terça-feira, 1 de junho de 2010

proTEJO NO FESTIVAL DAS ARTES DA FUNDAÇÃO INÊS DE CASTRO

A cerimónia de apresentação do Festival das Artes realizou-se hoje, dia 1 de Junho em Lisboa, pelas 18h30, no Museu da Água - Reservatório da Patriarcal, Praça do Príncipe Real.
A cerimónias foi apresentada por José Miguel Júdice, membro do Conselho Executivo da Fundação Inês de Castro, e por Nuno Antas de Campos, Presidente da Comissão Executiva do Festival das Artes.
O Festival das Artes 2010, uma iniciativa organizada pela Fundação Inês de Castro, já tem data anunciada: de 16 de Julho a 1 de Agosto em Coimbra.
A cidade ganha uma nova vida ao transformar-se num palco de incontornáveis manifestações artísticas, que ganharam forma e relação em torno da temática da Água.
A génese do festival, volta a estar evidenciada na diversidade da oferta e na simbiose identificada nas várias formas de arte apresentadas, composto por cerca de 42 eventos que interpretam a Água espelhada nos vários ciclos de arte, desde a música, ao teatro, ao cinema, à literatura, sem esquecer a gastronomia e o património.
"A água dos rios" é o debate sobre a gestão dos recursos hídricos que decorrerá dia 31 de Julho pelas 16 horas no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha com os seguintes participantes:
     Franscisco Nunes Correia - Instituto Superior Técnico
     Neves de Carvalho - Electricidade de Portugal
     Paulo Constantino - proTEJO
Moderador: João Pedro Rodrigues (Água de Portugal)
CICLO MELÓMANO
A história da música será representada desde o século XVIII (Handel, Telemann e dall’Abaco, Gluck, Mozart) até à actualidade (António Pinho Vargas, Angles), passando por uma diversificada galeria de notáveis criadores musicais histórica e/ou esteticamente radicados no século XIX (Haydn, Beethoven e Schubert; Chopin e Liszt; J. Strauss e Offenbach; Wagner, Mahler, Verdi e Puccini) e da(s) modernidade(s) que explode(m) no século XX (Debussy; Ravel e Chausson, Sibelius, Orff, Berio, Ligeti e Stockhausen), para além da evocação, em jeito de boas-vindas a Coimbra, de nomes como Luís Goes, José Afonso e Virgílio Caseiro.
Para a reinvenção deste reportório, e para além das boas-vindas a cargo da Orquestra Clássica do Centro e do Coro dos Antigos Orfeonistas dirigidos por Virgílio Caseiro, visitarão o Festival o Concerto Köln, a Orquestra Gulbenkian dirigida por Joana Carneiro e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Cesário Costa, os pianistas Pedro Burmester, Etsuko Hirosé, Miguel Henriques e António Pinho Vargas, as cantoras Ana Quintans e Sónia Alcobaça, o Quarteto de Cordas de Matosinhos e o coro Lisboa Cantat. Assinale-se, ainda, a visita da Orquestra Geração durante a qual será divulgado o projecto social que a integra.
CICLO COREOGRÁFICO
No âmbito coreográfico, têm lugar no Festival
“O auto da barca do Inferno” de Gil Vicente (séc. XVI) numa produção do TEUC (Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra) e
“Maiorca” pela Companhia Paulo Ribeiro (séc XXI), sobre os “24 prelúdios” de Chopin.
CICLO DA PALAVRA
A palavra escrita será representada por leituras da
“Carta de Pêro Vaz de Caminha” (séc. XV) por André Gago e …
“A menina do mar” de Sophia de Mello Breyner (séc. XX) por Beatriz Batarda, com música original de Bernardo Sassetti
“Contos à volta do lago”, selecção de histórias para crianças pela Camaleão Associação Cultural.
CICLO CINÉFILO
O cinema clássico será ilustrado por duas obras emblemáticas entre os filmes que misturam exemplarmente drama e aventura:
“Revolta na Bounty” de Frank Lloyd (1935) e
“A rainha africana” de John Huston (1951).
Em contraponto, cabe a “Respirar (debaixo de água)” de António Ferreira (2000) representar o actual cinema português. E haverá espaço para o documentário “Oceanos” de Jacques Perrin (2009).
CICLO DAS ARTES
Nos domínios das artes plásticas, estarão em permanência, durante todo o período do Festival, 5 exposições:
“Do mar profundo”, sobre ilustrações de Miguelanxo Prado para o seu filme “De Profundis”;
“Valsamar”, instalação de António Barros, a partir de um texto de José Tolentino Mendonça.
“Curtas sobre a Água” com projecção de 11 filmes de vídeo, produzido pela Dupla Cena “Inventar a água”, projecto escolar sobre “A menina do mar” e “A sereiazinha” de C. Andersen; “???”, com obras da colecção BES Arte&Finanças.
Ciclo de conferências sobre as artes
A programação inclui também 5 conferências sobre a presença da água em várias formas de arte:
“Águas mil” de Jorge Calado (água e fotografia),
“Tumultos e espelhos” de Ricardo Cruz-Filipe (água e pintura),
“Desenhar a água” de João Miguel Lameiras (água e banda desenhada)
“Os 4 rios do Paraíso” de Cristina Castel-Branco (água e arquitectura) e
“Águas filmadas” de Abílio Hernandez (água e cinema).
CICLO DA VIDA
A água como motora civilizacional e elemento de sustentabilidade ambiental incluirá 2 conferências:
“O rosto da água” de Viriato Soromenho Marques (água e civilização) e
“Marcas da água” de Alexandre Ramires (água e paisagem urbana).
O ciclo é completado por dois debates:
1) participação de Helena Freitas, Nelson Geada e Francisco Manso, com moderação de Rui Ferreira dos Santos
2) participação de Francisco Nunes Correia, Neves de Carvalho e Paulo Constantino, com moderação de João Pedro Rodrigues.
CICLO GASTRONÓMICO
Integra também o programa do Festival um ciclo gastronómico que inclui 3 jantares “gourmets”, confeccionados por Santi Santamaria, Ana Moura com apoio de Joachim Korper e Vítor Dias com apoio de Albano Lourenço,
Completa o ciclo a conferência “Sabores e luxúrias” de José Bento dos Santos sobre água e gastronomia.
CICLO TURÍSTICO
Finalmente, o Festival proporciona um ciclo turístico que será preenchido com 4 propostas:
“Por este rio acima”, percurso no Mondego a bordo do barco “Basófias” com música jazz ao vivo,
“Coimbra, um outro olhar”, percurso na cidade com apontamentos cénicos da Casa da Esquina
“Dos vinhos em volta” (visita à Quinta do Encontro em S. Lourenço do Bairro – Anadia)
“Desta água que corre” (visita ao complexo termal do Luso, Palácio do Buçaco e envolvente).
Refiram-se, a concluir, como projectos de visibilidade,
“Regata Barco-Dragão”, no rio Mondego, organizada pela Câmara Municipal de Coimbra com a Associação Naval Amorense e
“Montras festivas”, exibição nas montras de livrarias da baixa de Coimbra de uma selecção, da autoria de José Carlos Seabra Pereira, das mais relevantes obras literárias sobre a água.
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