido no Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, na sua redação atual, e apresentou o seu parecer no passado dia 3 de agosto, conforme edital publicado no website participa.pt, em representação dos aderentes a este movimento.
Em primeiro lugar, torna-se necessário frisar que o processo de emissões de efluentes líquidos pela CELTEJO tem sido motivo de alertas vários por parte do proTEJO, das suas entidades subscritoras e vários membros que a constituem. A forma como têm sido tratadas as várias denúncias e o problema que estas têm evidenciado nos últimos anos exigiria da parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), enquanto Autoridade Nacional para o Licenciamento Único de Ambiente (ANLUA), um cuidado redobrado na divulgação da abertura deste processo. Contudo, lamentamos verificar não terem existido nem esforços numa maior divulgação junto do «Público interessado» (conforme Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, na sua redação atual), nem uma maior tolerância do que diz respeito ao prazo e fase do ano em que este processo é colocado em consulta pública.
A análise dos elementos disponibilizados permitiu-nos concluir que este pedido de Licenciamento Ambiental deve ser chumbado, já que:
1. A capacidade instalada da CELTEJO deveria ser reduzida, e não mantida como “contraproposta” da APA ao pedido de aumento da empresa.
A CELTEJO propôs um aumento de capacidade instalada de 720 tSA/dia para 849 tSA/dia.
Entendendo-se que a este aumento corresponderia um aumento do volume descarregado no Tejo e um aumento dos problemas de degradação da qualidade da água identificados e, face aos compromissos assumidos no Plano de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) do Tejo e Ribeiras do Oeste, a APA refere, no documento “Esclarecimentos”, que “(…) face ao exposto em epígrafe, a capacidade instalada que esteve na base da emissão da nova Licença de Rejeição de Águas Residuais foi de 720 tSA/dia.”
O proTEJO congratula esta decisão, mas considera que, atendendo aos problemas que a própria Autoridade Nacional na matéria levanta, este valor devia ser na realidade reduzido e não mantido.
Entendendo-se que a este aumento corresponderia um aumento do volume descarregado no Tejo e um aumento dos problemas de degradação da qualidade da água identificados e, face aos compromissos assumidos no Plano de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) do Tejo e Ribeiras do Oeste, a APA refere, no documento “Esclarecimentos”, que “(…) face ao exposto em epígrafe, a capacidade instalada que esteve na base da emissão da nova Licença de Rejeição de Águas Residuais foi de 720 tSA/dia.”
O proTEJO congratula esta decisão, mas considera que, atendendo aos problemas que a própria Autoridade Nacional na matéria levanta, este valor devia ser na realidade reduzido e não mantido.
A atividade industrial desenvolvida pela CELTEJO tem profundos impactes no meio de descarga, sem aludir aos impactes indiretos que a exploração florestal de base tem sobre os solos e ordenamento florestal, que sabemos não dever ser contabilizada, mas que deve ser contextualizada neste processo. Constitui obrigação da APA assegurar que existe integração de normas legislativas de proteção do ambiente e não isolar processos de um mesmo foco poluidor. As indústrias têm de ser adaptadas ao meio e à sua capacidade de carga. Tendo em conta o fraco desempenho desta empresa no local e as metas impostas pela Diretiva Quadro da Água, transposta para a Lei da Água e integrada no PGRH acima referido, constitui obrigação da APA reconhecer que a atividade da CELTEJO já ultrapassa a capacidade de carga do meio e que, portanto, essa atividade deve ser reduzida face ao atual neste local.
2. A ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) não deve ser justificada pela proposta de aumento de produção no futuro, mas como uma obrigação atual.
Segundo o Anexo I, “O projeto de alteração a implementar na CELTEJO contempla, principalmente, a instalação de uma nova caldeira de recuperação e ampliação da ETARI, assim como dos aterros dedicados aos resíduos produzidos no site industrial.”, ficando assegurado que “Previamente à instalação da caldeira de recuperação, a CELTEJO ampliará a capacidade de tratamento da ETARI e do aterro.” O proTEJO congratula a decisão e priorização da ampliação da ETARI, mas demonstra-se preocupado com o seu enquadramento, já que é enquadrada no aumento de produção proposto de 18 %, já desconsiderado pela APA nos “Esclarecimentos”.
O proTEJO considera que a ETARI já há muito devia ter sido ampliada e que essa medida não deveria requerer como justificação o aumento de produção, ou seja, é uma responsabilidade do passado e não futura.
De facto, a CELTEJO justifica no Anexo 3 que “Com o Projeto de Alteração a implementar na CELTEJO haverá um aumento de caudal de efluentes líquidos a descarregar passando para cerca de 17 000 m3/dia. Com esta ampliação da ETARI será possível tratar o acréscimo de caudal de efluente, assim como, cumprir os valores limite de emissão definidos pela APA na Licença de utilização dos recursos hídricos para descarga de efluentes e os valores de emissão associados definidos no BREF setorial.”, ou seja, é através de esta nova implementação que irá conseguir cumprir os Valores Limite de Emissão (VLE) definidos pela APA. Assim, até que esta ETARI esteja finalizada, e tendo em conta que sem ela a empresa admite não cumprir os VLE, a sua atividade deveria ser drasticamente reduzida.
3. Os VLE atribuídos devem ter em conta o estado e capacidade de carga do meio de descarga.
Os VLE atribuídos pela APA devem ter em conta o estado químico e ecológico do meio de descarga, mas também o caudal disponível que varia ao longo do ano.
Neste contexto, os VLE deverão ser reduzidos face aos atribuídos atualmente, já que, mantendo-se a capacidade instalada como é intenção da APA e com a nova ETARI em funcionamento, existem todas as condições técnicas para que seja exigido um maior rigor nesta matéria. Paralelamente, os VLE devem ser equacionados tendo em conta o pior cenário possível em termos de quantidade e qualidade da água do Rio Tejo.
Neste contexto, os VLE deverão ser reduzidos face aos atribuídos atualmente, já que, mantendo-se a capacidade instalada como é intenção da APA e com a nova ETARI em funcionamento, existem todas as condições técnicas para que seja exigido um maior rigor nesta matéria. Paralelamente, os VLE devem ser equacionados tendo em conta o pior cenário possível em termos de quantidade e qualidade da água do Rio Tejo.
Além disto, até que a ETARI esteja em funcionamento e que esteja finalizada a alteração de localização do ponto, a quantidade de efluente libertado deve ser reduzida para que não haja continuação do foco poluidor.
4. Obrigatoriedade do Relatório de Base
A CELTEJO solicita a dispensa de apresentação de Relatório de Base: “Atendendo à avaliação apresentada nas tabelas 1, 2 e 3, confirma-se que é muito reduzido ou improvável o risco de contaminação do solo e das águas subterrâneas associado à atividade industrial da Celtejo.”
Tendo em conta o historial de casos de poluição associados a esta instalação industrial, o proTEJO considera que deve ser aplicado o Princípio da Precaução e que não deve ser dada dispensa de apresentação deste elemento. Note-se que, de acordo com o anexo “Avaliação da Necessidade do Relatório de Base”, a maioria (18 em 27) das substâncias perigosas suscetíveis de contaminação do solo e das águas subterrâneas, listadas na Tabela 2, apresenta potencial de provocar contaminação do solo e águas subterrâneas.
5. Os trabalhos de melhoria da instalação industrial devem ser acompanhados de metas ambientais.
O projeto deverá ser acompanhado por metas temporais que permitam uma monitorização do que é prioritário em termos de execução. Neste caso, verifica-se que a prioridade serão quaisquer medidas que visem a melhoria do desempenho ambiental da instalação e, sobretudo, o cumprimento das obrigações legais neste âmbito.
6. Necessário haver mais medidas em curso e um aumento do conhecimento do estado do Rio Tejo antes da emissão, alteração ou revogação de Licenças Ambientais.
Por último, é de frisar que neste momento estão a realizar-se um conjunto de esforços para melhoria da qualidade do rio Tejo, dos quais se destaca o Plano de Ação Tejo Limpo, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/2018 de 16 de julho.
Este plano foca-se sobretudo em medidas de reforço e melhoria de inspeção e fiscalização e não em medidas a montante que atuem na prevenção de poluição, pelo que os novos pedidos ou alterações de licenças ambientais com impacte no meio hídrico deverão ser analisados com significativa contenção.
Este plano foca-se sobretudo em medidas de reforço e melhoria de inspeção e fiscalização e não em medidas a montante que atuem na prevenção de poluição, pelo que os novos pedidos ou alterações de licenças ambientais com impacte no meio hídrico deverão ser analisados com significativa contenção.
Até que estes esforços estejam em marcha e que exista o devido investimento e atenção à monitorização das massas de água alvo destas medidas, o proTEJO considera que os Valores Limite de Emissão (VLE) aprovados para as indústrias devem ser mais ambiciosos, fazendo-se cumprir o Princípio da Precaução.
Bacia do Tejo, 5 de agosto de 2018
sábado, 19 de maio de 2018
CARTA CONTRA A INDIFERENÇA - VILA VELHA DE RODÃO - ILHA DA FONTE DAS VIRTUDES - 19 DE MAIO DE 2018
CARTA CONTRA A INDIFERENÇA
ILHA DA FONTE DAS VIRTUDES
19 DE MAIO DE 2018
O rio Tejo não é apenas água, é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo, das terras e das aldeias por onde passa.
É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de acção, constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.
Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!
O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.
É também significativo que nos encontremos nas Portas de Ródão, Monumento Natural reconhecido pela UNESCO, e que simboliza a comunhão entre o património natural e cultural associado ao rio Tejo com relevância para a geologia e a biodiversidade.
Vogar pelo rio Tejo desde Vila Velha de Ródão até à Ilha da Fonte das Virtudes, remete-nos para um simbolismo histórico quer vislumbrando o Conhal (onde os Romanos exploraram ouro), ou a Fonte das Virtudes cuja “agoa espeçial” foi referida nas memórias paroquiais de 1758, ou ainda no complexo dos moinhos dos Violeiros (hoje submerso).
O rio Tejo que ao longo do seu curso sustentou as atividades agrícolas e comerciais das suas gentes, na área de influência deste percurso constituiu-se como o principal eixo de desenvolvimento da comunidade do Arneiro: agricultores, moleiros, construtores de barcos, artes de pesca, barqueiros, pescadores. Destes teimam uns poucos em tirar do rio o sustento, cada dia mais magro em resultado das alterações na biodiversidade, causada pelos desmandos do Homem.
As populações do Alto Tejo conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio que lhes foi generoso no passado e que será essencial no futuro.
Um futuro onde este laço de natureza e cultura perdure e se reforce com o regresso de modos de vida ligados à água e ao rio que as actividades de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental permitirão sustentar.
A preservação do rio Tejo é um tributo que os cidadãos devem oferecer a este património, sendo urgente assegurar que o caudal do Tejo seja o que era antigamente, acabar com a poluição que mata os peixes e envenena o ambiente e as pessoas, criar canais de passagem para os peixes nas barragens e nos açudes e acabar definitivamente com a pesca ilegal.
Neste futuro não têm lugar nem o Urânio nem o Nuclear, enquanto recursos energéticos insustentáveis do ponto de vista do desenvolvimento ambiental, social e económico, que colocam em risco a segurança dos cidadãos.
A extracção de urânio tem no consumo e na poluição da água os principais impactos ambientais, conjuntamente com a alteração do território, a afectação da paisagem e a difusão de poeira que pode afectar as povoações mais próximas e a saúde dos seus habitantes.
A contaminação das águas do Tejo por substâncias radioactivas provenientes da Central Nuclear de Almaraz é uma realidade, onde as fugas ocorrem e se misturam com a água, fugas essas cuja ocorrência é escamoteada às populações afectadas.
Conhecemos os males de que o Tejo padece com os transvases, realizados e projetados em território espanhol, num ambiente de total ausência de escrutínio democrático, com o assoreamento, com a poluição, ou seja, com o maltrato que a mão do homem tem vindo a infligir à sua água e aos seus ecossistemas.
Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para que o proteja, e essa mão somos nós!
Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.
Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e aceitámos a generosidade das suas águas.
Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo vivo, como nós o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo e da especulação dos humanos.
Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios vivos, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos foi oferecido com generosidade.
Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a unidade e integridade do Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens impõem à natureza.
Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar, mostrando a união dos cidadãos portugueses e espanhóis na defesa do Tejo, enquanto bacia ibérica e internacional, e afirmar a nossa determinação para combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.
Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do rio Tejo, em Portugal e em Espanha, unimo-nos para reivindicar a todas as autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:
1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo;
2º. O cumprimento da Directiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado das águas do Tejo;
3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ambientais, diários, semanais e mensais, refletidos nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, em Espanha e em Portugal, que permitam o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio e, consequentemente, dos serviços que prestam à comunidade;
4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ecológicos;
5º. A informação pública do cumprimento do convénio luso-espanhol relativamente aos rios ibéricos;
6º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;
7º. Garantir caudais no rio Tejo e seus afluentes em qualidade e quantidade suficientes para garantir o seu bom estado ecológico e a viabilidade dos diversos usos lúdicos e recreativos;
8º. Acompanhar a monitorização e verificar o cumprimento das licenças de descargas de efluentes das celuloses instaladas em Vila Velha de Ródão, exigindo a tomada de medidas de proteção ambiental;
9º. A realização de acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;
10º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
É isto que defendemos,
Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.
E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
O Tejo merece!
CARTA CONTRA LA INDIFERENCIA
FONTE DAS VIRTUDES (PORTUGAL)
19 MAYO 2018
El río Tajo no es sólo agua, es cultura viva, la
columna vertebral y el eje, y las tierras de los pueblos por los que pasa.
Es con gran alegría que vemos en la unión de la
defensa del Tajo a todos los ciudadanos y las organizaciones aquí presentes
representativos de toda la cuenca del Tajo Ibérica y todos los sectores de la
sociedad y los ámbitos de acción, lo que constituye un ejemplo independiente de
participación y ciudadanía.
En nuestras diferencias, ¡El lazo que nos une es el
Tajo!
Es el mismo Tajo el que une a toda esta cuenca de
España a Portugal, el que une a todas las poblaciones ribereñas y sus culturas,
el que conocemos y vivimos desde su nacimientoen la sierra de Albarracín hasta
la desembocadura del Gran Estuario del Mar de la Paja.
También es significativo que nos reunamos en Portas
de Ródão, monumento natural reconocido por la UNESCO, que simboliza la comunión
entre el patrimonio natural y cultural asociado con
el río Tajo con relevancia en términos geológicos y de biodiversidad.
Vogar por el río Tajo desde Vila Velha de Ródão
hasta la Isla de la Fuente de las Virtudes, es echar una mirada a la simbología
histórica de Conhal (donde los romanos explotaron oro), y a la Fuente de las
virtudes cuya "AGUA especial" mencionada en las memorias de esta
parroquia en el año 1758, y al conjunto de los Molinos llamados de Violeiros
(ahora sumergido).
El río Tajo, que a lo largo de su curso da sustento
en este tramo a las actividades agrícolas y comerciales de sus habitantes, se
estableció como área de influencia y principal eje de desarrollo de la
comunidad de Arneiro: agricultores, molineros, los astilleros, las artes de
pesca, navegantes, pescadores. De estos algunos pocos insisten en sacar su
sustento del río, más delgado éste cada día como resultado de los cambios en la
biodiversidad causados por los excesos del hombre.
Las poblaciones del Alto Tajo lograron sobrevivir y
prosperar en armonía con el río que les fue generoso en el pasado y que será
esencial en el futuro.
Un futuro en el que este lazo de la naturaleza y la
cultura perdure y se fortalezca con el regreso a modos de vida vinculados al
agua y a las actividades de educación y turismo de naturaleza, cultural y
ambientalmente sostenibles.
La preservación del río Tajo es un homenaje que los
ciudadanos deben ofrecer a este patrimonio. Hay que trabajar para que el caudal
del Tajo sea lo que fue en otro tiempo, detener la contaminación que mata a los
peces y envenena al medio ambiente y a las personas, favorecer la creación de
canales para peces en presas y azudes y acabar de una vez con la pesca ilegal.
En este futuro no tienen cabida ni la extracción de
uranio ni la actividad nuclear por ser recursos energéticos insostenibles desde
el punto de vista de los desarrollos ambientales, sociales y económicos y
porque ponen en peligro la seguridad de los ciudadanos.
La extracción de uranio tiene sobre el consumo y la
contaminación del agua sus principales impactos ambientales, junto con la
alteración del territorio y paisaje y la difusión de polvo que puede afectar a
las poblaciones más cercanas y la salud de sus habitantes.
La contaminación de las aguas del Tajo por
sustancias radiactivas relacionado con la central nuclear de Almaraz es una
realidad, donde las fugas se producen y se mezclan con agua, estas fugas se
producen con desconocimiento de las poblaciones afectadas.
Sabemos de los males que el Tajo sufre por los
desvíos realizados y proyectados en el territorio español, en un ambiente de
total ausencia de control democrático, sabemos de la sedimentación y de la
contaminación, es decir del maltrato que la mano del hombre ha ido infligiendo
a su agua y sus los ecosistemas.
Para para contener esta mano que los abusos tienen
que abrir otro lado para protegerlo, y que nosotros la mano!
Así que tenemos el deber de extender la mano
abierta para crear una corriente de voluntad e intencionalidad, que sea capaz
de aclarar quién decide y qué tratamiento requieren las aguas del río Tajo para
que éste sea ecológicamente sostenible.
Nos lo debemos a nosotros mismos, por el Tajo con
el que compartimos vida y aceptamos la generosidad de sus aguas.
Se lo debemos a las generaciones futuras para que
conozcan un Tajo vivo, y no un esclavo y prisionero del egoísmo y la
especulación humana.
Si continuamos en esta dirección, las próximas
generaciones conocerán los ríos no vivos, sino sólo sus imágenes en Internet
... que aparecen como las sombras de lo que un día nos ofrecieron
generosamente.
Por todo esto, debemos unirnos y recuperar la
unidad y la integridad del Tajo y su cuenca. El amor y el respeto que sentimos
por él, no termina en ninguna de las
fronteras administrativas artificiales y que los hombres imponen a la
naturaleza.
Para que nuestras manos protejan tenemos que unir y
coordinar, y mostrando la unión de los ciudadanos españoles y portugueses en
defensa del Tajo por cuanto de cuenca ibérica e internacional tiene. Y afirmar
nuestra determinación para combatir la indiferencia y el maltrato a que está
sometido.
Por lo tanto, con el fin de defender el Tajo y sus
afluentes, y como ciudadanos del río Tajo en Portugal y España, nos unimos para
reclamar de todas las autoridades pertinentes, internacionales, nacionales,
regionales y locales lo siguiente:
1. La necesidad de una gestión sostenible de la
cuenca del Tajo;
2. El cumplimiento de la Directiva Marco del Agua,
a saber, garantizar un buen estado de las aguas del Tajo;
3. El establecimiento y la cuantificación de un
régimen de caudales ambientales, diarios, semanales y mensuales, reflejados en
los Planes Hidrológicos de la Demarcación Hidrográfica del Tajo, en España y
Portugal, para permitir el buen funcionamiento de los ecosistemas relacionados
con el río y, en consecuencia, los servicios que prestan a la comunidad;
4. Verificación del cumplimiento continuo del
régimen de caudales ecológicos;
5. Información pública del cumplimiento de los
convenios Luso-Españoles respecto de los ríos ibéricos;
6. Rechazo a los trasvases del Tajo y apoyo a la
investigación de alternativas sostenibles, basadas en el uso eficiente del
agua;
7. Garantizar caudales en el Tajo y sus afluentes
en cantidad y calidad suficiente para garantizar su buen estado ecológico y la
viabilidad de los distintos usos lúdicos y recreativos.
8. Acompañar la monitorización y verificar el
cumplimiento de las licencias de descargas de efluentes de las celulosas
instaladas en Vila Velha de Ródão, exigiendo la toma de medidas de protección
ambiental;
9. La implementación de medidas para ayudar a
restaurar el sistema natural del río y su entorno;
10. El desarrollo y la promoción de la identidad
cultural y social de las orillas del río Tajo.
Esto es lo que defendemos,
Nuestras manos juntas protegen el Tajo.
Y digamos con Miguel Torga, porque los poetas saben
ver el futuro...
Recomienza,
Si es posible,
Sin ansiedad y sin prisas.
Y los pasos que des
En este camino difícil
En el futuro
Dalos en libertad
Hasta no alcanzarlo
No descanses.
El Tajo merece!