A Fundação Nova Cultura da Água irá realizar o VII Congresso Ibérico sobre o tema "Gestão e Planeamento da Água" com o título "Rios Ibéricos +10. Olhando para o futuro depois de 10 anos da Directiva Quadro da Água" e decorrerá lugar na cidade de Talavera de la Reina (Toledo), de 16 a 19 de Fevereiro de 2011.
Em resumo, propõe como temas centrais de trabalho a análise do balanço de uma década de desenvolvimento da aplicação da DQA, coincidindo com o décimo aniversário da entrada em vigor desta directiva, bem como uma perspectiva de futuro orientada para a adaptação da política da água às alterações climáticas.
A realização do VII Congresso Ibérico de Talavera de la Reina permitirá trazer a discussão para a água no rio Tejo, o rio mais longo e a bacia mais povoada da Península Ibérica. Uma bacia hoje em dia no centro de muitos dos debates que se articulam em volta do planeamento e gestão da água em Portugal e Espanha.
O primeiro documento sobre o VII Congresso Ibérico encontra-se disponível em: http://www.congresoiberico.org/.
APRESENTAÇÃO DO VII CONGRESSO IBÉRICO DA FUNDAÇÃO NOVA CULTURA DA ÁGUA SOBRE O TEMA "GESTÃO E PLANEAMENTO DA ÁGUA"
A data do VII Congresso Ibérico coincide com o décimo aniversário da entrada em vigor da Directiva-Quadro da Água, que supõe uma renovação profunda da política da água da União Europeia. No entanto, o atraso cumulativo pela maioria das administrações ibéricas com competências em matéria de planeamento e gestão da água não permitiu, até ao momento, a realização de um balanço dos primeiros planos de gestão elaborados a partir da DQA. O congresso será um local oportuno para este debate, e em qualquer caso, um local adequado para realizar um balanço dos dez anos de política da água.
O passar da década caracteriza-se por um aprofundar da crise ecológica e por uma expansão da agenda política e de investigação, marcada por fracassos sonantes como a Cimeira do Clima em Copenhaga. Nesta agenda política europeia, ganharam visibilidade temas como a política de solos e a protecção da biodiversidade. Estes aspectos, em simultâneo com o restante da política ambiental, serão analisados à luz dos efeitos das alterações climáticas em curso. Os esforços na investigação destas éreas produziram resultados e colocaram novas questões que afectam directamente os ecossistemas hídricos e a gestão das águas. Também não podemos ignorar que a evolução da crise sistémica, desencadeada a no anterior Congresso Ibérico (Vitória-Gasteiz 2008), constitui um marco de referência que inevitavelmente condicionará o desenvolvimento das políticas da água.
Com o balanço desta década e o olhar posto no futuro, podemos destacar duas palavras-chave para a proposta científica do VII Congresso Ibérico: integração e adaptação. Através da experiência acumulada durante estes anos, sabemos que a integração de saberes e de políticas continua a ser a grande questão pendente no que diz respeito à gestão da água. Quanto à necessidade de compensar a fragmentação do conhecimento, podemos assinalar, como exemplo, a insuficiente compreensão dos processos de interacção da água com os solos ou a relação entre diversidade biológica, estado dos ecossistemas hídricos e bem-estar humano em sentido amplo.
O desenvolvimento e a aplicação de instrumentos regulamentares na acção política, continua a ser limitado e, no entanto, é cada vez mais premente a necessidade de acções políticas integradas. Todavia, existe um amplo potencial de aplicação de instrumentos existentes, como os clássicos no âmbito do ordenamento do território ou os mais recentes de desenvolvimento rural no quadro da reforma da Política Agrária Comunitária. Contudo, em certas ocasiões, é necessário adaptá-los e, sobretudo, eliminar os factores que obstaculizam a sua aplicação e limitam a sua utilização eficaz.
Através do debate em torno das possíveis estratégias de adaptação às mudanças climáticas, torna-se especialmente notória a necessidade de inovação política e institucional. No âmbito da política da água, os contributos de projectos de investigação em curso que admitem as hipóteses de alteração significativa dos padrões de precipitação, assim como o aumento previsto das temperaturas, desenham cenários de mudanças preocupantes nos sistemas produtivos e consequentemente no conjunto da sociedade.
Como cenário de fundo, consolida-se a convicção do carácter fundamental da participação da sociedadel nos processos de decisão, incluindo naqueles relativos à produção de conhecimento. Paralelamente, evidenciam-se as grandes dificuldades estruturais e instrumentais para que a informação e a participação social se tornem realmente operativas na relação à mudança do modelo de gestão pretendido.
Resumindo, por um lado, propõem-se como temas centrais do VII Congresso Ibérico o balanço da década, organizado em torno do desenvolvimento da DQA, e por outro, olhar o futuro no contexto da adaptação da política da água às mudanças climáticas.
A realização do VII Congresso Ibérico em Talavera de la Reina permitir-nos-á aproximar os debates sobre a água do Tejo, o maior rio e a bacia hidrográfica mais povoada da península. Uma grande bacia ibérica internacional, hoje no centro de muitos debates que se articulam em torno da planeamento e da gestão da água, em Portugal e em Espanha.
ÁREAS TEMÁTICAS
1.Ecossistemas aquáticos.
Coordenador: Carles Ibáñez, Unidade de ecossistemas aquáticos - IRTA.
2.Economia e gestão.
Coordenador: Abel La Calle, Universidade de Almería
3.Integração, território e paisagens
Coordenador: Leandro del Moral, Universidade de Sevilha
4.Adaptação às alterações climáticas e fenómenos extremos
Coordenador: Jorge Olcina, Universidade de Alicante
5.Conhecimento e tecnologias da água.
Coordenador: Joan Corominas, Junta da Andalucía
6.Comunicação social, educação e valores
Coordenador: Javier Martínez Gil, Universidade de Saragoça
7.Convenção de Albufeira e DQA: desafios para a gestão conjunta das bacias luso-espanholas
Coordenador: Pedro Brufao, Universidade da Estremadura
8. A interconexão das bacias ibéricas sob os critérios da DQA. Ensinamentos de três décadas de transvases Tejo-Segura
Coordenadoras: Nuria Hernández-Mora y María Soledad Gallego (FNCA)
9. A gestão da água no Tejo internacional: propostas e alteranativas
Coordenador: Domingo Baeza, Universidade Autónoma de Madrid
A data do VII Congresso Ibérico coincide com o décimo aniversário da entrada em vigor da Directiva-Quadro da Água, que supõe uma renovação profunda da política da água da União Europeia. No entanto, o atraso cumulativo pela maioria das administrações ibéricas com competências em matéria de planeamento e gestão da água não permitiu, até ao momento, a realização de um balanço dos primeiros planos de gestão elaborados a partir da DQA. O congresso será um local oportuno para este debate, e em qualquer caso, um local adequado para realizar um balanço dos dez anos de política da água.
O passar da década caracteriza-se por um aprofundar da crise ecológica e por uma expansão da agenda política e de investigação, marcada por fracassos sonantes como a Cimeira do Clima em Copenhaga. Nesta agenda política europeia, ganharam visibilidade temas como a política de solos e a protecção da biodiversidade. Estes aspectos, em simultâneo com o restante da política ambiental, serão analisados à luz dos efeitos das alterações climáticas em curso. Os esforços na investigação destas éreas produziram resultados e colocaram novas questões que afectam directamente os ecossistemas hídricos e a gestão das águas. Também não podemos ignorar que a evolução da crise sistémica, desencadeada a no anterior Congresso Ibérico (Vitória-Gasteiz 2008), constitui um marco de referência que inevitavelmente condicionará o desenvolvimento das políticas da água.
Com o balanço desta década e o olhar posto no futuro, podemos destacar duas palavras-chave para a proposta científica do VII Congresso Ibérico: integração e adaptação. Através da experiência acumulada durante estes anos, sabemos que a integração de saberes e de políticas continua a ser a grande questão pendente no que diz respeito à gestão da água. Quanto à necessidade de compensar a fragmentação do conhecimento, podemos assinalar, como exemplo, a insuficiente compreensão dos processos de interacção da água com os solos ou a relação entre diversidade biológica, estado dos ecossistemas hídricos e bem-estar humano em sentido amplo.
O desenvolvimento e a aplicação de instrumentos regulamentares na acção política, continua a ser limitado e, no entanto, é cada vez mais premente a necessidade de acções políticas integradas. Todavia, existe um amplo potencial de aplicação de instrumentos existentes, como os clássicos no âmbito do ordenamento do território ou os mais recentes de desenvolvimento rural no quadro da reforma da Política Agrária Comunitária. Contudo, em certas ocasiões, é necessário adaptá-los e, sobretudo, eliminar os factores que obstaculizam a sua aplicação e limitam a sua utilização eficaz.
Através do debate em torno das possíveis estratégias de adaptação às mudanças climáticas, torna-se especialmente notória a necessidade de inovação política e institucional. No âmbito da política da água, os contributos de projectos de investigação em curso que admitem as hipóteses de alteração significativa dos padrões de precipitação, assim como o aumento previsto das temperaturas, desenham cenários de mudanças preocupantes nos sistemas produtivos e consequentemente no conjunto da sociedade.
Como cenário de fundo, consolida-se a convicção do carácter fundamental da participação da sociedadel nos processos de decisão, incluindo naqueles relativos à produção de conhecimento. Paralelamente, evidenciam-se as grandes dificuldades estruturais e instrumentais para que a informação e a participação social se tornem realmente operativas na relação à mudança do modelo de gestão pretendido.
Resumindo, por um lado, propõem-se como temas centrais do VII Congresso Ibérico o balanço da década, organizado em torno do desenvolvimento da DQA, e por outro, olhar o futuro no contexto da adaptação da política da água às mudanças climáticas.
A realização do VII Congresso Ibérico em Talavera de la Reina permitir-nos-á aproximar os debates sobre a água do Tejo, o maior rio e a bacia hidrográfica mais povoada da península. Uma grande bacia ibérica internacional, hoje no centro de muitos debates que se articulam em torno da planeamento e da gestão da água, em Portugal e em Espanha.
ÁREAS TEMÁTICAS
1.Ecossistemas aquáticos.
Coordenador: Carles Ibáñez, Unidade de ecossistemas aquáticos - IRTA.
2.Economia e gestão.
Coordenador: Abel La Calle, Universidade de Almería
3.Integração, território e paisagens
Coordenador: Leandro del Moral, Universidade de Sevilha
4.Adaptação às alterações climáticas e fenómenos extremos
Coordenador: Jorge Olcina, Universidade de Alicante
5.Conhecimento e tecnologias da água.
Coordenador: Joan Corominas, Junta da Andalucía
6.Comunicação social, educação e valores
Coordenador: Javier Martínez Gil, Universidade de Saragoça
7.Convenção de Albufeira e DQA: desafios para a gestão conjunta das bacias luso-espanholas
Coordenador: Pedro Brufao, Universidade da Estremadura
8. A interconexão das bacias ibéricas sob os critérios da DQA. Ensinamentos de três décadas de transvases Tejo-Segura
Coordenadoras: Nuria Hernández-Mora y María Soledad Gallego (FNCA)
9. A gestão da água no Tejo internacional: propostas e alteranativas
Coordenador: Domingo Baeza, Universidade Autónoma de Madrid
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