segunda-feira, 12 de junho de 2023

proTEJO defendeu em Espanha um rio Tejo vivo e livre com caudais ecológicos nas XII Jornadas “Por Um Tejo Vivo” da Rede do Tejo que se realizaram em Aranjuez

Nota de Imprensa

proTEJO defendeu em Espanha um rio Tejo vivo e livre 

com caudais ecológicos nas XII Jornadas “Por Um Tejo Vivo” 

da Rede do Tejo que se realizaram em Aranjuez

12 de junho de 2023

O proTEJO defendeu em Espanha um rio Tejo vivo e livre com caudais ecológicos nas XII Jornadas “Por Um Tejo Vivo” da Rede do Tejo (Rede de Cidadania Ibérica por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes) que se realizaram em Aranjuez no passado fim de semana, nos dias 10 1 11 de julho.

Nessa comunicação aos seus parceiros de Espanha foi referido que “a água enviada por Espanha pelo Tejo para Portugal é suficiente (63% da disponibilidade hídrica da bacia do Tejo em Espanha), mas precisamos que seja enviada com a implementação de caudais ecológicos que representem o regime natural do rio de acordo com a sazonalidade das estações do ano, ou seja, caudais ecológicos regulares, contínuos, medidos em m3/s, maiores no inverno e menores no verão”.

O porta voz do proTEJO, Paulo Constantino com a apresentação
“Por um Tejo livre com caudais ecológicos”

Acrescentou que “a inexistência destes caudais ecológicos está a destruir os ecossistemas aquáticos e a dificultar a reprodução das espécies piscícolas migratórias, a impedir uma gestão da água pelos agricultores em Portugal como ainda hoje foi noticiado em Portugal, e a colocar em causa o usufruto pelas populações ribeirinhas”.

E afirmou ser “inaceitável que a Iberdrola continue a fazer o que quer com os caudais do rio Tejo uma vez que existe uma obrigação legal de implementação de caudais ecológicos na legislação europeia, na legislação portuguesa e na legislação espanhola, e que, portanto, se estende à própria Convenção de Albufeira”.

No final, denunciou que “o Governo português tem uma posição submissa perante Espanha e que para resolver a ilegalidade de ausência de caudais ecológicos propõe a construção da barragem do Alvito no rio Ocreza com a argumentação de que pretende alcançar a regularização dos caudais que afluem de Espanha. Trata-se de remendar uma ilegalidade com uma barragem que destrói ecossistemas, que custará 400 milhões de euros aos contribuintes e que a EDP não quis construir por não ser rentável.

O proTEJO mantém que deve ser exigida a aplicação da lei em vigor e comunicou aos seus congéneres espanhóis a sua rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens - Projeto Tejo e barragem do Alvito no rio Ocreza – que pretende retirar a quase totalidade do caudal do rio Tejo que aflui de Espanha para uso no regadio intensivo, impossibilitando a existência de suficientes caudais de chegada ao estuário e ao mar, pervertendo esta função ecológica prevista na Convenção de Albufeira, o que causará graves desequilíbrios ecológicos no estuário do Tejo.

Estas Jornadas mostraram-se determinantes para conhecer as atuais problemáticas ligadas à ação humana sobre a bacia do Tejo, para definir estratégias comuns de atuação e para reforçar a coesão das organizações que integram a Rede do Tejo.

As Jornadas coincidiram com a celebração da Assembleia Anual da Fundação Nova Cultura da Água e com debates sobre a relação passada, presente e futura da água e da agricultura no contexto dos processos de mudança climática, tendo a Fundação distribuído os prémios “Dragona Ibérica”, com o qual o proTEJO foi agraciado em Zaragoza, no ano de 2010.

Na despedida das XII Jornadas “Por Um Tejo Vivo” foi realizado um passeio de canoa no rio Tejo ao longo dos jardins de Aranjuez.

Mais informação: Paulo Constantino +351919061330

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