segunda-feira, 5 de março de 2012

PESCA DA LAMPREIA NO CONCELHO DE ALMEIRIM

PESCA DA LAMPREIA NO CONCELHO DE ALMEIRIM
“O lançamento das redes à água pelo homem, enquanto a mulher toma o comando do barco com os remos dá o início à faina da pesca, que pode levar cerca de sessenta minutos. Finda esta tarefa, dá-se início ao recolher das redes pelo homem e se algumas lampreias, entretanto, tiverem ficado presas às redes, o esforço despendido será desta forma recompensado. Novamente a mulher tem um papel relevante ao manobrar a embarcação avieira denominada por bateira com os remos de forma a tornar mais cómoda a tarefa do homem na recolha das redes. O regresso ao local de partida é feito agora com o apoio do motor fora de bordo, permitindo aos pescadores terem possibilidades de realizarem mais alguns lanços antes de regressarem às suas casas, para o merecido descanso. O aparecimento de caranguejos em grande número neste troço do rio Tejo, tem o inconveniente de ser necessário mais tempo na “safa” das redes para o próximo lanço. A poluição das águas também é factor de desagrado para estes pescadores, que lamentam que as autoridades competentes não encontrem soluções para a redução das fontes de poluição principalmente a montante deste troço do Tejo. Por outro lado, há outro motivo de preocupação para os pescadores pelo motivo do aparecimento de bandos constituídos por centenas de corvos marinhos os quais têm permanecido durante bastante tempo, nos últimos anos, onde existam praias ao longo do rio Tejo.” (texto e foto: Luís Cunha Romão).

sábado, 3 de março de 2012

QUERCUS EMITE PARECER SOBRE O PROJETO DE PLANO DE GESTÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO

No âmbito do procedimento de consulta pública a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, membro do proTEJO, apresentou o seu próprio parecer sobre o projecto do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo (PGRHT), após análise dos documentos disponíveis na Plataforma Digital disponibilizada pela ARH Tejo para a participação pública, tendo realizado as seguintes considerações prévias que se apresentam abaixo.
"Considerações prévias
Considerando a reconfiguração do Governo, bem como as alterações introduzidas na nova orgânica do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), é absolutamente essencial adaptar o presente Plano, bem como as medidas propostas, de forma a garantir a sua plena execução.
A questão da gestão dos recursos hídricos no nosso País apresenta várias deficiências, a maior parte das quais decorrente dos contextos legais e institucionais. A enorme profusão de entidades com competências na área dos recursos hídricos, muitas vezes com sobreposição das mesmas, nem sempre em articulação entre si, tem estado na origem de muitos dos problemas, dificultando a gestão e a operacionalização dos planos de bacia.
Seria importante que os actuais Planos de Gestão de Região Hidrográfica procurassem ir além dos anteriores planos de bacia, dando resposta às questões que estão na origem da desarticulação entre as várias entidades competentes, com vista a fomentar um novo paradigma na gestão dos recursos hídricos em Portugal."