terça-feira, 22 de abril de 2014

proTEJO INTERPELA CANDIDATOS ÀS EUROPEIAS DE 2014

Preocupações com situação do rio Tejo e da sua bacia hidrográfica levaram o proTEJO – Movimento pelo Tejo a interpelar as várias candidaturas ao Parlamento Europeu, com uma carta solicitando reuniões e destacando vários problemas.
Este movimento realça que “o rio Tejo e a sua bacia hidrográfica é uma grande riqueza de Portugal, da Península Ibérica e da Europa”. Mas considera que é uma riqueza “muito maltratada”, situação que recorda já ter motivado em 2012 uma petição ao Parlamento Europeu.
O proTEJO manifesta a sua “preocupação com os transvases de água do Tejo para outras regiões de Espanha que colocam em causa os caudais ecológicos na sua bacia hidrográfica, particularmente em Portugal”. E com o que diz ser a “falta de transparência e de coordenação entre Portugal e Espanha na gestão da Bacia Hidrográfica do Tejo”.
O proTEJO manifesta ainda a sua preocupação com “a elevada poluição do rio Tejo, que sofre uma grande pressão com os esgotos da área metropolitana de Madrid, que recebe através do seu afluente Jarama. Para além de problemas graves de poluição que perduram em afluentes portugueses do rio Tejo, particularmente o rio Alviela e o rio Maior/ Vala de Azambuja”.
O movimento valoriza a Bacia Hidrográfica do Tejo como “um pilar fundamental da agricultura em Portugal”, mas alerta que “a actividade agrícola é um dos principais factores de poluição das suas águas”, e considera “urgente” que essa actividade “se processe de uma forma ecológica e sustentável, para se salvaguardar o futuro tanto da Bacia Hidrográfica do Tejo como da Agricultura na área”.
A “crescente eucaliptalização” da Bacia Hidrográfica do Tejo é outro motivo de preocupação para o proTEJO, “pela degradação dos solos, pelas escorrências, pela ameaça à biodiversidade. E pela concentração das indústrias de celulose na zona de Rodão, logo à entrada do rio em Portugal”.
O proTEJO expressa ainda que defende “o encerramento da central nuclear de Almaraz, Espanha, localizada a apenas 100 quilómetros de Portugal, que já ultrapassou há 2 anos o seu prazo de validade e tem sido afectada por frequentes avarias”. O movimento sublinha que“esta central nuclear é refrigerada com águas de um afluente do rio Tejo”.

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