Os pescadores do Tejo apresentados nas suas dificuldades face à escassez de água e aos açudes do Tejo, na Reportagem Especial de quarta-feira, 22 de Julho, com montagem de Hugo Alcântara e imagem de Tiago Trindade.
"Os barcos já nem cheiram a peixe e nem é porque andam mais bem lavados. De madeira ou fibra sintética as poucas embarcações que ainda se deixam ver, pelas margens do Tejo, por aí passam a maior parte do tempo: à margem.
As barragens que desregulam o caudal, açudes que não deixam fluir o peixe e até a pesca selvagem e furtiva conduziram à decadência da actividade. A arte tradicional está a acabar e até as mais importantes espécies do rio correm sérios riscos de extinção.
Chegaram a ser às centenas as famílias que, por conta própria ou pescadores empregados, se sustentavam com a generosidade do rio. Nos dias que correm contam-se pelos dedos os que teimam em procurar na água o sustento do dia a dia.
Hoje os velhinhos bairros de madeira passaram à história. As barcas de madeira já não se fazem. Os mais antigos vivem de memórias mas resistem para contar.
Durante meses a SIC acompanhou o dia-a-dia dos “Últimos Pescadores do Tejo”".
Sem comentários:
Enviar um comentário