segunda-feira, 23 de novembro de 2020
proTEJO E O MUNICÍPIO DE VILA FRANCA DE XIRA CONVIDAM A CIDADANIA A REFLETIR SOBRE O CONTROLO E A FISCALIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA
proTEJO REQUERE A IDENTIFICAÇÃO DAS ORIGENS DA POLUIÇÃO E A TOMADA DE MEDIDAS COM CARÁTER DE URGÊNCIA POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E OESTE E DA CONFEDERAÇÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO DE ESPANHA
Neste contexto, importa promover uma atuação com caráter
de urgência, por parte da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e
da Confederação Hidrográfica do Tejo, de Espanha, com o objetivo de identificar as origens da poluição e de tomar
medidas eficazes que eliminem definitivamente estas ocorrências recorrentes
de eutrofização no rio Pônsul e na albufeira de Cedilho / Tejo internacional. |
Ainda assim, importa que
a Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste, uma vez que
“monitoriza o rio Tejo a cada dois dias, em nove estações, desde Perais até
Constância”, reforce as ações de
identificação das origens da poluição, nomeadamente, pela utilização dessa
informação de monitorização, tome as medidas necessárias à sua eliminação e
proceda à responsabilização dos agentes poluidores. |
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
ENCONTROS COM O TEJO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL - 1 DE DEZEMBRO DE 2020
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO - 20 DE NOVEMBRO DE 2020
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
"MORRA A CONVENÇÃO DE ALBUFEIRA, MORRA! PIM!" - CRÓNICA "CÁ POR CAUSAS" - PAULO CONSTANTINO
domingo, 25 de outubro de 2020
CARTA CONTRA A INDIFERENÇA - POR UM TEJO LIVRE
POR UM TEJO LIVRE
CANEIRAS/SANTARÉM – 24 DE OUTUBRO DE 2020
O rio Tejo não é apenas água, é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo, das terras e das aldeias por onde passa.
É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de ação, constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.
Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!
O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.
É também significativo que nos encontremos em Caneiras onde se pretende realçar a beleza do património natural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial e do património cultural do rio Tejo associado à pesca tradicional no Município do Cartaxo e no Município de Santarém, em especial, as aldeias Avieiras de Palhota e de Caneiras, aldeias típicas de pescadores avieiros, construída com casas de madeira, tipo palafitas, cuja origem se perde nos tempos. Na aldeia de Palhota chegou a viver Alves Redol, grande escritor português que muito escreveu acerca do Tejo e das suas gentes e Ricardo Costa realizou um documentário de longa-metragem com o título Avieiros, em 1975, sobre a vida dos seus pescadores.
O rio Tejo que ao longo do seu curso sustentou as atividades agrícolas e comerciais das suas gentes constituiu-se como o principal eixo de desenvolvimento das comunidades ribeirinhas: agricultores, moleiros, construtores de barcos, artes de pesca, barqueiros, pescadores. Destes teimam uns poucos em tirar do rio o sustento, cada dia mais magro em resultado da degradação dos ecossistemas e consequentes alterações na biodiversidade, causada pelos desmandos do ser humano.
As populações do Tejo sempre conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio, que lhes foi generoso no passado e que será essencial no futuro.
Um futuro onde o laço de natureza e cultura perdure e se reforce com o regresso de modos de vida ligados à água e ao rio, assente num desenvolvimento sustentável de atividades agrícolas e industriais responsáveis, de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental, que apenas será possível se unirmos esforços para a preservação de um rio Tejo Livre de açudes e barragens para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.
A preservação ecológica do rio Tejo é um tributo que os cidadãos devem oferecer para a sustentabilidade da Vida e para a conservação do seu património, sendo hoje urgente defender um rio Tejo Vivo e Livre com dinâmica fluvial pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e a Barragem do Ocreza - e pela exigência de uma regulamentação adequada para as barreiras que já existem de modo a garantir: o estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos; um regime fluvial adequado à migração e reprodução das espécies piscícolas; a qualidade das massas de água superficiais e subterrâneas do rio Tejo; a conservação dos ecossistemas, dos habitats e da biodiversidade; e uma conectividade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações.
Continuaremos a combater a sobre exploração da água do Tejo que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear.
Conhecemos os males de que o Tejo padece e o maltrato que a mão dos humanos tem vindo a infligir à sua água e aos seus ecossistemas.
Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para que o proteja, e essa mão somos nós!
Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.
Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e aceitámos a generosidade das suas águas.
Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo Vivo e Livre, como nós o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo, da especulação, da ganância e da irresponsabilidade dos humanos.
Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios Vivos e Livres, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos foi oferecido com generosidade, e não terão incentivo a reconhecer o valor destes rios de que nunca tiveram a possibilidade de desfrutar.
Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a defesa da qualidade e da quantidade da água do rio Tejo e seus afluentes, bem como a rejeição ou remoção das barreiras à sua conectividade, para que sejam saudáveis e forneçam os serviços ecológicos necessários à Vida no seu conjunto biodiverso e se mantenham como referência do Património ribeirinho.
Devemos ainda unir-nos e reclamar a unidade e integridade do Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens impõem à natureza.
Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar, mostrando a união dos cidadãos e cidadãs portugueses e espanhóis na defesa do Tejo, enquanto bacia ibérica internacional, e afirmar a nossa determinação para combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.
Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do rio Tejo, em Portugal e em Espanha, unimo-nos para reivindicar a todas as autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:
1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo com base no princípio da unidade da sua gestão;
2º. O cumprimento da Diretiva Quadro da Água, nomeadamente a garantia de um bom estado das águas do Tejo;
3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ecológicos, diários, semanais e mensais, refletidos nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, em Espanha e em Portugal, e na atualização da Convenção de Albufeira, que permitam o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio e, consequentemente, dos serviços que prestam à comunidade;
4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ecológicos aí definidos;
5º. A informação pública do cumprimento do convénio luso-espanhol relativamente aos rios ibéricos;
6º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;
7º. Garantir caudais no rio Tejo e seus afluentes em qualidade e quantidade suficientes para garantir o bom estado das massas de água e a viabilidade dos diversos usos lúdicos e recreativos;
8º. Acompanhar a monitorização e verificar o cumprimento das licenças de descargas de efluentes das indústrias, exigindo a tomada de medidas de proteção ambiental com base no princípio da precaução;
9º. A realização de ações para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;
10º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
É isto que defendemos,
Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.
E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
O Tejo merece!
sábado, 24 de outubro de 2020
proTEJO DEFENDEU HOJE UM RIO TEJO VIVO E LIVRE COM A PARTICIPAÇÃO NO EVENTO INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DA MIGRAÇÃO DOS PEIXES EM DESCIDA DE CANOA DE CANEIRAS EM SANTARÉM ATÉ VALADA NO CARTAXO
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
ASSOCIAÇÕES AMBIENTALISTAS E MOVIMENTOS DE CIDADANIA APELAM AOS DECISORES POLÍTICOS QUE TOMEM UMA INICIATIVA LEGISLATIVA PARA A PROTEÇÃO E DEFESA DOS ATIVISTAS AMBIENTAIS
Nota de Imprensa
ASSOCIAÇÕES AMBIENTALISTAS E MOVIMENTOS DE CIDADANIA APELAM AOS
DECISORES POLÍTICOS QUE TOMEM UMA INICIATIVA LEGISLATIVA PARA A PROTEÇÃO E
DEFESA DOS ATIVISTAS AMBIENTAIS
1 de outubro de 2020
As principais associações e movimentos cívicos
de defesa do ambiente apelam aos decisores políticos que tomem uma iniciativa
legislativa para a proteção e defesa dos ativistas ambientais, perfazendo
já um total de 28 organizações subscritoras do “Manifesto Em Defesa dos
Ativistas Ambientais”.
A produção de
legislação que defenda os ativistas ambientais de processos sem fundamento que
visam apenas a sua intimidação, instaurados por agentes que foram denunciados
por más práticas ambientais, é fundamental para que a justiça realize uma
apreciação preliminar da malquerença desses processos evitando o seu
arrastamento por longos períodos com graves danos morais e materiais para os
ativistas ambientais envolvidos.
Apresentamos aqui o “Manifesto
Em Defesa dos Ativistas Ambientais” que será divulgado aos decisores
políticos com os quais serão agendadas reuniões de sensibilização.
Manifesto Em Defesa dos Ativistas Ambientais No nosso país e
por mais de uma vez, ambientalistas foram processados por empresas apontadas
como responsáveis por atentados ao ambiente. Num ou noutro caso, mesmo quando
era gritantemente evidente a justeza das denúncias, esses ambientalistas
foram a tribunal acusados de “difamação”, exigindo-se-lhes pesadas
indemnizações ou penas de prisão, em processos morosos e dispendiosos. Estes processos
são iníquos, pois opõem empresas poderosas a cidadãos ou organizações
ambientalistas muito frágeis. Boa parte das vezes, não passam de meros
expedientes intimidatórios e uma forma de assédio. Mais do que o
ressarcimento de uma eventual acusação injusta, apenas visam silenciar,
punir, destruir pessoal, financeira e institucionalmente quem, por imperativo
cívico, denuncia atentados ao ambiente. São o que em vários países é
conhecido como “SLAPP” (strategic lawsuit against public participation),
ação judicial estratégica contra a participação pública, e aí já foi tornada
ilegal por ameaçar a liberdade de expressão. A próxima
transposição para o nosso ordenamento jurídico da Diretiva (UE) 2019/1937 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2019, relativa à
proteção das pessoas que denunciam violações do direito da União, deve
contribuir para alterar este quadro. Essa Diretiva
aplica-se a denúncias em vários domínios, entre os quais o domínio ambiental.
Assenta no pressuposto de que “As denúncias e a divulgação pública alimentam
os sistemas de aplicação dos direitos nacionais e da União com informações
conducentes à deteção, à investigação e à ação penal eficazes por violações
do direito da União, aumentando deste modo a transparência e a
responsabilização.” O objetivo da
Diretiva Europeia é o da proteção de denunciantes “que trabalham numa
organização pública ou privada ou que com ela estão em contacto no contexto
de atividades profissionais”. Mas a própria Diretiva admite que Os
Estados-Membros possam “decidir alargar a aplicação das disposições nacionais
a outros domínios a fim de assegurar a existência de um regime de proteção
dos denunciantes abrangente e coerente a nível nacional.” Nessa
transposição deve, portanto, ser introduzida a proteção de denunciantes de
crimes ambientais, ainda que a denúncia provenha de entidades ou pessoas
sem relação profissional com as entidades denunciadas. É,
precisamente, o caso de ativistas, de associações ambientalistas ou de
simples cidadãos. Sem prejuízo dos direitos das entidades denunciadas,
previstos aliás na própria Diretiva Europeia, também quem por imperativo de
cidadania denuncia crimes ambientais deve ser protegido de retaliações, como
as que “de facto” constituem ações judiciais iníquas. Nesse sentido,
as organizações ambientalistas e movimentos cívicos subscritores
manifestam-se no sentido de que os denunciantes de crimes ambientais, sejam
organizações, associações ou simples cidadãos, ainda que sem relação
profissional com as entidades denunciadas, venham a ser protegidos pela
legislação que transpuser para ordenamento jurídico nacional a Diretiva (UE)
2019/1937 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2019. Portugal, 1 de outubro de 2020 |
Subscritores: CPADA - Confederação Portuguesa das
Associações de Defesa do Ambiente ACRÉSCIMO - Associação de Promoção ao
Investimento Florestal APGVN - Associação Portuguesa de
Guardas e Vigilantes da Natureza Ar Puro Movimento Cívico Associação Barreiro - Património,
Memória e Futuro Associação Cívica “As Romãs também
Resistem” de Castelo Branco Associação Portuguesa de Educação
Ambiental (ASPEA) AZU - Ambiente em Zonas Uraníferas BASTA! – Movimento em defesa da
ribeira da Boa Água Campo Aberto - Associação de Defesa do
Ambiente Climacção Centro EcoCartaxo - Movimento Alternativo e
Ecologista FAPAS - Associação Portuguesa para a
Conservação da Biodiversidade GEOTA - Grupo de Estudos de
Ordenamento do Território e Ambiente LPN - Liga para a Protecção da Natureza Movimento Ecologista do Vale de
Santarém Plataforma Cívica Aeroporto
BA6-Montijo Não! proTEJO - Movimento pelo Tejo Quercus – Associação Nacional de
Conservação da Natureza Real 21 - Associação de Defesa do Rio Real Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água no Tejo/Tajo e seus afluentes SPECO - Sociedade Portuguesa de Ecologia URTICA – Defesa do Ambiente e Ação
Climática Vamos Salvar o Jamor ZERO – Associação Sistema Terrestre
Sustentável |