domingo, 24 de fevereiro de 2019

CENTENAS DE CIDADÃOS PROTESTAM CONTRA A POLUIÇÃO DA RIBEIRA DA BOA ÁGUA E DA RIBEIRA DO SERRADINHO

Cerca de 300 cidadãos, incluindo autarcas e ambientalistas, protestaram no dia 23 de fevereiro de 2019 junto à ribeira da Boa Água, em Torres Novas, Santarém, contra a poluição daquele curso de água e contra o funcionamento de uma fábrica que responsabilizam pela situação.

Nesta manifestação foi aprovada a seguinte recomendação:
"Recomendação do Nicho II"
Por uma vida com qualidade
Juntamo-nos hoje aqui, dia 23 de fevereiro de 2019, para reafirmarmos a nossa vontade e determinação pelo direito a uma vida digna com qualidade e a um ambiente sustentável.
Tal como fizemos no dia 16 de setembro de 2016, reafirmamo-lo hoje novamente, com a mesma determinação e com a convicção de que a razão está do nosso lado.
O caminho percorrido até aqui, tem sido sinuoso, mas determinado e assim vai continuar até que a vitória seja completa.
A Fabrióleo teve ordem de encerramento por parte das instituições credenciadas para tal, o IAPMEI. Esta foi uma grande vitória que o povo obteve. Infelizmente o poder judicial não atendeu ao sofrimento de tanta gente.
Desenganem-se aqueles que julgam que o dinheiro tudo compra, ou que tudo empata.
Assistimos hoje ao seguinte dilema: ou acontece o despovoamento das nossas aldeias ou acontece o encerramento da empresa Fabrióleo.
A nossa convicção é que as aldeias e as suas gentes vão ficar.
Este ajuntamento de pessoas envia daqui este grito de revolta, mas também de esperança: aos poderes políticos e judiciais, às instituições de fiscalização, à opinião pública e à comunicação social.
Nicho de Riachos, 23 de fevereiro de 2019
Movimento “Basta”

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

proTEJO - REUNIÃO DE TRABALHO - 23 DE FEVEREIRO DE 2019

CONVITE
REUNIÃO DE TRABALHO
23 de fevereiro de 2019
Exmos. Senhores
O proTEJO – Movimento Pelo Tejo vem convidá-los a estarem presentes na sua Reunião de Trabalho que se realizará no dia 23 de fevereiro de 2019 (sábado) pelas 9 horas e 30 minutos, com encontro no Largo do Paço em Torres Novas, com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Análise da passada reunião com o Senhor Ministro do Ambiente;
2º Apreciação de proposta de protocolo entre o proTEJO, a APA e a IGAMAOT;
3º Definição da estratégia de ação do proTEJO;
4º Diversos.
Esta iniciativa encontra-se aberta às organizações e aos cidadãos que referenciem como partilhando este objetivo, pelo que agradecemos que as convidem a estarem presentes.

Na parte da tarde, a partir das 15h01m decorrerá um "AJUNTAMENTO DE GENTE CONSCIENTE" junto à Ribeira da Boa-Água em Nicho-Riachos, promovido pelo "Basta!" e apoiado pelo proTEJO, em defesa deste recurso hídrico e das populações afetadas pela sua poluição e degradação.


PARTICIPEM!
SÓ COM A VOSSA PRESENÇA PODEMOS SEGUIR EM FRENTE NA DEFESA DO TEJO!
A PARTICIPAÇÃO DOS ADERENTES E O ENVOLVIMENTO DOS CONVIDADOS É UM IMPORTANTE INCENTIVO MORAL!
CONTAMOS CONVOSCO!
Como chegar?
Largo do Paço em Torres Novas
Perto de: Santiago, Torres Novas
39°28'41.8"N 8°32'23.3"W
39.478263, -8.539816

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

RESUMO DA REUNIÃO COM O SENHOR MINISTRO DO AMBIENTE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

RESUMO DA REUNIÃO COM O
SENHOR MINISTRO DO 
AMBIENTE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
12 de fevereiro de 2019
Presentes do Movimento proTEJO Porta-Vozes (Paulo Constantino e Ana Brazão-GEOTA), Movimento BASTA! (Pedro Triguinho), Quercus (João Branco), ZERO (Carla Graça), LPN (Inês Cardoso), EcoCartaxo (José Louza), Movimento Cívico Ar Puro (António Costa).
Presentes da Administração Pública: Ministro do Ambiente e Transição energética João Pedro Marques Fernandes (e Assessora), Secretário de Estado do Ambiente Carlos Martins, Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) Pimenta Machado, Diretora do Departamento Recursos Hídricos da APA Maria Felisbina Lopes Quadrado.
1. Ponto de situação dos 10 casos de poluição apresentados em 2017;
O proTEJO apresentou a situação atual dos 10 casos de poluição apresentados ao Senhor Ministro do Ambiente em 2017 frisando que apenas 3 estariam resolvidos e que os restantes se mantinham na mesma situação.
Foram abordados de forma mais específica os problemas de poluição da Ribeira da Boa Água pelo Movimento “Basta” e da poluição do rio Maior pelo Movimento Cívico “Ar Puro”.
O Ministério do Ambiente e Transição Energética ficou de elaborar um ponto de situação de cada um dos 10 casos e apresentar um documento com as medidas já tomadas para cada um destes casos. Para os casos abordados, não foram transmitidas perspetivas de desenvolvimentos futuros por parte do Ministério.
2. Ponto de situação do protocolo de cooperação entre o Ministério do Ambiente e o proTEJO - Movimento pelo Tejo;
O proTEJO congratulou-se por ter sido apresentada uma proposta de protocolo entre o proTEJO, APA e a IGAMAOT para esta reunião, mas por ter sido apresentada muito próximo da data da reunião. Sendo o proTEJO um movimento com vários signatários teria de se concertar internamente antes de confirmar a assinatura, pelo que apenas será possível dar uma resposta até ao final do mês.
Acresceu-se ainda que o proTEJO pretende aproveitar este momento para apresentar uma proposta que, além da concertação de esforços para a fiscalização, abranja uma contribuição para a prevenção.
O Ministério do Ambiente e Transição Energética aceitou aguardar a proposta do proTEJO.
3. Abordagem da Convenção de Albufeira quanto ao regime de caudais e ao estado ecológico das massas de água transfronteiriças;
O proTEJO apresentou as suas preocupações no sentido de, no âmbito do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo e da Convenção de Albufeira, serem definidos efetivos regimes de caudais ecológicos e, além dos caudais trimestrais e semanais, serem determinados caudais ecológicos diários.
O Ministério do Ambiente e Transição Energética referiu que estavam em conversações no âmbito da Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira (CADC) para, em anos e não em meses, conseguirem ajustar o problema dos caudais, não tendo assumido se tentariam negociar especificamente caudais diários.
A APA explicou como estavam a ser revistas as questões dos caudais ecológicos, assim como a respetiva metodologia de cálculo. Referiu que o principal fator a ter em conta era a cascata do Tejo e que existiam algumas das barragens onde estava em estudo a implementação de dispositivos de libertação de caudal ecológico, que nem sequer existia nalguns dos casos.
4. Alterações à legislação para a proteção dos recursos hídricos;
O proTEJO apresentou algumas questões neste âmbito, como o aviso prévio às instalações industriais sobre as inspeções, tendo o Ministério do Ambiente e Transição Energética considerado que essa questão já tinha sido resolvida na definição das novas licenças de utilização de recursos hídricos.
5. Esclarecimentos e resposta a questões sobre a situação da bacia do Tejo.
a) O Projeto Tejo e a Barragem da Lezíria no Programa Nacional de Regadios aprovado a 20 de setembro de 2018;
O proTEJO manifestou preocupações com a implementação do Projeto Tejo e com o facto de poder estar a dar-se início à construção do conjunto de açudes, que este projeto prevê, com a aprovação da barragem da Lezíria em Vila Franca de Xira no Programa Nacional de Regadios aprovado a 20 de setembro de 2018.
O Ministério do Ambiente e Transição Energética disse desconhecer o Projeto Tejo, e desvirtuou anúncios de planos apenas referidos nos meios de comunicação social e que na prática não existem. Sobre o caso específico da modernização do aproveitamento hidroagrícola da Lezíria, disse que não implica nenhuma barreira, e que é o Ministério da Agricultura o responsável sobre os investimentos no âmbito do Plano Nacional de Regadios.
b) Estudo de viabilidade à Barragem do Alvito aprovado em Resolução da Assembleia da República e o contrato da EDP para Barragem do Alvito no âmbito do Programa Nacional de Barragens;
Questionado sobre a possibilidade de construção da barragem do Alvito o Ministério do Ambiente e Transição Energética referiu que não tinha existido qualquer decisão nesse sentido, mas que seria um “novo Alvito” diferente do que cancelou em 2016 e que a sua construção permitiria garantir a disponibilidade de água no rio Tejo em Portugal.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

proTEJO NO 3 FÓRUM IBÉRICO DO TEJO

O proTEJO – Movimento pelo Tejo participou no 3º Fórum Ibérico do Tejo, nos dias 7 e 8 de fevereiro, organizado pelo município de Toledo em colaboração com a Confraria Ibérica do Tejo, a Universidade de Castilla La Mancha e a Tagus Facsa adc UTE, tendo ainda participado um número significativo de outras entidades entres as quais o Município de Azambuja, o Município de Aranjuez, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Confederátion Hidrográfica del Tajo, a Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo e seus afluentes, entre outras.

Abaixo apresentamos-vos o Manifesto de compromisso conjunto das comunidades do Tejo em defesa do património fluvial comum aprovado e assinado nesse encontro.
Manifesto em defesa de um Tejo Vivo (português e espanhol)

3º Fórum Ibérico do Tejo Trabalhando juntos pelo Tejo
MANIFESTO EM DEFESA DE UM TEJO VIVO
Toledo, 8 de fevereiro de 2019
O rio Tejo, no seu eixo central e em muitos dos seus afluentes, está à beira do colapso ambiental.
Na parte espanhola da bacia, esta situação deriva de muitos anos de gestão irracional, condicionada pelas regras de exploração do transvase Tejo-Segura, que respondem às exigências dos beneficiários do transvase e acrescentam um impacto incomportável às próprias pressões que a bacia do Tejo já sofre: descargas de águas residuais insuficientemente depuradas da Comunidade de Madrid e outros aglomerados urbanos, descargas ilegais, regulação de leitos, alteração de regimes de caudais, ocupação do domínio público hidráulico, destruição de bosques-galeria, colonização de espécies invasoras ou poluição difusa proveniente de atividades agrícolas.
Na parte portuguesa, a falta de caudais por excesso de regulação e a limitação de água proveniente de Espanha resultou na sedimentação do leito do Tejo, na alteração da dinâmica fluvial e estuarina e na salinização das águas subterrâneas. A falta de controle das descargas, tanto legais quanto ilegais, também afetou negativamente a qualidade da água.
Esta gestão condicionou e limitou todas as comunidades ribeirinhas do Tejo e dos seus afluentes para o usufruto de um património ecológico, social, cultural, paisagístico e económico de primeira grandeza.
Os planos de gestão da bacia hidrográfica aprovados por Espanha e Portugal não abordaram eficazmente estes desafios. Na parte espanhola, o último Plano assume a perda da prioridade da bacia do Tejo e das suas comunidades ribeirinhas face ao transvase Tejo-Segura, apesar de esta prioridade estar reconhecida por lei. Assume também que o Tejo e os seus afluentes não terão um regime de caudais ecológicos obrigatórios até 2027 (na melhor das hipóteses). Não se cumpre a Diretiva-quadro da Água para a demarcação do Tejo, nem se aplica a nova política europeia da água aos nossos rios, prisioneiros de uma gestão hídrica ancorada em postulados do século XIX.
Os cenários de alterações climáticas prognosticam uma redução acentuada dos caudais na demarcação do Tejo em épocas de verão nas próximas décadas, o que afetará os atuais usos, o abastecimento urbano, a produção hidroelétrica, os regadios e acentuará a degradação ambiental do rio se não mudarem as políticas e os planos que determinam a sua gestão. A capacidade dos países ibéricos para cumprirem a Convenção de Albufeira em vigor também será afetada.
Para reverter esta situação, grupos sociais, municípios e cidadãos da bacia hidrográfica do Tejo, de Espanha e Portugal, apoiam este manifesto e denunciam:
  O atual Plano Hidrológico para a parte espanhola da demarcação hidrográfica do Tejo (2015-2021), que considera o transvase Tejo-Segura e o regulamento derivado do Memorando do Tejo (Lei 21/2013 sobre avaliação ambiental, Lei 21/2015 de Montes e o Decreto Real 773/2014, que aprova as normas regulamentadoras do transvase pelo aqueduto Tejo-Segura) como pré-condições ao processo de planificação. Desta forma, o Plano contribui para que as necessidades da bacia do Tejo percam a prioridade que a lei lhes confere sobre qualquer eventual transvase. O processo de planeamento e gestão hidrológica no Tejo é assim distorcido e condicionado, tornando vulnerável a diretiva europeia e estatal.
  A perda de oportunidades de desenvolvimento nos municípios ribeirinhos do Tejo e a alteração da dinâmica fluvial do rio, que afeta as comunidades fluviais e a vegetação ripícola que dela dependem, como consequência das regras de exploração do transvase Tejo-Segura atualmente vigentes e derivadas do acordo político do Memorando do Tejo.
  A presença de altos níveis de poluição, como resultado de descargas de águas residuais insuficientemente depuradas ou por depurar, e descargas descontroladas ou ilegais provenientes de indústrias ou de outras atividades económicas.
  A situação do Tejo na Extremadura, um rio artificializado que perdeu a sua dinâmica natural por estar sujeito a um intenso aproveitamento hidroelétrico e à gestão da central nuclear de Almaraz.
  Na parte portuguesa, a falta de caudais por regulamentação nacional excessiva e a limitação de caudais provenientes de Espanha resultou numa maciça sedimentação a partir da barragem de Belver e até Vila Franca de Xira. A qualidade da água também é muito fraca, como resultado de descargas de diferentes indústrias, especialmente fábricas de papel, bem como de centros urbanos.
  A falta de caudal no estuário alterou-lhe a dinâmica pelo que as marés vivas chegam já até Santarém, afetando as comunidades biológicas do estuário e do rio, mas também causando efeitos de salinização de aquíferos. Assim, as captações de águas subterrâneas evidenciam níveis de salinidade que impedem a sua utilização para abastecimento ou para irrigação. A cunha salina já atingiu os campos da lezíria de Vila Franca de Xira até Salvaterra de Magos.
  Em todos os municípios ribeirinhos portugueses são detetados problemas de poluição, acentuados por descargas ilegais ou descontroladas de queijarias, lagares e adegas, instalações de pecuária intensiva, etc. Essas descargas ocorrem regularmente e sem controle oficial.
Por todas estas razões, cidades, povoados e coletivos de cidadãos da bacia hidrográfica do Tejo de Espanha e Portugal unem-se para defender o Rio Tejo e a sua bacia hidrográfica, e exigem:
 A criação e implementação, no Tejo e em todos os seus afluentes da bacia hidrográfica, de um regime de caudais ecológicos que permita recuperá-los como rios vivos e retomarem o importante papel ecológico, cultural, paisagístico, económico e social que devem desempenhar. No trecho médio do Tejo em Espanha exigimos o estabelecimento de um caudal mínimo de, pelo menos, 11,74 m3/s em Aranjuez, 23 m3/s em Toledo e 27,82 m3/s em Talavera de la Reina, com uma variação temporal semelhante à do regime natural. No troço Português o estabelecimento de um regime de caudais adequado para o estuário, a fim de fazer recuar a cunha salina, proteger e reforçar as margens e combater a sedimentação.
  A revisão do Acordo de Albufeira, de modo a permitir a chegada a Portugal de um regime adequado de caudais ambientais em Cedillo e em condições adequadas de qualidade.
  O fim do transvase Tejo-Segura, cuja permanência e novo regime de exploração não permitem a recuperação do rio. Exigimos o fim da atual política de transvases e a recuperação dos volumes de água na cabeceira do Tejo para níveis que garantem as necessidades sociais e ambientais das populações ribeirinhas, assim como a imediata revogação da limitação das descargas máximas mensais e anuais de Entrepeñas e Buendía para o rio Tejo.
  A melhoria nos sistemas que garantem uma depuração ótima, contínua e eficiente das descargas em toda a bacia do Tejo, especialmente as da Comunidade de Madrid, cujos volumes, devido à sua elevada população, têm um impacto especialmente no troço médio do eixo central do Tejo.
  A redução e eliminação da poluição de todos os tipos no rio Tejo, através do controle efetivo dos resíduos industriais, urbanos e agropecuários.
  Um levantamento dos obstáculos que impedem a dinâmica natural do Tejo e dos seus afluentes, e uma proposta de adequação compatível com essa dinâmica natural e com as necessidades das diferentes comunidades biológicas autóctones, bem como com os seus valores patrimoniais ou paisagísticos.
  Uma política ambiental rigorosa que combate a proliferação de espécies alóctones e invasoras.
Com a finalidade de restabelecer a vida e a dignidade do Tejo - um rio vivo - cidades, vilas e grupos de cidadãos da bacia do Tejo em Espanha e Portugal, também propõem aos governos dos seus países que trabalhem em conjunto e adotem as seguintes medidas:
 Definir e implementar uma política de reflorestamento dos terrenos de domínio público, com a finalidade de aumentar os caudais dos rios da bacia hidrográfica e contrariar os efeitos das alterações climáticas.
  Definir e implementar uma política agro-silvo-pastorícia para promover a recuperação e melhoria dos solos, bem como para aumentar o nível das águas subterrâneas e reduzir a impacto negativo das alterações climáticas.
 Criar um grupo ibérico trabalhando em conjunto, aberto, inclusivo e plural, que integre, além dos representantes oficiais, as comunidades empresariais, académicas e civis, com o fim de contribuir para a implementação deste conjunto de medidas.
Finalmente, devido à magnitude dos problemas acumulados na bacia do Tejo, propõe-se que o trabalho conjunto deve ser seguido pela União Europeia, em conformidade com o Artigos 5.º, 3.º do Tratado da União Europeia (TUE) e do Protocolo (n.º 2) relativo à aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade.
Em suma, a cidadania do Tejo exige uma gestão dos rios da bacia que tem como objetivo evitar a sua deterioração, recuperá-los como rios vivos para toda a cidadania e valorizar os valores patrimonial, ambiental e social associados.
Aprovado e assinado em Toledo, 8 de fevereiro de 2019

sábado, 9 de fevereiro de 2019

"AJUNTAMENTO DE GENTE CONSCIENTE" CONTRA A POLUIÇÃO DA RIBEIRA DA BOA-ÁGUA E DA RIBEIRA DO SERRADINHO

COMUNICADO
"AJUNTAMENTO DE GENTE CONSCIENTE"
CONTRA A POLUIÇÃO DA
RIBEIRA DA BOA-ÁGUA E DA RIBEIRA DO SERRADINHO
23 de fevereiro de 2019
No próximo Sábado, dia 23 de fevereiro, às 15h01m, a população do Concelho de Torres Novas vai sair à rua num protesto a que se resolveu chamar de "AJUNTAMENTO DE GENTE CONSCIENTE", junto à Ribeira da Boa-Água no Largo do Nicho-Riachos (perto do Torreshopping em Torres Novas), organizado pelo BASTA - Movimento informal de cidadãos com o apoio do proTEJO – Movimento pelo Tejo, em defesa destes recursos hídricos e das populações afetadas pela sua poluição e degradação.
O movimento BASTA surgiu devido aos graves níveis de poluição provocados por uma empresa situada em Carreiro da Areia, concelho de Torres Novas, cujo historial todos conhecem.

O motivo deste "AJUNTAMENTO DE GENTE CONSCIENTE" prende-se com o fato dos problemas ambientais na Ribeira da Boa-Água e na Ribeira do Serradinho terem vindo a agravar-se, apesar do IAPMEI ter dado ordem de encerramento àquela empresa em março de 2018, processo que ainda decorre nos tribunais.
Relembramos que a Ribeira da Boa-Água desagua no Rio Almonda, que atravessa a meio a Reserva Natural do Paúl do Boquilobo, primeira classificação da UNESCO de Reserva da Biosfera em Portugal, acabando o Rio Almonda por desaguar no Rio Tejo.
Vamos elevar a nossa voz e chamar a atenção dos órgãos de soberania e das autoridades competentes para os graves problemas ambientais e de saúde pública causados pela poluição destas Ribeiras.
O mote mantém-se:
"Queremos viver com dignidade, deixem-nos respirar."
PARTICIPEM!
SÓ COM A VOSSA PRESENÇA PODEMOS SEGUIR EM FRENTE NA DEFESA DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES!
A PARTICIPAÇÃO E O ENVOLVIMENTO DOS CIDADÃOS É UM IMPORTANTE CONTRIBUTO!
CONTAMOS CONVOSCO!
Como chegar?
Largo do Nicho-Riachos
2350-292 Torres Novas
Torres Novas, Santarém
39°27'53.9"N 8°31'23.8"W
39.464960, -8.523282
Perto de: Torreshoping, Torres Novas