segunda-feira, 22 de março de 2010

ÁGUA E SUSTENTABILIDADE - DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Uma grande parte da população mundial não tem acesso a água de qualidade e todos os anos se lançam ao mar mais de dois milhões de toneladas de esgotos sem qualquer tratamento, sendo previsível o agravamento desta situação com o crescimento das áreas urbanas.
A previsão que a população mundial,  em 2050, seja de nove mil milhões de pessoas, em grande parte habitando em cidades sem infraestruturas de tratamento de esgotos ou saneamento básico, obriga a que nos interroguemos se estamos garantir um futuro com acesso a água com qualidade e com condições de vida sustentáveis ou se estamos simplesmente a eliminar essa possibilidade.
É isto que as Nações Unidas querem questionar neste Dia Mundial da Água, comemorado hoje, dia 22 de Março de 2010, cujo tema é "Água potável para um mundo saudável".
Apesar de afirmar que a qualidade da água em Portugal não é das piores, "existindo frequentemente resultados bons e maus, em função das regiões do país", a empresa Bio3 afirma que Lisboa e Vale do Tejo é, precisamente, uma das piores regiões do país.
A QUERCUS por sua vez afirma, com base nos dados do INAG sobre águas superficiais que, em 2008, 38% dos locais monitorizados apresentarem má qualidade e apenas 28% possuía qualidade boa.
Quanto à falta de água em Portugal, Orlando Borges, presidente do Instituto Nacional da Água (INAG), deixou ao Diário Económico alguns conselhos para minimizar essa escassez e reduzir o "risco da sua ocorrência, como por exemplo o ordenamento do território, o tratamento adequado das águas residuais, melhores práticas agrícolas, adopção de medidas de incentivo ao uso eficiente da água e ainda o aproveitamento individualizado da água das chuvas."
Constata-se assim que a bacia do Tejo apresenta das piores qualidades de água do país e é um dos rios mais sobre explorados da Europa como se demonstra aqui.
Arriscamo-nos a acrescentar que a eliminação da política de transvases de água do Tejo e a aplicação do principio de unidade de gestão da bacia hidrográfica do Tejo, ao limitarem a sobre exploração da água do Tejo ajudariam, por certo, a melhorar a quantidade e qualidade das reservas naturais de água e a reduzir os impactes da escassez de água  no longo prazo. Um bom dia de reflexão sobre os RIOS e a ÁGUA.

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