sábado, 24 de outubro de 2020

proTEJO DEFENDEU HOJE UM RIO TEJO VIVO E LIVRE COM A PARTICIPAÇÃO NO EVENTO INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DA MIGRAÇÃO DOS PEIXES EM DESCIDA DE CANOA DE CANEIRAS EM SANTARÉM ATÉ VALADA NO CARTAXO

NOTA DE IMPRENSA
proTEJO DEFENDEU HOJE UM RIO TEJO VIVO E LIVRE COM A PARTICIPAÇÃO NO EVENTO INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DA MIGRAÇÃO DOS PEIXES EM DESCIDA DE CANOA DE CANEIRAS EM SANTARÉM ATÉ VALADA NO CARTAXO
24 de outubro de 2020

O proTEJO celebrou hoje o Dia Mundial da Migração dos Peixes com a descida de canoa "Por Um Tejo Livre - 8º Vogar contra a indiferença" com 36 participantes em 18 kayaks que coloriram o rio numa demonstração contra a construção de açudes e barragens com a finalidade de reter água para consumo na agricultura intensiva, defendendo um rio livre e com dinâmica fluvial para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas.

O "8º Vogar contra a indiferença" iniciou-se pela manhã na aldeia avieira de Caneiras e continuou com um percurso fluvial em canoa que facultou uma experiência de fluviofelicidade proporcionada pela comunhão com a beleza do património natural de um rio Tejo livre com dinâmica fluvial e do património cultural do rio Tejo associado à pesca tradicional no Município do Cartaxo e no Município de Santarém, em especial, as aldeias avieiras de Palhota e de Caneiras.

A “Carta Contra a Indiferença” que hoje publicamos pretende ser o testemunho da necessidade de preservação ecológica do rio Tejo como um tributo que os cidadãos devem oferecer para a sustentabilidade da Vida e para a conservação do seu património natural e cultural.

Este património natural e cultural do Tejo deve ser defendido pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e Projeto de Barragem no rio Ocreza - e pela exigência de uma regulamentação daqueles que já existem de modo a garantir: o estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos; um regime fluvial adequado à migração e reprodução das espécies piscícolas; a qualidade das massas de água superficiais e subterrâneas do rio Tejo; a conservação dos ecossistemas, dos habitats e da biodiversidade; e uma conectividade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações.

Entre estes cidadãos contou-se com a participação de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, provando-se que a defesa dos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.

Pretendeu-se ainda consciencializar as populações ribeirinhas para a sobre exploração da água do Tejo que se avizinha com a construção de novos açudes e barragens e a que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear, realçando ainda a importância do regresso de modos de vida ligados à água e ao rio que as atividades de educação e turismo de natureza, cultural e ambiental permitirão sustentar.

Esta atividade foi organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo e contou com o apoio do Município de Cartaxo, do Município de Santarém, da União de Freguesias da Cidade de Santarém, da EcoCartaxo, dos Bombeiros Sapadores de Santarém, da Associação dos Amigos das Caneiras, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, e da Fundação World Fish Migration Day, tendo sido responsável pela descida o Clube de Canoagem Scalabitano.





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