O rio Tejo está a ser vítima de eutrofização no alto Tejo trazendo consigo um tapete verde de algas, causado pela poluição e pela redução do
caudal, um problema cada vez mais frequente a colocar em causa a qualidade da
água que põe em causa a sobrevivência das espécies piscícolas, as actividades de lazer e a qualidade dos produtos
agrícolas sujeitos à rega desta água poluída.
Repete-se o cenário 8 anos depois do que aconteceu em Setembro de 2009, como podemos ver aqui.
Este tapete verde de algas reduz os níveis de oxigénio na água colocando os ecossistemas aquáticos em perigo de sobrevivência.
De acordo com um testemunho que nos fizeram chegar "Na passada 6ª feira, 15 de Setembro, foram efetuadas análises no rio
Tejo junto à barragem do Fratel e à barragem do Cabril no rio Zêzere
constatando-se que os níveis de oxigénio na água à superfície (oxigénio dissolvido) no rio Tejo em
Fratel eram 100 vezes inferiores aos níveis medidos no rio Zêzere em Cabril. O
oxigénio era tão baixo no rio Tejo que os peixes ou aprendem a respirar fora de
água ou morrem. Esta é a realidade deste rio.
Os rios produzem e consomem oxigénio, sendo o seu
equilíbrio essencial a vida do rio. A concentração de oxigénio na água é
designada por oxigénio dissolvido (OD) e é medida em mg/L e % de saturação. Rios
saudáveis devem ter níveis com cerca de 8 mg/L e acima de 90% de saturação.
Valores de OD abaixo de 5 mg/L criam
situações de elevado stress aos seres vivos provocando aumento de bactérias,
decomposição dessa matéria e formação de gases como enxofre. Quando os níveis de
OD são inferiores a 2 mg/L leva à morte
da maioria dos organismos. Estes níveis são atingidos quando existe um grande
nível de poluição e aparecimento em grande escala de matéria orgânica em
decomposição."
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