quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MINISTÉRIO DO AMBIENTE ESPANHOL ASSUME PLANEAMENTO DO TRANSVASE DO MÉDIO TEJO

Acrescentamos as novas notícias que afirmam ter sido o próprio Secretário de Estado da Água do Ministério do Ambiente a afirmar que:
   1º Existem estudos sobre a viabilidade do aqueduto desde Valdecañas;
   2º A Confederação Hidrográfica do Tejo (CHT) "está a fazer o seu trabalho" para estudar a viabilidade do transvase do Médio Tejo.
O Ministério do Ambiente espanhol assume que a Confederação Hidrográfica do Tejo está a estudar a viabilidade do novo transvase do Médio Tejo Espanhol desde a barragem de Valdecañas, inserido no processo de planeamento da gestão da região hidrográfica do Tejo em Espanha, a qual em bacias de rios internacionais, segundo a Directiva Quadro da Água deve ser realizada com coordenação entre ambos os países.
Se o Ministério do Ambiente português não sabe tinha o direito de saber por comunicação do Ministério do Ambiente espanhol!
Compactuará com o estrangulamento e degradação do rio Tejo em Portugal se continuar a ignorar e a cruzar os braços perante a evidência e a assumpção dos Governantes espanhóis de que está a decorrer um estudo de viabilidade do novo transvase do Médio Tejo espanhol desde a barragem de Valdecañas inserido no processo de planeamento da gestão da região hidrográfica do Tejo em Espanha.

JORNAL LA OPINIÓN DE MURCIA
Tejo - Segura
O Secretário de Estado da Água, que continua no Ministério do Ambiente após a saída de Espinosa, assegura que há estudos sobre a viabilidade do aqueduto desde Valdecañas. As barragens da cabeceira do Tejo estão a 44,6% da sua capacidade.
D. G. / E. P. - A saída de Elena Espinosa do Ministério do Ambiente e do Desenvolvimento Rural e Marinho pode envolver uma mudança na política da água do Governo da Nação. Ontem, o secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e da Água, Josep Puxeu - que continua de momento no ministério, com a chegada de Rosa Aguilar - reconheceu que o hipotético transvase desde a barragem cacerenha de Valdecañas até à Região de Múrcia e Valência (que se tornou conhecido como do Médio Tejo) encontra-se actualmente "nas discussões de planeamento" e na elaboração "de um quadro de Questões Significativas de Gestão da Água”. Estas declarações contrastam com aquelas feitas há vários meses por Elena Espinosa, que rejeitou que o Ministério estivesse a estudar novos transvases para o Levante. Ainda assim, as palavras de Puxeu estão em consonância com o Pacto Social da Água que aprovou recentemente o Executivo Federal do PSOE, que deixou a porta aberta para interligações de bacias hidrográficas "desde que sejam sustentáveis".
Puxeu precisou que a Confederação Hidrográfica do Tejo (CHT) "está a fazer o seu trabalho" para estudar a viabilidade do transvase do Médio Tejo, mas disse também que, neste momento, "não há nenhuma novidade" no processo do citado transvase desde a barragem de Valdecañas.
O Secretário de Estado de Desenvolvimento Rural de Água respondia às perguntas dos jornalistas numa conferência de imprensa em Mérida (Badajoz) para assinar assinatura de um protocolo entre a Confederação Hidrográfica do Guadiana (CHG) e a Comunidade Geral de Utilizadores para a gestão do Canal de Montijo. Precisamente, o presidente da Junta de Estremadura, o socialista Guillermo Fernández Vara, que sempre concordou com a escolha do Médio Tejo, em contraste com a atitude de outros presidentes autonómicos como o presidente do executivo castelhano manchego, José María Barreda, também do PSOE, que fez da luta contra o Transvase Tejo - Segura o seu principal objectivo político.

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